Foi uma noite para corações fortes, como manda a regra geral não escrita da Copa Libertadores da América. O maior torneio de futebol do planeta presenteou os fãs de futebol com uma noite épica, cheia de emoções e dois jogos históricos envolvendo dois argentinos. No final, o Boca Juniors seguiu na competição em busca de seu sétimo troféu, após despachar nos pênaltis o Nacional do Uruguai, numa noite inspirada de Agustin Orión. Já o Rosario Central caiu, aos 49’ do 2° tempo após suportar uma pressão absurda do Atlético Nacional durante todo o segundo tempo e se despede do sonho de conquistar o título maior da América pela primeira vez.
A noite de “San Agustín Orión”
O Boca entrou em campo confiando bastante em seus pilares sempre fortes: a Bombonera lotada e Carlitos Tévez, que sempre carregando o time nas costas era o fator principal de esperança dos Xeneizes. Mas a noite parecia infeliz para o time de Guillermo Schelotto. Errando muitos passes e sucumbindo a marcação do Nacional, não conseguia grandes jogadas de efeito no início da partida. Tanto que deu espaço para o time visitante sair para o ataque e logo aos 20 minutos, Barcia recebeu na esquerda e cruzou rasteiro, Cata Díaz tentou afastar e mandou para o gol. Com o placar desfavorável, o Boca teve que buscar o ataque, mas parava sempre na eficiente marcação dos uruguaios. Numa noite pouco inspirada, Tevez não conseguiu produzir o suficiente para assustar a defesa visitante e o placar se manteve durante todo o primeiro tempo.
A segunda etapa começou da mesma maneira, um Nacional disposto a se defender e fazendo isso com muita qualidade e um Boca pouco efetivo no ataque. Aos poucos e contando com o apoio da torcida, o time conseguia criar mais, principalmente após a entrada de Carrizo, que deu mais movimentação ao meio. Aos 27’ Pavón recebeu um lançamento do meio campo e bateu cruzado, sem chances para Conde, empatando a partida. Mas a empolgação do gol salvador custou caro ao jogador que por comemorar tirando a camisa, levou o segundo cartão amarelo e deixou o time com um a menos pelo restante do jogo. Esperava-se uma pressão dos donos da casa em busca da virada, mas a inferioridade numérica travou um pouco a equipe de Schelotto e o Nacional passou a controlar mais a bola. Nico Lopez chegou a marcar o segundo gol para o Bolso, mas em posição de impedimento, corretamente marcado pelo auxiliar.
Mesmo com paralisações, expulsão e substituições, o árbitro brasileiro Heber Roberto Lopes encerrou o jogo aos 45’ minutos cravados, levando a decisão para os pênaltis. Aí foi quando Agustín Orión apareceu para se consagrar o herói da noite. O zagueiro Polenta do Nacional abriu as cobranças e colocou o time visitante na frente. Tevez empatou. Victorino fez 2-1. Cata Díaz empatou 2-2. Sebastian Fernandez fez 3-2 para os uruguaios. Pablo Perez bateu para a defesa de Conde. Quando parecia que o Boca iria mesmo ficar pelo caminho, Orión apareceu. Ele defendeu a cobrança seguinte de Gonzalo Porras. Conde defendeu o tiro de Insurralde. Pra compensar, Orión defendeu o pênalti de Romero e jogou a responsabilidade para Fabra empatar. E foi isso que ele fez, com uma frieza assustadora levou a decisão para as séries alternadas. Felipe Carballo bateu e Orión salvou de novo. Aí Carrizo marcou para colocar o Boca nas semifinais e continuar sonhando com a 7ª taça, para igualar o recorde do Independiente.
O Boca agora espera o adversário que sai do confronto entre Pumas-MEX e Independiente Del Valle-EQU que se enfrentam na próxima semana. O primeiro jogo, no Equador ficou 2-1 para o Del Valle.
BOCA JRS.: Orión; Peruzzi, Cata Díaz, Insaurralde e Fabra; Meli (Carrizo), Jara e Pérez; Pavón, Chávez (Palacios) e Tévez. DT: Guillermo Schelotto.
NACIONAL: Conde; Fucile, Victorino, Polenta e Espino; Barcia (Amaral), Porras, Romero e Carballo; Fernandez e Leo Gamalho (Nico Lopez). DT: Gusavo Munúa
Do que parecia fácil ao castigo no final
Tudo parecia que ia correr muito bem para o Rosario Central na noite desta quinta-feira. Contando com a presença de centenas de torcedores no estádio Atanasio Girardot, o time de Eduardo Coudet entrou com o regulamento debaixo do braço contra o Atlético Nacional, já que havia construído a vantagem de 1-0 no jogo de ida na Argentina. E as coisas melhoraram quando logo aos 9 minutos, o árbitro viu um toque de mão do zagueiro colombiano dentro da área e marcou pênalti para os visitantes. O artilheiro Marco Ruben foi para a cobrança e colocou o Central na frente, aumentando ainda mais a vantagem argentina. O time parecia tranquilo e seguiu assim durante todo o primeiro tempo, se aproveitando do desespero da equipe da casa para encaixar uma marcação eficiente que não proporcionava grandes chances ao trio de frente formado por Macnelly Torres, Marlos Moreno e Copete. Perdendo e precisando de 3 gols, o técnico Reinaldo Rueda mandou a campo mais um homem de frente, Orlando Berrío entrou na vaga do volante Sebastian Perez e puxou o time da casa para o ataque. E foi justamente dele que saiu a jogada do gol de empate, aos 46’ quando foi ao fundo e cruzou para Macnelly Torres mandar pro gol.
O empate abalou o Rosario Central, que voltou para o segundo tempo disposto apenas a se defender. O Atlético Nacional controlava completamente o meio campo e oferecia bastante perigo para a defesa rosarina. Logo no início da segunda etapa, o goleiro Sosa já fazia a famosa “cera”, afim de esfriar o time da casa. Mas não adiantou e logo aos 5 minutos Donatti errou um chute e a bola sobrou para Berrío, que passou a Alejandro Guerra que fuzilou para virar a partida. Com o 2-1 no placar, o time colombiano partiu todo para a frente e não deu espaço algum para o Central contra atacar. Marco Ruben foi figura quase nula durante boa parte, já que tentava apenas marcar no meio campo.
A partida começou a ser jogada somente em um lado do campo. O Atlético Nacional atacava com 5 jogadores de frente, mais os laterais, pressionando o Central de uma forma absurda. Faltava apenas o toque final, que para a sorte de Sosa não estava saindo como esperado. No final da partida, o Nacional teve uma falta aos 45’ na entrada da área. Bocanegra mandou por cima do gol. Logo depois o Central teve a chance de matar o jogo, talvez na única bola que sobrou para Ruben, o centroavante passou para Cervi que se atrapalhou e acabou perdendo para o goleiro Armani. Na reposição, um cruzamento na área, toque de cabeça e Berrío, apareceu para marcar o gol da classificação do Atlético Nacional.
Em forma de desabafo, o atacante provocou o goleiro Sosa e recebeu um chute do zagueiro Musto, que foi expulso. O Central teve uma ultima chance com Ruben, que mandou por cima do gol. Era o final da partida e com ela só confusão no gramado. O técnico Eduardo Coudet era um dos mais descontrolados, reclamando bastante com o árbitro da partida e da atitude dos jogadores colombianos após o terceiro gol. O Rosario Central se despede da Libertadores com um lamento: vai ser difícil manter um time tão bom para uma eventual próxima temporada na maior competição continental, até porque o caminho para a classificação agora é somente um: a Copa Argentina.
O Atlético Nacional segue e enfrenta o São Paulo nas semifinais. O time colombiano além de buscar o segundo título da competição – o primeiro foi conquistado em 1989 – tenta repetir o xará Atlético-MG em 2013 e ficar com o título tendo feito a melhor campanha entre todos os times da primeira fase.
ATLETICO NACIONAL: Armani; Bocanegra, Sanchez, Henriquez e Díaz; Mejia e Pérez (Berrío); Guerra, Macnelly Torres (Castañeda) e Copete (Ibargüen); Marlos Moreno. DT: Reinaldo Rueda.
ROSARIO CENTRAL: Sosa; Salazar, Burgos, Donatti e Pablo Álvarez (Villagra); Montoya (Gil Romero), Musto e Fernandez; Cervi, Herrera (Lo Celso) e Marco Ruben. DT: Eduardo Coudet.
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