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Libertadores de América: Arsenal manda no joga, sufoca Fluminense, mas perde no Rio de Janeiro

Gol do Fluminense foi o único momento de desatenção da defesa do Arsenal

Com um gol sofrido logo aos dois minutos, o Arsenal de Sarandí dava a impressão de que seria goleado no Brasil pelo bom conjunto do Fluminense. Colaborava para essa visão a formação que Alfafo levou a campo: um tanto conservadora e dando mostras de que marcaria atrás da linha da bola. Esse cenário não aocnteceu. Depois do gol, o domínio da partida foi todo do vsitnate, que atuou no Engenhão como se estivesse em Sarandí. Se por uma lado tinha uma equipe compactada e bem organizada taticamente, contava com a ausência de tudo isso no rival, que dava demonstrações de que tem um elenco, mas que ainda não encontrou um time. Do sufoco do Viaducto resultou inúmeras chances de gol que não foram convertidas. No Arse, Carbonero foi a principal peça, mas, justiça seja feita, todo otime atuou muito bem. No Fluminense, o melhor foi o arqueiro Diego Cavalieri, o que dá uma dimensão do que foi a partida no Rio.

Logo aos seis minutos, o Fluminense abriu o placar com Fred, que se aproveitou de uma péssima tentativa do Arse de afastar a pelota da pequena área. O gol tampouco modificou a forma de jogar do Arsenal, totalmente voltado para a defesa e, por vezes, com todos os onze homens atrás da linha da bola. Do lado do Fluminense, a tranquilidade sinalizava a convicção de que poderia ampliar o placar a qualquer momento. Aos 20 minutos, porém, o árbitro Antonio Arias marcou um impedimento inexistente para o Arse, que poderia chegar à frente de Cavalieri em condição de igualar o placar. A resposta dos cariocas veio três minutos depois com Wágner, que cobrou falta perigosa e obrigou Campestrini a uma boa intervenção.

Aos 29, Marcone perdeu a pelota no meio-de-campo e permitiu o contragolpe do Flu. Diante de Campestrini, ainda de fora da área, Fred se precipitou e, ao chutar mal, permitiu a defesa do arqueiro. Na jogada, ficou claro a dificuldade do Arse para amar as jogadas ofensivas até então. Mas, para a sorte do Arse, o Fluminense marcava mal, especialmente pelos flancos do campo e no costado de Carlinhos. Assim surgiu uma jogada em que Leguizamón chutou desviado e conseguiu um córner. Na cobrança o Arse desperdiçou. Poucos minutos depois, Leguizamón saiu à frente de Cavalieri e finalizou fraco. Um minuto depois, novamente o Arse chegou, mas Carbonero cabeceou para fora sozinho, dentro da pequena área. E assim, as chances se sucederam, mas faltou precisão ao Viaducto para empatar o cotejo já começava a chamar a atenção.

O início da segunda etapa mostrava que as coisas continuariam da mesma forma. Aos dois, Leguizamón cobrou falta que foi desviada e passou com perigo à esquerda do arco de Cavalieri. Na cobrança do córner, Zelaya quase empatou o cotejo. O domínio do Arsenal se acentuava a cada minuto. Aos 14 Lisandro López cabeceou sozinho e a pelota saiu por cima. Apenas aos 25 minutos que o Flu conseguiu chegar com Deco, ainda assim com um arremate de longa distância.

Mas o domínio argentino continuou no Engenhão. Então, por agressão mútua, o Fluminense perdeu Wágner e o Arsenal Aguirre. A equipe argentina perdeu a boa articulação que tinha no meio-de-campo e o conjunto brasileiro pode respirar por alguns minutos. Contudo, nos minutos finais, o conjunto dirigido por Alfaro conseguiu sufocar novamente o seu rival. Uma sucessão de escanteios, nos acréscimos, dava a impressão que o Viaducto ainda empataria. Não aconteceu. Com um gol fortuito no início do cotejo o Fluminense ficou com a vitória. Injusta, por certo, até para os torcedores que estavam no Engenhão. Fica a lição. Para o time argentino de que tem time ao menos para brigar fote pela permanência na elite argentina; para o fluminense, de que precisa estudar mais seus adversários, respeitar os chamdos pequenos clubes da Lobertadores. Afinal, esse torneio ainda é o mais importante da América do Sul e os clubes que o disputam jogam por um copo d’água no deserto.

Formações

Fluminense: Diego Cavalieri; Bruno, Euzebio, Anderson, Carlinhos; Edinho, Diguinho (Digao), Deco (Wellington Nem), Wagner; Rafael Sobis (Thiago Neves) e Fred. Técnico: Abel Braga.

Arsenal: Cristian Campestrini; Hugo Nervo (Adrián González), Lisandro López, Guillermo Burdisso, Damián Pérez; Carlos Carbonero, Gastón Esmerado (Diego Torres), Iván Marcone, Nicolás Aguirre; Luciano Leguizamón e Emilio Zelaya (Jorge Córdoba). Técnico: Gustavo Alfaro.

Joza Novalis

Mestre em Teoria Literária e Lit. Comparada na USP. Formado em Educação e Letras pela USP, é jornalista por opção e divide o tempo vendo futebol em geral e estudando o esporte bretão, especialmente o da Argentina. Entende futebol como um fenômeno popular e das torcidas. Já colaborou com diversos veículos esportivos.

View Comments

  • E bota sufoco nisso. Grande estreia do Arse, mostrou a força do futebol argentino mesmo num pequeno e desacreditado clube. Continua acesa a lembrança: time argentino sempre será difícil de ser batido na Libertadores. Para o Flu é bom que saiba que a tortura de ontem foi só a prévia do que pode acontecer diante do Boca na Bombonera..

  • Aguirre se tivesse uma companhia poderia ter aparecido mais na partida, muito forte, levou os defensores do Flu na base da força física

  • O FLUMINENSE TEM TIME PARA GANHAR DO BOCA EM SEU ESTADIO(BOMBONERA). MESMO JOGANDO UMA PESSIMA PARTIDA ELE CONSEGUIU GANHAR DISSO QUE VCS. CHAMAM DE TIME ARSENAL, SÓ SABE DAR PANCADA, DIANTE DE UM JUIZ FRAQUISSSIMO.

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