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Lembranças Asiáticas

Quando o torcedor argentino pensa em sua seleção embarcando para uma partida na Ásia, a primeira sensação é de arrepio. Afinal foi no Japão que a albiceleste sofreu um dos mais duros golpes de sua história. Após chegar ao Mundial de 2002 como uma das grandes favoritas, credenciada por uma brilhante campanha nos anos anteriores, o time de Marcelo Bielsa caiu ainda na primeira fase da competição.

Mas a verdade é que quando se olha para o retrospecto da seleção argentina em gramados asiáticos, não é dificil pensar em bons momentos vividos no continente. Em 24 partidas disputadas por lá, os argentinos possuem 16 vitórias, 4 empates e apenas 4 derrotas.

No Japão foram 7 partidas, com 5 vitórias. Ou seja, as únicas partidas disputadas pela albiceleste em gramados japoneses que não resultaram em vitória foram a derrota para a Inglaterra e o empate com a Suécia naquele mundial de tão triste lembrança.

Uma curiosidade das viagens argentinas ao continente asiático é o papel de Israel nessa história. O país foi o primeiro visitado pela seleção argentina na Ásia, em um amistoso disputado em 20/02/1973, na cidade de Ramat Gan, que terminou empatado em 1 a 1.

A Argentina voltaria ao país e à cidade no dia 04/05/1986, quando, no último amistoso antes da Copa do México os comandados de Bilardo aplicaram um 7 a 2 no selecionado israelense. O amistoso israelense como última partida antes do mundial pareceu dar sorte, e a dose foi repetida nos três mundiais seguintes. Os resultados foram uma vitória de 2 a 1 em 1990, outra vitória, desta vez por 3 a 0, em 1994, e finalmente uma derrota em 1998, por 2 a 0.

Outros destinos asiáticos importantes na trajetória da albiceleste são o Oriente Médio (6 jogos, com 4 vitórias) e a Índia (5 partidas, com 3 vitórias). O outro páis visitado pela seleção argentina na Ásia é a Coréia do Sul, onde venceu a seleção da casa por 1 a 0, em 2003.

Tiago de Melo Gomes

Tiago de Melo Gomes é bacharel, mestre e doutor em história pela Unicamp. Professor de História Contemporânea na UFRPE. Autor de diversos trabalhos na área de história da cultura, escreve no blog 171nalata e colunista do site Futebol Coletivo.

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