A municipalidade de Lanús viveu talvez o seu dia mais histórico neste 31 de outubro do que em qualquer outro. A vitória do seu ilustre Granate sobre o River Plate por 4-2 após estar perdendo por 2-0 (3-0 no agregado) confirma a tese de que o Lanús é simplesmente o maior time pequeno do mundo! Que já era da Argentina e da América do Sul era um fato, mas depois desse 31 de outubro qualquer comparação poderá ser bem feita com outro europeu – que o autor desse texto desconhece bastante inclusive. Na noite de 31 de outubro, Lanús fez valer no gramado o seu slogan: “El Club de barrio más grande del mundo”.
O Lanús está pela primeira vez na final da Copa Libertadores da América, o que se tratando de torneio continental não é novidade para o time que já tem duas copas internacionais em sua sala de troféus: a Copa Conmebol de 1996 e a Copa Sul Americana de 2014, coisa que alguns clubes maiores do país (como o Newell’s Old Boys, por exemplo) ainda lutam para conseguir.
E depois dessa noite de 31 de outubro, quem ousa duvidar deles?
O jogo
Parecia tudo se encaminhar para um jogo tranquilo, sem emoção e que seria resolvido rapidamente. A torcida presente em La Fortaleza chegou disposta a empurrar o time para cima do gigante River Plate que tinha a vantagem de 1-0 no placar construída no jogo de ida, mas não adiantou muito porque logo aos 17 minutos de jogo o River tinha um pênalti a seu favor que Ignacio Scocco converteu. Aos 22 minutos mais um balde de água fria, após cobrança de falta, Pinola raspou de cabeça e Andrada não pode segurar, soltando na cabeça de Montiel que ampliou para os Millonarios: 2-0. Aos 23 minutos de jogo tudo já parecia definido e o River visualizava mais uma final de Libertadores a caminho, provavelmente contra o Grêmio, outro duro adversário na luta pelo 4º título da competição. Mas a coisa começou a mudar…
No finalzinho da primeira etapa, o veterano Pepe Sand, ex-River e herói do Lanús também no último grande título granate (o campeonato argentino 2016) apareceu entre a defesa e tocou por cima de Lux marcando aquele que seria o gol de honra do time da casa. Porém Sand não se entregou e no retorno para o segundo tempo tratou de colocar o Lanús em igualdade de condições. Com apenas 40 segundos ele apareceu novamente e empatou o jogo. Era o que faltava para o Lanús enxergar o milagre como possível.
E foi o que o time da casa fez: acreditou. E foi pra cima como um rolo compressor, pegando um River assustado e contando os minutos para o final da partida que ainda estava distante. Muito distante. Sem mais nada a perder e aproveitando o desespero do River, o Lanús atacava e levava muito perigo ao gol de Lux. E foi aos 15 minutos que Lautaro Acosta aproveitou o cruzamento rasteiro da direita e empurrou pro fundo do gol: 3-2!
Só faltava um gol. E diante do pânico estampado na cara dos jogadores do River Plate e do técnico Marcelo Gallardo, era apenas questão de tempo. O Lanús continuava a sufocar o visitante que mal conseguia passar do meio campo e trocar uma sequencia de passes certos. E foi aos 22 minutos o lance capital da partida: Acosta foi derrubado dentro da área e o juiz num primeiro momento mandou o lance seguir. Mas com a ajuda do VAR (árbitro de vídeo) voltou atrás e apitou o pênalti para o time da casa. Alejandro Silva bateu e fez o 4° gol, que colocava o Lanús na final da Libertadores.
Mesmo com o pânico estampado na cara, foi a vez do River Plate sair pra cima. Desordenado, sem organização, sem tática, apenas na vontade e apostando no peso da sua camisa já 3 vezes campeã da Libertadores para arrumar um golzinho salvador, um golzinho que não permitisse tamanha vergonha. E por pouco não conseguiu, quando Pinola acertou o pé da trave de Andrada que já batido no lance só observou. Era a prova de que não ia dar. Pra complicar aionda mais o enredo, Nacho Fernandez recebeu o cartão vermelho aos 44. E no último lance, até o goleiro Lux partiu desesperado pra área. Não adiantava mais, a história estava escrita de forma magnífica, a vaga na final era do aguerrido e brilhante Lanús, o maior time pequeno do mundo!
LANÚS: Andrada; Gómez, Braghieri, Garcia Guerreño e Velázquez (Zurbriggen); Marcone, Pasquini e Martínez (Maciel); Alejandro Silva (Aguirre), Lautaro Acosta e Pepe Sand. Téc.: Jorge Almirón
RIVER PLATE: German Lux; Montiel, Maidana, Pinola e Casco (Barboza); Rojas (De La Cruz), Ponzio e Enzo Pérez (Auzqui); Martínez e Nacho Fernandez; Scocco. Téc.: Marcelo Gallardo
Ao River Plate ainda resta a Copa Argentina, onde disputará as semifinais contra o pequeno Deportivo Morón, da terceira divisão (Primeira B Metropolitana). O time de Gallardo já está garantido na Libertadores de 2018 por causa da posição no campeonato argentino 2016-2017, mas o vexame de La Fortaleza dificilmente será esquecido pelo torcedor Millionario.
Já o Lanús encara sua primeira final de Libertadores. Se for campeão, abrirá uma vaga a mais na Copa Sul Americana, onde se garantiu em 2018. Neste caso, o beneficiado direto será o Rosario Central.
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