100% na primeira fase do Mundial 2014. O aproveitamento argentino, até esperado, foi confirmado no Beira-Rio azulado e tomado por argentinos nesta tarde. A Argentina repetiu a escalação que utilizou diante do Irã, e contra uma Nigéria mais espaçada, a equipe de Sabella rendeu mais e demonstrou sutis melhoras na vitória por 3×2 comandada mais uma vez por Messi.
Os instantes iniciais foram marcados por uma Argentina mais agressiva na frente e com melhoras nas interações entre os jogadores de frente. O problema estava no lado direito, com Aguero estático e distante do que os estamos acostumados a presenciar, ao contrário de Higuaín, que mesmo ainda fora de sua melhor forma física, se movimentou mais pelo ataque e auxiliou na abertura de espaços para os avanços em velocidade de Di Maria e Messi. Di Maria tem sido bem auxiliado por Rojo, uma das boas figuras da Argentina nesta Copa. O zagueiro do Sporting e lateral da Argentina foi o segundo melhor desarmador argentino na partida(4*) e foi premiado com um gol. Justo pela Copa que vem fazendo. Di Maria evoluiu e fez ótima partida, marcada por infiltrações rápidas e chutes de fora da área(5 finalizações certas ao todo, ao contrário do jogo passado onde acertou apenas uma).
Substituído com dores musculares aos 37 minutos do primeiro tempo por Lavezzi, Aguero se fixou no ataque pela direita enquanto em campo. Apresentou algumas tramas com Messi em curtas tabelas, não correspondeu e as dores falaram mais alto. O Mundial de Aguero não é bom, e o ataque argentino clama por mais.
A entrada de Lavezzi conseguiu melhorar a marcação pelo setor direito, bem explorado pelos nigerianos, e o ganho de jogadas em profundidade pelo lado destro. Fernando Gago consegue ditar o ritmo de algumas jogadas com bons passes(71 passes certos de 78*), mas tem pecado na lentidão da saída e recomposição. Zabaleta, “sócio” de Gago na marcação pelo lado, ainda demonstra instabilidade na marcação. Uma mudança de postura no setor pode ser essencial para a Argentina no mata-mata deste Mundial.
Apesar da melhora significativa pelo lado direito, recompondo e auxiliando as subidas de Zabaleta, Lavezzi não teve fòlego para tanto. Álvarez entrou no lugar de Messi, assumiu a meia direita e Lavezzi passou a ser atacante. Duas linhas 4 e postura contragolpista nos instantes finais contra os nigerianos. Sem a genialidade de Messi, por onde tudo passa nesta Argentina 2014, segurar a vitória era a opção mais segura.
Os dilemas de Sabella nos próximos dias não serão poucos. Aguardar a situação de Aguero, pensar na possibilidade de Lavezzi ser titular, substituir ou não um atacante por um meia, fortalecer os lados do campo e pensar como melhorar a marcação pelo setor destro. Não há mais tempo para errar.
*Dados: FIFA
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