Nesta sexta-feira começa uma nova era para a Seleção Argentina. Desde a saída de Alejandro Sabella após a Copa de 2014, a Albiceleste não encontrou um comandante que conseguisse reunir o imenso talento da geração comandada por Lionel Messi e transformar em um time. Houve até momentos de expectativa e esperança, como a chegada em duas finais de Copa América, porém as duas derrotas para o Chile agravaram ainda mais a situação de pressão que vive a Seleção, que não consegue um título relevante desde 1993. A campanha nas eliminatórias para a Copa de 2018 pesa ainda mais na situação da Seleção, que corre o risco real de ficar de fora da disputa após 48 anos – restando 4 partidas o time é hoje o 5º colocado, perdendo a vaga direta e indo para a repescagem.
Diante desse cenário absurdamente adverso é que um dos nomes mais promissores da nova geração de treinadores assume o comando da Albiceleste: Jorge Luiz Sampaoli Moya, ou simplesmente Jorge Sampaoli, nascido em 13 de março de 1960 na pequena Casilda, província de Santa Fe é quem terá a árdua missão de transformar essa Argentina naquilo que o mundo sempre esperou: em um time. Afinal, não é qualquer seleção do mundo que pode contar com nomes do porte de Lionel Messi, Kun Aguero, Higuain, Javier Mascherano, Di Maria, Nicolas Otamendi, Paulo Dybala e tantos outros nomes que se destacam no futebol mundo afora, porém quando reunidos não “funcionam”. Sampaoli já chegou a Seleção trazendo novidades, a principal delas a convocação de Mauro Icardi, um dos grandes destaques do futebol italiano e que era insistentemente pedido pela torcida e imprensa argentina.
Seu primeiro compromisso será justamente num clássico, diante do Brasil do também promissor Tite que ainda não sabe o que é derrota no comando da Seleção Brasileira. Nas eliminatórias desde que assumiu foram 9 jogos e 9 vitórias, uma inclusive sobre a Argentina de Edgardo Bauza onde atropelou por 3-0 no Mineirão o time de Messi e companhia. Sampaoli destacou a eficiência e a admiração que tem pelo treinador brasileiro. “A chegada dele ao Brasil deu convicção aos jogadores. A seleção joga como o Corinthians que ele treinava, é mérito dele. Transformou o Brasil novamente em uma potência respeitada e candidata a ganhar tudo”, disse em entrevista na Austrália onde treina o time para os amistosos deste mês.
É justamente essa convicção e tranqüilidade que os argentinos esperam da chegada de Sampaoli no comando da Albiceleste. Nos treinamentos, as novidades no time já começam a aparecer como uma formação com três zagueiros e três atacantes. Na defesa, Gabriel Mercado, Nicolas Otamendi e Federico Fazio treinaram como titulares enquanto Lionel Messi, Paulo Dybala e Higuain formaram o trio de ataque. Eduardo Salvio, Lucas Biglia, Banega e Di Maria completaram a equipe que deve entrar em campo nesta sexta-feira.
O confronto entre Brasil x Argentina acontece nesta sexta-feira às 7h05 da manhã (horário de Brasília e Buenos Aires). Depois do Brasil em Melbourne, a Argentina de Sampaoli ainda joga contra Cingapura na cidade de Kallang.
Sampaoli
Jorge Sampaoli deu os primeiros passos no futebol nas categorias de base do Newell’s Old Boys, onde atuava como lateral direito. Porém aos 19 anos de idade teve uma lesão grave na tíbia o obrigou a deixar o sonho de ser jogador de lado. Com isso, investiu na carreira de treinador e em 1992 iniciou dirigindo o time de base do Alumni de sua cidade Casilda, que disputava somente a liga local. Após várias passagens em times amadores e locais da província de Santa Fe, recebeu sua primeira grande oportunidade no Argentino de Rosario, onde disputou pela primeira vez um torneio profissional , a Primera B Metropolitana. Sua primeira oportunidade na primeira divisão não foi na Argentina, mas sim no Juan Aurich do Peru em 2002 onde ficou no comando por apenas 8 jogos, tendo vencido somente 1 partida. De lá rumou ao Sport Boys e teve passagens pelo Coronel Bolognesi, Sporting Cristal e O’Higgins do Chile.
Em 2010 chegou ao Emelec do Equador, onde classificou o time para a fase de grupos da Libertadores, mas foi sua campanha no Campeonato Equatoriano que o destacou no cenário sul americano. O time que terminou na segunda colocação do campeonato, classificou-se para a Copa Sul Americana de 2010 e Libertadores de 2011 e ainda recebeu da IFFHS o título de melhor equipe do mundo no mês de julho de 2010.
Após o Emelec veio o auge com a memorável equipe da Universidad do Chile campeã chilena em 2011 (Apertura e Clausura) e da Copa Sul Americana do mesmo ano. Em 2012 realizou grande campanha na Copa Libertadores da América levando La U até as semifinais onde foi derrotada pelo Boca Juniors, porém se tornou novamente campeã chilena no Apertura de 2012.
De lá veio o convite para dirigir a Seleção Chilena, onde conquistou o primeiro título da história do Chile ao vencer justamente a Argentina de Tata Martino na final da Copa América de 2015.
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