O técnico do Rosário Central, Omar Palma, confirmou o que já ameaçava fazer bem antes da derrota para o Deportivo Merlo por 1 X 0, pela última rodada do Nacional B. Afastou em definitivo o experiente Kily Gonzáles da equipe, além de mandar para o banco dois outro importantes jogadores, o goleiro Jorge Broun e o goleador Luciano Figueroa.
Em entrevista a um programa de rádio local, o técnico disse: “quero jogadores que somem”. A frase pode ser entendida apenas como a necessidade de Palma de ter no elenco jogadores que contribuam para a melhoria técnica da equipe. Contudo, ela expressa muito mais. Refere-se ao possível fator desagregador que tanto Kily quanto os demais afastados geram no grupo aureoazul, além de forte anseio do treinador de fazer profunda renovação no elenco.
Por um lado, Palma sabe que precisa agir rápido, já que está a 18 pontos do líder Atlético Rafaela, restando apenas dez rodadas para o fim e, por outro, que não pode perder a oportunidade de tomar decisões, em um momento no qual tanto a comissão diretiva do clube quanto a torcida estão de acordo com a necessidade de mudança.
É certo que Kily não é o responsável pela interminável crise que assola o Canalla. Ela é anterior à própria administração do presidente Speciale. Seu antecessor, Horacio Usandizaga, abandonou o clube assim que ele desceu à segunda divisão, em maio de 2010. Sua administração fora marcada por uma relativa melhora nas desfalcadas finanças do clube ao mesmo tempo em que o futebol foi relegado a um segundo plano. De lá pra cá, as coisas não melhoraram nada, ainda que a apaixonada hincha canalla não abandonasse o clube nem mesmo quando caiu à segunda divisão.
Mas Kily González é a imagem de um clube que não se planeou para disputar o Nacional B, torneio que apresenta diferenças em relação a Primeira Divisão. As disputas são mais acirradas, sobretudo no meio campo, em geral ocupado por jogadores de marcação; as torcidas pressionam fortemente e contam com campos pequenos e apertados. Nesse contexto, jogadores mais técnicos, como alguns do elenco do Central, não têm espaço para o jogo. Na torcida do Rosário, quase sua totalidade preferia um jogador mais jovem e marcador do que o veterano Kily, que mal conseguia caminhar em campo.
Nesse contexto, as modificações realizadas por El negro Palma significam profunda modificação na forma de jogar da equipe. Jogadores como Bava, Vismara e Medina renovam o elenco, mas são também o símbolo de uma aposta arriscada, a de que a solução, ao menos parcial dos problemas do Central, passa pela exclusão de jogadores que não somam nada ao interesse, garra e disposição do aureazul de responder com bravura e determinação ao delicado momento histórico que vive.
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Absurdo afastar esse craque e símbolo da raça argentina.Kily está em plena forma,sempre joga con muchas ganas e abriu mão de muitas ofertas para defender o Central.'El Negro' Palma você é nada para o Rosario Central;