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Juan Carlos Muñoz, o cruzador de “La Máquina” do River

Morto em 22 de novembro de 2009, Muñoz, nascido em 6 de maio de 1919, chegou aos 90 anos.

É quase unânime: não houve elenco no futebol argentino como La Máquina do River dos anos 40. Um quinteto ofensivo, embora tenha jogado junto só 18 vezes oficialmente, a simbolizou: Juan Carlos Muñoz, José Manuel Moreno, Adolfo Pedernera, Ángel Labruna e Félix Loustau. O ponta-esquerda Muñoz era o drible e cruzamento para os gols do miolo desse ataque. Foi o último remanescente vivo dos cinco, até partir há exatamente cinco anos, em 22 de novembro de 2009, aos 90 anos. Meia década depois, relembraremos sua carreira, menos reconhecida em relação aos outros.

Onde Muñoz sonhava jogar era no Independiente, de sua Avellaneda natal. Por alguns anos, pensou que conseguiria, após dirigentes do time do coração o observarem em jogos de rua e convidarem ele e seu irmão José Oscar, três anos mais velho. “Meu irmão alcançou alternar no time B do Independiente, mas lamentavelmente foi se dando conta de que triunfar no futebol profissional não era tão fácil como havia imaginado. Eu tinha uma vantagem: vivia o futebol sobre a base da experiência que me havia deixado meu irmão. Isso me beneficiou porque entre nós havia uma competição constante. Mas chegava a hora de nos ajudarmos e aí estávamos os dois, firmes, um junto do outro. Por isso sempre digo que parte do meu êxito devo a José Oscar”.

Juan Carlos tampouco se firmava no Rojo e um clube bem menor das vizinhanças, o Dock Sud (campeão argentino de 1933, mas do torneio amador), lhe chamou. Na ânsia de jogar logo no futebol adulto, ainda que na segundona, Muñoz pediu que os dirigentes do Independiente cedessem o passe, mas lhe negaram. “Fiquei muito desiludido. Mas o pessoal do Dock Sud, ao inteirar-se que meu irmão também estava no Independiente e que seu futuro era um tanto incerto, fez um arranjo estranho e em pouco tempo terminei no Dock Sud. Os dirigentes do Independiente ficaram com uma bronca tremenda”. O tal “arranjo estranho” foi uma falsidade ideológica: fizeram Juan Carlos assinar como se fosse José Oscar…

“Reconheço que sair do Independiente me doeu. Especialmente porque via como se dissipavam todos os sonhos que tinha de infância. Tinha nostalgias, me vinham à memória infinidade de recordações. As manhãs frias em que jogávamos nas inferiores e logo aparecia nos vestiários um monstro da estirpe de Arsenio Erico [maior artilheiro da história do Argentinão e do clube, com 295 gols] e com sua modéstia incrível se punha a conversar com nós. Nos aconselhava, nos estimulava”. Nos juvenis do Independiente, Muñoz ainda jogava mais centralizado no ataque, e foi no Dock Sud que lhe indicaram o lugar mais adequado aos seus dribles: “me convenceram para que jogasse na ponta-direita, bem pegado à lateral”.

A ida ao River, ainda nas categorias de base, também exigiu uma manobra, mas para cima ele: “uma tarde, os dirigentes do Dock Sud me subiram num carro e me disseram que devíamos ir ao centro para ver uns papéis que estavam relacionados à AFA. Eu estranhei, mas não me opus. Chegamos à rua Suipacha e ingressamos numa oficina enorme onde se encontrava toda a comissão diretiva do River. No fundo estava [o cartola riverplatense Antonio Vespucio] Liberti, que em sua condição de presidente do clube me deu a boa vinda. ‘Assine aqui’, me disse. Eu não entendia nada. (…) No início me enojei dos dirigentes do Dock Sud, porque haviam mentido. Mas quando tomei consciência de que havia selado o vínculo com o River, quase morro. Quando voltei a Avellaneda e contei, ninguém acreditava em mim…”.

“Assinei em uma quarta e no domingo o time B do River enfrentou o Argentino de Quilmes. Ganhamos de 4-0 e converti dois gols. Havia arrancado direito. Nessas épocas se deviam atravessar provas muito duras porque tanto o quarto time como o segundo eram divisões onde se encontravam jogadores de altíssimo nível. Claro, nem falar dos fenômenos que havia no principal. Chegar a eles se convertia em uma espécie de odisseia”.

Muñoz, Moreno, Pedernera, Labruna e Loustau: o quinteto mais célebre do futebol argentino, recitado de memória

E Muñoz se concentrou com os principais logo na primeira semana: “me disseram que era para me acostumar ao estádio Monumental, ao qual nós intimamente chamávamos de Sibéria. É que se tinha que aguentar dois dias concentrados aí dentro, em pleno inverno, com temperaturas baixas e sem que funcionassem bem as estufas. Quando pisei no Monumental, a primeira coisa que me perguntaram foi se sabia preparar mate. Timidamente, eu disse que sim e de imediato me mandaram aquecer a água. Logo estava tomando mate com Moreno. Quando contei a meus amigos, me invejavam de uma forma…”. Moreno, para os mais antigos, foi o melhor jogador argentino da primeira metade do século XX – e mais habilidoso que Maradona, de acordo com muita gente que pôde testemunhar ambos.

Curiosamente, com o passar dos anos a relação com Moreno não ficaria tão fácil: “Moreno queria que lhe passassem sempre todas as bolas e às vezes ele jogava para a tribuna”, criticou certa vez. Mas sabiam conviver e de certa forma foi por causa do colega que Muñoz teve sua primeira chance nos profissionais, em 1939. O River perdeu em casa para o Independiente com um famoso gol cheio de dribles do craque adversário Vicente de la Mata. Muñoz ainda não havia se esquecido do primeiro amor. “Ainda tinha meu coraçãozinho em Avellaneda e fui torcer pelo Independiente. Foi o dia em que De la Mata fez aquele gol inesquecível. Gritei até ficar sem voz”.

O desempenho de Moreno naquele dia foi péssimo, embora, segundo o próprio, ironicamente tenha deixado sua famosa boemia de lado para preparar-se mais adequadamente ao jogo. Os diretores do River lhe suspenderam e os colegas do time principal, em apoio ao craque, fizeram uma greve. O clube teve que pôr os reservas em campo para o jogo seguinte. Assim Muñoz estreou no futebol adulto, na 26ª rodada – jogo que também serviu de reestreia e início de sequência a Labruna, que só havia atuado uma única vez, ainda na 14ª rodada. Ganharam fora de casa por 4-2 do Atlanta, com o ponta-direita já registrando com sete minutos uma primeira assistência, ao cruzar para conclusão de Jorge Alcade. Na 29ª, foram duas assistências, ambas para Labruna anotar nos 3-2 sobre o Platense.

Os reservas atuaram outras oito vezes e foram muito bem, só perdendo uma, para o Racing. Souberam ganhar de 2-0 do San Lorenzo e – dentro da casa rival – por 2-1 no Superclásico. Em nove jogos, Muñoz não chegou a marcar, mas registrou cinco assistências com seus cruzamentos. Em 1940, a greve dos titulares cessara, mas disso resultou um novo problema: muitos daqueles reservas haviam feito por merecer alguma acomodação contínua no time principal e, assim, o técnico Renato Cesarini passou o ano testando diferentes formações. Nem tanto com Muñoz, que só jogou três vezes, registrando uma assistência – cruzando para Moreno fechar os 5-2 sobre o Vélez.

Muñoz começou a firmar-se em 1941, substituindo com maestria o mito Carlos Peucelle – este havia marcado na final da Copa de 1930, chegara ao clube um ano depois ao custo de dez mil pesos, astronômico para a época e para o contexto da Grande Depressão (foi por essa transferência que o River passou a ser apelidado de Millonario). Peucelle passaria ao corpo técnico e foi considerado exatamente um dos co-criadores da Máquina, ao lado de Cesarini, enquanto o novato já aparecia em 14 partidas e enfim também começava a marcar seus golzinhos: foram seis, começando por um cabeceio em 4-2 no Banfield, fora de casa, na 19ª rodada. Contribuiu ainda com oito assistências, uma delas nessa mesma partida, na jogada que abriu o placar.

La Máquina ia nascendo ali. Gradualmente, o astro Moreno passou de meia-esquerda a meia-direita, para que seu lugar original fosse ocupado pelo garoto Labruna. Pedernera se firmou como “falso 9” antes desse termo existir e mandou à reserva o experiente Roberto D’Alessandro, centroavante mais tradicionalista. A última peça a se encaixar foi Loustau, pois o ponta-esquerda titular foi Aristóbulo Deambrosi até o fim de 1941. Para muitos, a Máquina nasceu com esta primeira versão do quinteto (isto é, Muñoz-Moreno-Pedernera-Labruna-Deambrosi), na 25ª rodada de 1941. Foi a segunda vez seguida que Pedernera foi centroavante. Mesmo falso 9, marcou três em uma vitória por 4-0. O outro gol foi do próprio Muñoz. A vítima? O Independiente, em Avellaneda.

Muñoz em 1945, seu último ano como inquestionável, e recordando os bons tempos. Ganhou três títulos e fez 39 gols em 184 jogos no River. O seu forte eram mais cruzamentos para os colegas marcarem: foram 76 assistências

Dali em diante, os millonarios ganharam quase tudo nos jogos que faltavam, incluindo a maior goleada dos clássicos com o Boca pela liga argentina profissional, um 5-1. O título, o primeiro do River desde 1937, veio em um 3-1 no Estudiantes, com Muñoz marcando outra vez. Foi naqueles jogos também que Loustau enfim estreou, mas o quinteto ainda não estava junto: justamente Muñoz se lesionou e o versátil Deambrosi, que jogava bem com as duas pernas, foi deslocado na outra ponta. “Quando reingressei, suplantei Deambrosi e aí ficou conformada a autêntica Máquina com Muñoz, Moreno, Pedernera, Labruna e Loustau”.

“Nos complementávamos à perfeição. A defesa se movia com uma grande sobriedade. [Bruno] Rodolfi manejava como volante e daí em diante aparecíamos nós. Moreno era o desenvolvimento espetacular, tinha um físico privilegiado, ia e vinha. Era meia-esquerda, depois foi meia-direita, e sempre arrebentava. Adolfo começou a jogar atrás, por um problema no joelho, e desde ali manejava os fios. Loustau fazia todas: baixava, auxiliava todos, transbordava, freava e ignorava os defensores. Labruna não se equivocava nunca na área: quando agachava o lombo, passávamos cobrando. Eu? Era muito driblador e por isso aguentava cada grito”.

Em 1942, o River foi bi seguido, com direito a garantir o título no Superclásico em plena Bombonera. Muñoz atuou em vinte jogos da campanha, com cinco gols e nove assistências – duas delas em um 2-0 sobre o Racing e outra para fechar o 4-0 no Superclásico realizado no Monumental. Ainda contribuiu em outros dois gols, sofrendo um pênalti no 4-1 sobre o Newell’s e ao forçar um gol contra do Chacarita, surrado por 6-2. Neste ano, Muñoz também estreou pela seleção. Foi no feriado de 25 de maio, em 4-1 no clássico com o Uruguai, pelo troféu binacional Copa Newton.

Do célebre quinteto de La Máquina, Muñoz foi o menos longevo e menos campeão a serviço da seleção: apenas onze jogos, o último em 1945 (ano em que venceu a Copa América). Mas, de todos os jogadores que jogaram ao menos dez vezes pela Argentina, ele tem o segundo melhor aproveitamento – terminou invicto, com nove vitórias e dois empates, e só uma vez jogou saindo do banco. Parte da brevidade se deve também à dura concorrência que haviam entre todas as posições naquela geração de ouro que o país teve nos anos 40, ocultada pela Segunda Guerra. No caso de Muñoz, tinha de competir com Mario Boyé, do Boca. Boyé fazia o estilo ponta-artilheiro, sendo o primeiro jogador da posição a terminar goleador máximo de algum campeonato argentino, em 1946.

Mesmo no River, Muñoz nunca foi dono absoluto da posição. Foram 17 partidas em 30 possíveis no torneio de 1943, com quatro golzinhos  – dois deles, curiosamente, nos 2-0 em Avellaneda sobre o Independiente do coração, e outro em Superclásico em que foi grande figura: aos cinco minutos, cruzou para Labruna abrir o placar, ampliado aos dez pelo próprio Muñoz. No lance, Labruna retribuiu a gentileza e cruzou, com Muñoz usando a cabeça para antecipar-se ao goleiro Claudio Vacca. Foram ao todo oito assistências no torneio e dois pênaltis cavados: um que garantiu um 3-3 com o Newell’s e outro em 3-0 no Chacarita.

Mas o título foi o Boca de Boyé em 1943, e também em 1944 – ainda assim talvez a temporada mais produtiva individualmente de Muñoz. Na estreia, contra o Independiente do coração, cavou o pênalti do primeiro gol do Millo e forneceu a assistência para o segundo, em 2-2 fora de casa. No 2ª rodada, simplesmente contribuiu com quatro assistências nos 5-3 no Huracán. Também foi superlativo no 4-1 sobre o Estudiantes, com outro pênalti cavado e duas assistências, na 4ª rodada. Chegou a novamente deixar de lado o clubismo no maluco 4-4 com o Independiente no returno, com dois gols e uma assistência.

Foram 26 jogos em trinta possíveis, com nove gols, dezoito assistências e dois pênaltis cavados – merecendo destaque também um 5-4 no Banfield, com dois gols e uma assistência em cenário complicado: primeiro ele empatou em 1-1 e, com o River já perdendo de 3-1, descontou para 3-2. O oponente fez 4-2 e os treze minutos finais foram preenchidos com a notável virada, em reação iniciada com a assistência que descontou para 4-3. Com isso, apesar do bivice-campeonato para o Boca, ainda seria Muñoz e não Boyé o ponta-direita titular na Copa América realizada (e vencida) em janeiro de 1945.

Na preparação à Copa América, marcou seu único golzinho pela Albiceleste, em 5-2 sobre o Paraguai pelo troféu binacional Copa Chevallier Boutell (em 6 de janeiro, no estádio do San Lorenzo). Os paraguaios também foram o oponente no que acabou sendo o último jogo de Muñoz pela seleção, ainda naquele 1945 – um 3-1 dentro de Assunção por outro troféu binacional, a Copa Rosa Cheva, em 9 de julho. Foi um ano em que o ponta acabou atrapalhado por lesões, embora o River retomasse o título. Foi substituindo exatamente Muñoz que um garoto Alfredo Di Stéfano jogou pela primeira vez como profissional, naquela campanha, improvisando-se na ponta.

Ao violão na seleção campeã sobre o Brasil na Copa América 45: o capitão José Salomón deitado e rodeado também por René Pontoni (ídolo do Papa Francisco), Norberto Méndez (maior artilheiro das Copas América) e Rinaldo Martino (segundo maior artilheiro do San Lorenzo). À direita, o quinteto da Máquina reunido no jogo-despedida de Labruna, em 1959

No título de 1945, Muñoz apareceu apenas em 14 jogos, deixando quatro gols, três assistências (no Superclásico, apesar de derrotado por 4-1) e um pênalti cavado (no 2-1 em Avellaneda sobre o Independiente). De fora da Copa América realizada em casa no início de 1946, parecia que ia retomar o posto pelo que pôde fazer ao longo do ano; o River não foi o campeão, mas Muñoz esteve em 27 partidas e ajudou com seis golzinhos, dez assistências e quatro pênaltis cavados. Só que calhou de Boyé, embora também não fosse campeão, conseguir aquele feito então inédito a pontas de ser simplesmente o artilheiro do campeonato.

Mas não seria Boyé seu principal rival em 1947, ano em que Muñoz simplesmente não foi utilizado pelo time principal, sendo relegado ao campeonato de equipes B. Seu perfil no livro oficial do centenário do River registrou ele resmungando contra o presidente riverplatense Antonio Liberti mesmo: “a partir de 1946, (…) se empenhou em trazer pontas-direitas para me suplantar. Liberti foi o rival mais duro que tive na minha carreira. Não sei, talvez meu estilo não lhe agradasse. Tive uma lesão séria no Paraguai (…). Me operaram e realmente não fiquei bem. (…) Foram tempos duríssimos, mas o público me ajudou muito para que eu seguisse no River”.

O substituto foi Hugo Reyes, recém-chegado do Racing para acabar titular absolutíssimo na taça de 1947 (esteve nas trinta rodadas, marcando nove vezes e dando onze assistências). Curiosamente, Reyes também morava em Avellaneda e ambos voltavam juntos dos treinos: o concorrente chegou a lhe confessar que às vezes jogava lesionado, mas escondia a informação, pois saberia que não recuperaria a posição. Em dado momento, já não foi possível e assim Muñoz reapareceu em 17 partidas de 1948, com dois golzinhos e oito assistências – três delas, em um superlativo 4-3 no Rosario Central; ainda forçou um gol contra no 4-3 sobre o Huracán.

Reyes acabaria embarcando em meados de 1949 com os ícones Di Stéfano e Néstor Rossi ao Eldorado Colombiano para reforçar o Millonarios de Bogotá, que já tinha outro antigo astro riverplatense, Pedernera. Severamente desfalcado, o River iniciou relativa entressafra de títulos e o próprio Muñoz pareceu decair nas duas temporadas seguintes: naquele ano, foram 22 jogos e apenas três gols e quatro assistências (além de um pênalti cavado); em 1950, foram 15 partidas e só dois gols e duas assistências. O último gol saiu exatamente no último jogo oficial de Muñoz. Com categoria: fechou um 4-1 sobre o Platense, com toque curto após driblar o goleiro.

O próprio Platense acabaria sendo seu destino. Em 1951, rumou à equipe marrom em troca por Santiago Vernazza, seu substituto instantâneo na ponta-direita millonaria. Mesmo no Tense, o astro só foi titular no primeiro ano, atuando em todas as rodadas de 1951 – para então só atuar oito vezes em 1952 e uma só em 1953, quando parou. Tentou ser técnico, mas fez mais sucesso como comentarista esportivo.

Do quinteto ofensivo de La Máquina, já havíamos dedicado especiais a Moreno (clique aqui), Labruna (aqui) e Loustau (aqui). Agora, só falta Pedernera, que sobre Muñoz relatou que “foi um fenômeno chegando à linha de fundo e lançando o cruzamento atrás. Nos cansamos de fazer gols dessa forma”. Modéstia. Pois o grito popular que acabou eternizado era “Sale el sol, sale la luna, centro de Muñoz, gol de Labruna” (“Sai o sol, sai a lua, cruzamento de Muñoz, gol de Labruna”).

“La Máquina” na entrada do excelente Museu River, anexo ao Monumental de Núñez. Foto do blog Te Conto Na Volta
Caio Brandão

Advogado desde 2012, rugbier (Oré Acemira!) e colaborador do Futebol Portenho desde 2011, admirador do futebol argentino desde 2010, natural de Belém desde 1989 e torcedor do Paysandu desde antes de nascer

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