Jogo contra Racing vale três pontos e possível continuidade de Almeyda

Corre a “conversa” em Núñez que o cotejo contra o Racing seria a última oportunidade de Daniel Passarella a Matías Almeyda. Tanto é assim que vários nomes já são cogitados para substituí-lo no comando do River.

A derrota para o Vélez, na cancha fortinera, continua rendendo assuntos indigestos no clube de Bajo Belgrano. Como não poderia deixar de ser, nada vai sobrar para o dirigente máximo, Daniel Passarella. Em vez disso, como sempre ocorre, a “bucha” vai ficar toda no colo do técnico Matías Almeyda. E já está ocorrendo isso, com dirigentes repercutindo e dando razão aos ecos da torcida que já cantam o nome de outro treinador.

Em nenhum momento parece que o trabalho do Pelado esteja em julgamento por parte dos dirigentes. O que parece é que para estes últimos o que importa mesmo é a pressão vinda das arquibancadas. A pressão segue muito forte e encaminha para cerrar o técnico atual num beco com apenas uma saída: vencer o Racing de qualquer jeito na próxima rodada.

Nos bastidores, dizem que os dirigentes já mantêm conversações com Omar Labruna, do Colo Colo; Pedro Troglio, do Gimnasia LP e com Marcelo Gallardo, atual comandante do Nacional do Uruguai. Correria por fora a alternativa que vem das tribunas e que pedem por Ramón Díaz. Este último enfrentaria certa resistência até de Passarella, já que Díaz não possui o perfil de se calar diante dos desmandos de cartolas como o presidente do clube. Para o “Kaiser”, um técnico ideal haveria de possuir o mesmo perfil pacificador e “domesticável” que faz parte da personalidade de Almeyda.

As vozes que pedem por Díaz, no clube, sustentam que ele seria o único nome capaz de conter o tipo de insatisfação manifestado pelos hinchas, em Liniers. Até por essa razão, o improvável nome de Díaz ganha força para uma eventual substituição ao Pelado.

Fontes da direção do clube disseram que Passarella, no sofá de sua casa e assistindo a partida, teria chegado a seu limite ao ouvir os hinchas o criticarem impiedosamente. Resolveu que Almeyda seria mais culpado que ele e dissera ao telefone: “Acabou! Não vai mais seguir na equipe; ou ganha ou vai embora”.

Passarella também teria percebido que bastaria uma derrota para o Racing para que o clube pudesse segurar a lanterna na tabela dos promédios. Menos preocupado com isso, o dirigente estaria mais incomodado com os possíveis conflitos que o poderiam colocar no centro das exigências e manifestações da hinchada.

Ramón Díaz seria um nome de fácil acesso ao comando do River por não estar dirigindo nenhuma equipe no momento atual. De forte personalidade, Díaz poderia se calar inicialmente diante de alguns absurdos dos dirigentes, já que deseja muito voltar a comandar uma equipe. Contudo, ele não mantém bom relacionamento com pessoas importantes no clube, como o médico Gustavo Ríos e com Gustavo Zapata, treinador de algumas equipes da base millonaria.