Até hoje, ninguém trabalhou nos cinco grandes do futebol argentino (as duplas Boca & River e Racing & Independiente mais o San Lorenzo), no máximo em quatro deles. Boa parte dos que conseguiram foi na soma de carreiras de jogador e treinador. Considerando-se apenas a de jogador, somente dois puderam defender precisamente as duas duplas pesadas. Mas se Zoilo Canaveri conseguiu isso nos anos 10, período em que apenas o Racing estava estabelecido como potência a ponto de ele vir a figurar justamente nos primeiros títulos argentinos do Boca e do Independiente, Osvaldo Alejandro Pérez conseguiu o feito de virar as casacas já quanto o quarteto estava sedimentado como o principal do país. Inclusive costuma ser apontado como único dono da marca, embora seja mesmo o único jogador a consegui-la no profissionalismo e no campeonato argentino. Hoje El Japonés, um polifuncional como meia, volante ou nas duas laterais, faz 70 anos.
Vale primeiramente enfatizar a trajetória de Canaveri, talvez o maior vira-casaca do futebol rio-pratense, pois ainda por cima foi um uruguaio que defendeu a seleção argentina – duas vezes, e ambas contra o próprio Uruguai natal (!). Entre 1912 e 1913, defendeu o Independiente, inclusive integrando o elenco vice-campeão de 1912. Foi ainda em 1913 que ele fez seu único jogo tido como oficial pelo River; contudo, não foi pelo campeonato argentino e sim pela extinta Copa Honor, troféu em mata-mata travado entre times do Uruguai, da Grande Buenos Aires e de Rosario. Ir ao River, na época, significava apenas atravessar o rio Riachuelo, pois o time ainda se sediava no bairro de La Boca, vizinho à cidade de Avellaneda.
Em 1914, Canaveri virou a casaca na própria Avellaneda para ser ponta-direita do Racing até 1916 (o ano em que fez seus dois jogos pela Argentina), em meio ao recordista heptacampeonato argentino seguido comemorado pela Academia entre 1913 e 1919. Revirou em 1917, ao voltar ao Independiente. E tornou a atravessar o Riachuelo em 1919, reforçando dessa vez o Boca, onde permaneceu até inícios de 1920 para virar até tango enquanto participava como um 12º jogador do primeiro título argentino do clube. Ainda em 1920, ele iniciou sua terceira passagem pelo Independiente, a mais vitoriosa: penduraria as chuteiras em 1929 após ter sido peça ativa nos dois primeiros títulos argentinos do Rojo, em 1922 e em 1926. Seria também o primeiro técnico do clube no profissionalismo, oficializado em 1931.
Antes de Pérez, outro homem pôde igualmente defender as duas duplas. Mas, como jogador, o volante Vladislao Cap só esteve no Racing (1954-60, campeão argentino em 1958) e no River (1962-65). Como treinador é que El Polaco passou pelo Independiente, inclusive vencendo o título argentino de 1971, a credenciar o Rojo para as quatro Libertadores que venceria seguidamente entre 1972 e 1975; e pelo Boca, no início de 1982, não se inibindo em rumar diretamente ao River com o campeonato ainda em andamento, embora logo falecesse de câncer meses depois, ainda como treinador millonario.
E por que o curioso apelido de Japonés? Pérez não tem mesmo nenhuma ancestralidade no Extremo Oriente, embora a Argentina disponha há quase um século de uma (diminuta) comunidade nipônica – com o folclórico massagista Kanichi Hanai servindo o Boca já nos anos 30. Na Argentina e no Uruguai, olhos levemente puxados, normalmente herdados de ancestrais indígenas, já bastam para a pessoa ser apelidada de El Chino, “O Chinês”. Era o caso do pai de Pérez. Para diferenciar pai e filho é que este acabou espirituosamente apelidado então de Japonés. Foi inclusive uma necessidade, diante de outros Pérez no River, o primeiro gigante que defendeu; o goleiro José Alberto (El Perico, “O Periquito”, também um trocadilho com o sobrenome) e o volante Ramiro. Inclusive, ele não foi nem mesmo o único Osvaldo Pérez na elite argentina ao longo da carreira.
No River, uma promessa não lapidada
Osvaldo estreou aos 18 anos de idade em pleno Superclásico, em 14 de novembro de 1970, pelo Torneio Nacional. O treinador era a lenda brasileira Didi, notabilizado em Núñez por bancar de forma simultaneamente incomum diversos garotos ainda juvenis. Em entrevista de 2019 ao portal Infobae, Pérez detalhou: “se deu muito rápido. Estava no sub-16, me passaram como reserva do sub-19 e de imediato passei a treinar com os adultos. De um momento a outro me avisaram em casa que tinha que ir me concentrar. (…) Estreei nada menos que contra o Boca em La Bombonera, marcando Jorge Coch. Empatamos em 0-0 e foi o início da minha carreira. O técnico que me pôs foi Didi, um verdadeiro mestre, que fez uma revolução no clube, porque o River sempre comprava muitos jogadores, mas ele apostou em nós, os pibes das inferiores”.
Escalado principalmente na lateral-direita, Pérez jogou outras seis vezes naquele Torneio Nacional, mas no Metropolitano 1971 já aparecia 22 vezes e anotava um primeiro golzinho, em 2-0 sobre o Colón, pela 25ª rodada, no estádio do Atlanta. Manteve a titularidade no Torneio Nacional de 1971, ainda sendo considerado juvenil: foi um dos titulares em um Superclásico histórico em que os juniores do River foram usados no improviso diante da intransigência da diretoria quanto à punição disciplinar dada aos adultos – que haviam protagonizado uma greve. Os jogadores profissionalizados do Boca haviam igualmente aderido à greve, mas o rival não titubeou em escala-los para o duelo. Mesmo assim, os rapazes de Didi venceram por 3-1.
Só que o River padecia de um jejum desde 1957 e Didi chegara credenciado pelo trabalho à frente da seleção peruana, que havia tirado a vaga da própria Argentina para a Copa do Mundo de 1970. O brasileiro prometia o “jogo bonito” e até cumpriu, mas em trabalhos incapazes de manter o pique até a reta final dos torneios de pontos corridos ou aos mata-matas dos torneios eliminatórios. Uma série de derrotas no Metropolitano 1972 encerrou a passagem de Didi, com o tempo reconhecido por ter polido muitos dos futuros pilares do fim do jejum, já em 1975.
Pérez acabaria perdendo espaço com os técnicos sucessores; foram dezoito partidas no ano inteiro de 1972, dezenove no de 1973 e nove em 1974, quando foi repreendido pelo então treinador Néstor Rossi ao brincar em plena prelação técnica para imitar o lábio chamativo de um adversário. Precisava inicialmente conciliar a carreira com o serviço militar obrigatório ao completar vinte anos e depois enfrentou concorrência pesada na lateral-direita com o astro Enrique Wolff, simplesmente o capitão da seleção. El Japonés calhou de ir embora do clube justamente antes do campeonato que marcaria o fim da seca, embora o técnico Rossi já estivesse substituído por Ángel Labruna naquele início de 1975. Foi defenestrado ao modesto All Boys, mas justamente ali é que conseguiria relançar a carreira.
Fora dos grandes, chegou à seleção
Pérez assim lembrou ao Infobae sobre a dispensa dada por Labruna: “na pré-temporada me dei conta de que não ia me ter em conta, sobretudo quando me disse que me faltava experiência. Me soou a desculpa, porque já tinha cinco anos na primeira divisão. Lhe respondi que eu estava acostumado a jogar, então que se não estivesse em seus planos, preferia ir. Cometi o erro de me enojar e quem se enoja, perde. Dois dias depois, veio um dirigente me dizer que o All Boys me queria, porque [o histórico ex-lateral Silvio] Marzolini havia assumido como treinador. Para mim era um sonho, porque Silvio, junto ao Chivo [Ricardo] Pavoni, eram as referências no meu posto. Vivi dois anos e meio muito bons no clube [do bairro portenho] da Floresta e por minhas atuações cheguei à seleção”.
O Albo havia chegado em 1973 a uma elite em que não participava desde os tempos pré-profissionalismo, e representou um giro de 180 graus diante da rotina de brigar contra a lanterna; a equipe ficara em antepenúltimo no Metropolitano 1975 enquanto os ex-colegas de River comemoravam o desjejum. No bairro da Floresta, Pérez chegou a ser deslocado para o meio-campo e foi um oásis de talento dos alvinegros, que até se deram ao gosto de evitar a queda em 1976 ao vencer na rodada final um clássico com o Argentinos Jrs – gol de Pérez. Logo o dérbi ficaria desproporcional demais, com a eclosão naquele mesmo 1976 da joia colorada chamada Maradona. Mas El Japonés ainda tinha motivos para se gabar: “jogando um clássico All Boys x Argentinos, lhe driblei de caneta na Floresta. Todos me diziam que havia sido um insolente”.
Mas o que mais uniu Maradona e Pérez é que chegaram juntos à seleção, no embalo do que produziram naquele 1976: “ao terminar a temporada, Menotti me chamou à AFA: ‘faz tempo que tinha que lhe ter convocado, mas se fizesse isso jogando você de volante ofensivo, o matavam. O iam compara com [Ricardo] Villa, [Ricardo] Bochini, [Norberto] Alonso, [Mario] Kempes e [José Daniel] Valencia. Agora que está outra vez de lateral, pronto’. Fizemos a pré-temporada no verão de 1977 em Mar del Plata e na primeira partida fui ao banco. Foi contra a Hungria no estádio do Boca e ficou na memória porque foi a estreia de Maradona“.
Oficialmente, Pérez acabou nunca jogando pela seleção; Menotti o limitou a amistosos normalmente desconsiderados nas estatísticas, aqueles contra clubes, combinados ou seleções estaduais/municipais; entrou em campo em 7 de fevereiro de 1977, contra o clube marplatense do Aldosivi (vitória de 1-0), e em 2 de março de 1977, contra o clube Deportivo Roca (2-1). Ainda assim, foi o único jogador do modesto All Boys a ser convocado entre 1965 e 2012 pela Albiceleste. Ele seguiu no Albo na maior parte do ano, com direito a quatro golzinhos no Metropolitano 1977, inclusive em apertada derrota no clássico com o Argentinos Jrs maradoniano (3-2) e sobre a dupla Racing (1-0) e Independiente (1-1). Pontinhos fundamentais para os alvinegros escaparem, justamente por um ponto, do rebaixamento.
No Independiente, (bi)campeão
O Torneio Nacional de 1977 começou já em novembro, com El Japonés reforçando o Independiente e logo se apoderando da titularidade, marcando até dois gols: exercendo a lei do ex em 3-2 no All Boys pela duríssima fase de grupos – para tornar o apertado calendário algo enxuto, apenas o líder avançava – e nos 3-1 já pelas semifinais contra o Estudiantes. Adiante, veio a epopeia da final com um Talleres com quatro pré-convocados à Copa do Mundo (José Daniel Valencia, Miguel Ángel Oviedo, o zagueirão Luis Galván e Humberto Bravo, único que terminaria cortado). Havia pela primeira vez o critério do gol fora de casa e os tallarines deixaram o jogo de ida com um interessante 1-1 colhido em plena Avellaneda. Em Córdoba, arrancavam uma suspeita virada por 2-1, em arbitragem caseira que tolerara um gol sob impedimento e outro feito com a mão… até expulsar três inconformados rojos reclamantes.
Pérez tinha lembranças vívidas naquela nota de 2019: “o estádio estava repleto desde várias horas antes. Desde o começo nos demos conta da arbitragem contrária de Roberto Barreiro, a ponto de em um momento lhe dizermos: ‘por que não vem você cabecear os cruzamentos na nossa área?’. Quando faltavam 15 minutos e perdíamos de 2-1, expulsou na mesma jogada [o zagueiro Enzo] Trossero e [o lateral-esquerdo Rubén] Galván. [O volante Omar] Larrosa foi protestar e em seguida lhe disse: ‘você também se quiser ir, vá’. E lhe mostrou o vermelho. Aí se desatou a loucura. Me coloquei do lado: ‘você é um delinquente. Te tem que levar a polícia’. Era o momento de se jogar por inteiro. E chegou a frase do [treinador José Omar] Pastoriza que nos mobilizou e extirpou a ideia de alguns de saírem do campo: ‘vão, sejam homens. Joguem e ganhem'”.
E eles jogaram e ganharam, achando a sete minutos do fim o gol do empate salvador, concluído após tabelas da dupla dinâmica que o meia Ricardo Bochini e o ponta Daniel Bertoni azeitavam desde 1973: “El Pato [Pastoriza] mandou a campo dois homens de ataque: Mariano Biondi e Daniel Bertoni, que estava convalescente de uma lesão, mas era Bertoni. Três dos quatro defensores ficamos em nossos lugares e [Norberto] Outes, o centroavante, passou a jogar de lateral-esquerdo. Bochini com Biondi no meio e Daniel [Bertoni] sozinho na frente. O gol maravilhoso do Bocha [Bochini] foi ao nosso estilo, porque saímos jogando desde atrás. No momento nos abraçamos como loucos, mas não tínhamos consciência da façanha”.
O título inclusive alimentou em Pérez alguma esperança de ser encaixado de última hora entre os convocados ao Mundial de 1978, para o qual Menotti levou os citados colegas Bertoni, Larrosa e Rubén Galván, além de Rubén Pagnanini. Os laterais escolhidos foram o próprio Pagnanini, reserva do titularíssimo Jorge Olguín (San Lorenzo) pela esquerda, e um Alberto Tarantini mesmo sem clube, com o citado Oviedo como opção de banco para a direita. Para El Japonés a alegria maior de 1978 ficou no novo título no Torneio Nacional, embora tivesse atuação criticada na decisão contra o River. Gradualmente, o Rojo, sem manter o domínio de outrora na Libertadores nem em 1978 e nem em 1979, entrou em entressafra. E Pérez acabou virando diretamente a casaca em 1981 sem causar maiores ruídos, embora fossem tempos mais sãos da rivalidade em Avellaneda.
Honroso no Racing, esquecido no Boca
Curiosamente, a passagem racinguista só aconteceu por causa de Maradona, segundo Pérez explicou ao Infobae: “Marzolini havia assumido como técnico no Boca. Me ligou e me disse: ‘quero te trazer, mas não tem grana. Não há uma moeda. A pouca que tem estão juntando para trazer El Pibe‘, que em poucos dias assinou. Se acontecesse, talvez nunca passasse pelo Racing. Nos enfrentamos no Boca 1-1 Racing onde Maradona foi campeão convertendo um gol de pênalti. Fizemos uma grande partida e os tivemos bem apertados, tanto que [Omar] Roldán acertou um chute na trave que poderia nos dar o triunfo”.
Se ele poderia ter ido mais cedo ao Boca graças ao treinador que tivera no All Boys, quem lhe convenceu a ir ao Racing fora justamente seu antigo técnico no Independiente, Pastoriza: “fui porque estava El Pato como treinador. Formamos uma equipe muito boa: [Alberto] Vivalda, [Julio] Olarticoechea, [José] Van Tuyne, [Ángel] Leroyer e eu; [Juan] Barbas, [José] Berta e [Juan Ramón] Carrasco; [Gabriel] Calderón, Roldán e [Hugo] Villarruel”. De fato, aquele Racing terminou em um enganoso 5º lugar, a apenas um ponto do pódio, e os citados Olarticoechea, Van Tuyne e Barbas iriam à Copa do Mundo de 1982. Foi a melhor campanha da Academia entre o vice em 1972 e o bronze em 1987, mas não camuflou a penúria econômica no Cilindro por muito mais tempo; o estádio chegaria a ser alugado à feira municipal e o próprio Calderón acabaria negociado com o arquirrival em prol das finanças.
Pérez tinha uma proposta do futebol espanhol, mas acabou segurado – “no Racing não me pagavam e tampouco quiseram me dar passe livre”. Ainda assim, saiu de Avellaneda a tempo de não figurar na campanha que desembocou no rebaixamento em 1983; desde 1982, passara ao Platense – curiosamente, o outro principal rival do Argentinos Jrs. A equipe de Vicente López escapou por um pontinho do rebaixamento e um outro treinador que El Japonés tivera no All Boys, Carmelo Faraone, requisitou-lhe para o clube que treinava. Era o Boca.
A Casa Amarilla vivia sob crise financeira das mais severas também, a ponto de ser aquela a temporada que marcou a estreia de um patrocinador na camisa azul y oro (a Vinos Maravilla), mas a chance de algo único pesou a Pérez: “é uma honra que sigam me reconhecendo por ser o único [sic] que vestiu as quatro camisas. Um prêmio a uma carreira. Quando chegou a oferta do Boca, estava para ir ao exterior, que me convinha no econômico, mas não duvidei: era o que me faltava para completar. É muito difícil que alguém possa alcançar essa marca. Houve vários que ficaram na porta, que lhes faltou uma, como [Ricardo] Gareca e [Sebastián] Rambert, [José] Albornoz, [Esteban] Pogany e [Luis Alberto] Carranza”.
De fato, Gareca e Rambert jogaram no trio Boca, River e Independiente, faltando-lhes o Racing para dizerem-se jogadores das duas duplas – e do San Lorenzo (Rambert até trabalhou lá, como assistente técnico de Ramón Díaz) para dizerem-se jogadores dos cinco grandes. Os outros três jogaram em quatro dos cinco, mas não com as duas duplas: para Albornoz faltou o Boca, enquanto o River foi o clube ausente nas carreiras de Pogany e Carranza. Mas a passagem boquense de Pérez acabaria a menos memorável: “estava a possibilidade de que [Carlos] Córdoba, o lateral-esquerdo titular, fosse ao Vélez e Carmelo me queria para essa posição. Mas Cacho [o tal Carlos Córdoba] permaneceu e não tive continuidade. Joguei algumas partidas de volante, outras de marcador lateral e pronto. Foram só seis meses”.
Na verdade, foram dois meses e meio, se considerados somente os jogos de Pérez na liga argentina; foi utilizado em seis partidas pelo Torneio Nacional (onde o time sucumbiu nas oitavas-de-final, para o Argentinos Jrs), que incluíram uma expulsão em derrota de 2-0 contra o Racing, entre 30 de março e 19 de maio. Ainda atuou em quatro amistosos – o último deles, em 23 de setembro, um curioso duelo contra a seleção da Arábia Saudita, em Riad (derrota de 2-1). Voltou rapidamente ao All Boys em 1984, já como jogador-treinador na briga pela permanência na segunda divisão. Dos quatro gigantes, associou-se mais ao Independiente e não apenas por ser o único em que pôde ser campeão: em 2012, foi readmitido no Rojo para treinar os juvenis, chegando ao cargo do time B na comissão técnica de Ariel Holan.
Desde os meses do Japonés como xeneize em 1983, só outro homem trabalhou nos dois lados das duas principais rivalidades do países: o próprio César Menotti. O técnico da Argentina de 1978 havia, como jogador, passado pelo Racing em 1964 e pelo Boca entre 1965-66. Já consagrado, treinou o Boca no primeiro semestre de 1987, o River na temporada 1988-89, voltou ao Boca em meados de 1993 para seguir até o fim de 1994 e enfim em 1996 chegou pela primeira vez ao Independiente – tendo por lá nada menos que três passagens como treinador e outra como gerente.
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