Era ainda inicio da década de 1990, a Argentina ainda se recuperava da copa na Itália, quando perdeu na final para a Alemanha Ocidental em um pênalti inexistente, o que para muitos foi um presente àquela nação devido à situação na qual se encontrava o país uma vez dividido pelo muro da vergonha e agora unificado. O mundo passava por diversas transformações. Os jogadores símbolos de suas equipes iam ficando para trás. Com a chegada da ideia de que uma equipe de futebol deveria ser também uma empresa muitos atletas sul-americanos viam no mercado estrangeiro oportunidades cada vez maiores de conseguir brilhar pelo mundo e enriquecer suas contas bancarias. Com isso, no futuro, cada vez menos os astros esquentariam lugar em um clube, sempre em busca de um contrato melhor.
Javier Adelmar Zanetti foi um dos que ficou pouco tempo em seu país de origem, indo cedo para a Itália. Porém é um dos poucos jogadores que entrou em um clube europeu e foi fiel a suas cores desde o principio. Uma das únicas exceções em toda a história do futebol completou hoje 1000 jogos de futebol. Javier Zanetti, lateral ambidestro, de futebol elegante que lhe é peculiar, é uma lenda. Zanetti jogou 534 partidas pela Inter de Milão pela Liga Italiana, 62 jogos pela Copa da Itália, 140 jogos em campeonatos europeus e 12 outros jogos por outros torneios, o que somam 749 jogos com a camiseta neroazzurra da Inter. Além do que foram 33 jogos pelo Talleres de Remedios de Escalda, clube que estreou 66 pelo Banfield, 12 com a Seleção Juvenil da Argentina e 140 com a Seleção Principal disputando as copas de 1998 y 2002. Em um total de 251 partidas.
“Neste momento não tenho desejo de dizer que chega”, disse El Pupi para o periódico italiano La Gazzetta dello Sport. Frase que serviu de tituloa par auma grande matéria dedicada a este jogador que é exemplo dentro e fora dos gramados. Zanetti ,ao lado de sua mulher, Paula, criaram a “Fundación P.U.P.I.” (Por Un Piberío Integrado) para a recuperação social de crianças carentes na Argentina. “A primeira partida oficial de minha vida foi em um Sábado 22 de agosto de 1992 pela terceira rodada do Nacional B. Em Escalada vencemos por 2 a 1º Istituto e eu entrei aos 35 minutos do segundo tempo. Minha primeira partida com otitular seria na sexta rodada”, lembra El Pupi. Seu primeiro jogo na equipe do Banfield foi em 12 de Setembro de 1993 no empate contra o River em Nuñez. Na Inter o jogador estreou em 1995 no dia 27 de agosto com vitória por um gol contra o Vicenza.
“Estreei na seleção no dia 11 de Novembro de 1994 em uma vitória contra o Chile em Santiago por 3 a 0. Usei a camiseta número 4 e a última indicação de Passarella depois de me aquecer foi: “Jogue como no Banfield””, relata Javier sobre sua primeira passagem pela Albiceleste. Entre os jogadores que marcaram seu nome na história do futebol com 1000 jogos estão o arqueiro inglês Peter Shilton (1361), Pelé (1356) e Paolo Maldini (1030). E na Argentina estiveram muito próximos a completar, Hugo Orlando Gatti (835) e Ricardo Bochini (742).
Momentos inesqueciveis
1.- A final da Liga dos Campeões 2010, no Santiago Bernabéu, quando vencemos por 2-0 o Bayern Munich.
2.- Eliminar a seleção da Inglaterra no mundial de 1998.
3.- Vencer o Boca por 2 a 1 pelo Banfield em la Bombonera, em 1994.
Melhores gols
1.- O gol contra a Lazio na final da Copa UEFA de 1995 para ganhar o torneio, meu primeiro título na Inter.
2.- O gol de esquerda contra a Inglaterra nas oitavas de final da Copa da França em 98.
3.- O gol contra a Roma em 27 de fevereiro no estádio Olímpico, a 2 minutos do final, que nos permitiu o empate em 1 a 1 e assim manter a vantagem rumo ao scudetto 2008/09.
Os piores momentos
1.- O triste 5 de maio de 2002 quando chegamos em primeiro na ultima rodada e perdemos para a Lazio por 4 a 2, e assim deixamos escapar o titulo que ficou com a Juve.
2.- A final da Copa UEFA perdida por pênaltis, em 1997, com Schalke 04.
3.- A final da Copa América que perdemos para o Brasil, no Peru em 2004, quando Adriano empatou 2 a 2 nos descontos e perdemos nos pênaltis.
Uma lenda em números
1000 partidas alcançadas esta tarde 749 na Inter (537 na Serie A, 143 por copas continentais e 69 pela Copa Itália e Supercopa italiana), 140 na Seleção Argentina, 66 no Banfield, 33 no Talleres (RE) e 12 nas Seleções inferiores (6 nos Jogos Pan-americanos de Mar del Plata 1995 e 6 nos Jogos Olímpicos de Atlanta 1996).
31 goles. 21 na Inter (12 por campeonatos, 6 por copas continentais e 3 por Copa Itália Supercopa italiana), 5 na seleção, 4 no Banfield e 1 no Talleres (RE).
16 títulos na sua trajetória. Com a Inter, 15: 5 scudettos, 3 Copas de Itália, 4 Supercopas italianas, 1 Copa UEFA, 1 Liga de Campeões e 1 Mundial de Clubes. Com a Seleção ón ganhou os Jogos Pan-americanos de 1995.
12 anos consecutivos com a faixa de capitão da Inter, recorde na entidade Milanesa.
9 partidas lhe faltam apenas para alcançar Giuseppe Bergomi (758) e converter-se no futebolista com mais jogos em toda a história da Inter.
537 partidas jogadas pela Inter na Séria A, o que o deixam quinto no ranking do Calcio. Por uma distancia bem tranquila o estrangeiro com mais jogos é o brasileiro Altafini com 459. O recorde absoluto é de Paolo Maldini com 647.
2 expulsões acumula em tod aa sua carreira: contra Parma, pela Copa Italia 1999, e na Seleção, na Copa América de 1999, contra a Colômbia, anoite dos três pênaltis errados por Martín Palermo.
Javier Zanetti por:
JOSÉ MOURINHO: “Alguém que tem uma vida profissional de verdade. Mostra que sempre está disposto a jogar. Que mais pode ser dito…para mim é uma honra ter sido um dos técnicos que dirigiu Zanetti”
PAOLO MALDINI: “Javier sempre foi um adversário leal, um exemplo que construiu uam carreira que ninguém deve se atrever a prever quando vai terminar.”
RUUD GULLIT: “É um jogador que nunca perde uma bola, pode jogar em qualquer posição e rende bem em todas elas igualemente. Fisicamente está acima da maioria, independente da diferença de idade é o jogador argentino mais inteligente que você pode encontrar”
MASSIMO MORATTI: “Facchetti e Zanetti são os máximos símbolos da Inter. O que mais me surpreende é que Javier sempe dá mais do que se pede. Como Interista, ele é nossa bandeira”
ROBERTO AYALA: “Um tipo admirável. Javier é a pureza personificada. Não me cansaria de dar adjetivos a este garoto”
LEONARDO: “Javier Zanetti é um mito um caso para ser estudado. A constância, o modo como joga e sua recuperação depois das partidas é incrível”
"Porque isto é algo mais do que uma simples partida, bastante maior do que uma…
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Só uma coisa a acrescentar : OBRIGADO POR TUDO ZANETTI !