Instituto x Racing de Córdoba: o outro grande clássico cordobês
A segunda maior cidade argentina tem uma porção de clubes, cujo poderio conjunto poderia ser maior não fosse o modelo argentino de ser. Ainda assim, quatro puderam sobressair-se em especial além da província. Se as rixas de Talleres e Belgrano duopolizam a alcunha de El Clásico Cordobés, a primeira divisão argentina também já viu duelos da dupla secundária, Instituto e Racing. Em 18 de março de 1990 (há 30 anos, portanto), enquanto o Brasil se despedia do trapalhão Zacarias, ocorria a última vez em que La Gloria e La Academia se encontravam na elite. Vale resgatar assim algumas curiosidades do segundo dérbi de La Docta, a opor os times sediados nos bairros de Alta Córdoba e Nueva Italia, respectivamente.
Antes, um contexto do futebol argentino. Apesar do nome, o campeonato “argentino” historicamente foi, inclusive de modo oficial, um campeonato da Grande Buenos Aires com convidados – notadamente times de La Plata, Rosario e Santa Fe. Mesmo times da província de Buenos Aires situados muito distantes da capital federal (Bahía Blanca e Mar del Plata, por exemplo, estão mais longes da cidade de Buenos Aires do que Rosario) eram ignorados. Nem mesmo um equivalente a estaduais havia: os clubes “esquecidos” se limitavam a competições normalmente municipais ou supramunicipais, pois o próprio campeonato cordobês se referia à cidade e não à província de mesmo nome.
Na própria província de Buenos Aires, sempre houve a liga bahiense, a marplatense, zarateña, a campanense e afins, assim como em Santa Fe havia o campeonato da cidade de Santa Fe e da de Rosario antes de seus clubes serem admitidos no “Argentinão” a partir do final dos anos 30. Se o Brasil via Rio e São Paulo dividirem equilibradamente a maior parte do prestígio, na Argentina a capital federal (carregando 30% de toda a população hermana) meio que “reinava” sozinha, sem maiores contestações à autoproclamação de seu campeão a rigor regional ser visto como o campeão do país. E isso ecoou na dupla secundária cordobesa, cuja identidade foi inspirada nos grandes bicho-papões que o Argentinão teve no início do século. A camisa alvirrubra com calções negros do extinto Alumni, dez vezes campeão entre 1900 e 1911, inspirou não só o Estudiantes em La Plata como o Instituto em Córdoba, fundado em 1918.
O Alumni extinguiu-se em 1913 e o novo dominante foi o Racing, vencedor seguido entre aquele ano e o de 1919. O recordista hepta do time de Avellaneda seguia fresco na memória em 1924, ano em que foi criado em Córdoba um clube de mesmo nome, escudo e uniforme praticamente idênticos, e que também adotou o mesmo apelido racinguista de La Academia. O apelido do Instituto, por sua vez, deriva do elenco tetra cordobês seguido entre 1925-28, alcunhado de Glorioso. Nenhum desses títulos, porém, passou pelo crivo do Racing, que somente em 1928 afiliou-se na liga, precisando começar na segunda divisão. Enfim subiu ao fim de 1935, ao vencer a segundona municipal contra o 9 de Julio, rendendo em 1936 um primeiro duelo com o Instituto.
Os dois, assim como Belgrano e Talleres, seguiam praticamente limitados ao certame local, pois no máximo o que ocorria era um tira-teima entre o campeão “argentino” com o campeão rosarino (a esquecida Copa Ibarguren, que entre os anos 10 e 20 definiu mais moralmente essa questão do principal clube do país na temporada) ou edições esparsas nos anos 40 de um antecedente da atual Copa Argentina, a Copa de la República – que inclusive viu a edição de 1944 ter como vice-campeão o “quinto grande” cordobês, o General Paz Juniors, campeão municipal no ano anterior. O título cordobês do Juniors em 1943 foi, porém, uma raríssima exceção ao duopólio Belgrano-Talleres retomado em 1929: só o Universitario, em 1942, e o Sportivo Belgrano da cidade de San Francisco, em 1956 e 1959, também conquistaram o “Cordobesão” até os anos 60.
Os anos rebeldes também viram o status quo ser questionado em Córdoba: o Belgrano amargou sua pior fila, entre 1957 e 1970, enquanto o Talleres só somou três conquistas. O Instituto encerrou em 1961 um jejum que perdurava desde o elenco glorioso original, revelando o goleiro Hugo Trucchia, depois aproveitado pelo Independiente bi da Libertadores. A reação do Racing foi ser em 1962 enfim campeão pela primeira vez. La Academia voltou a copar Córdoba em 1965 – o Instituto reagiu vencendo em 1966 e teve revide em 1967, com o terceiro título blanquiceleste em cinco anos. General Paz Juniors (1964) e Sportivo Belgrano (1968) fecharam uma década incomum, marcada também pela introdução do Torneio Nacional a partir de 1967. Nele, os campeões do interior puderam vislumbrar um lugar ao sol, em um campeonato que os colocava ao lado dos clubes do campeonato “argentino”, apropriadamente renomeado de Metropolitano até a edição final do Nacional em 1985.
Inicialmente, o campeão cordobês não tinha vaga cativa no Nacional, precisando passar por uma seletiva do interior que definiria as poucas vagas dos “instrusos”. Bom, a seletiva de 1967 já rendeu um duelo de Racing e Instituto, derrotado por 1-0. La Academia ainda eliminaria o Huracán Corrientes, mas tropeçou no degrau final, eliminado pelo Chaco For Ever. A primazia da representação cordobesa no Nacional caberia ao Belgrano, para a edição de 1968. Em 1969, quem estreou foi o Talleres, que se manteve para 1970. Para 1971, foi instituída a vaga direta ao campeão cordobês, dada na ocasião ao Belgrano vencedor de 1970. Bi em 1971, La B voltou a ser o representante local no Nacional de 1972, ano em que o campeão cordobês voltou a ser o Instituto, que assim foi conhecido pelo país em 1973 – ano em que os novatos reuniram nada menos que três futuros campeões mundiais com a seleção dali a meia década: o matador Mario Kempes, o meia Osvaldo Ardiles e o defensor Miguel Ángel Oviedo.
Kempes inclusive recebeu sua primeira convocação à Albiceleste exatamente no dia seguinte a um clássico com o Racing em 20 de maio de 1973, ainda pelo Cordobesão: afinal, marcara cinco gols em um 6-1. Kempes e Ardiles iriam à Copa de 1978 já como jogadores de Valencia e Huracán, respectivamente, enquanto El Cata Oviedo rodara quase toda Córdoba: revelado pelo modesto Palermo local, ele vinha do próprio Racing, sendo talvez o vira-casaca mais proeminente do clássico. Por conta das vagas limitadas no Nacional, o troca-troca tornou-se comum na cidade, mediante empréstimos de jogadores às equipes classificadas em prol de uma vitrine (assim, o ponta Carlos Guerini, do modesto General Paz Juniors, emprestado ao Belgrano em 1972, saltou para o Boca e a seleção em 1973 e pouco depois ao Real Madrid). Em 1974, tanto o campeão como o vice cordobês tiveram vaga automática no Nacional, rendendo classificação conjunta de Belgrano e Talleres, respectivamente.
Nisso, Ardiles competiu no Nacional de 1974 emprestado a La B e Oviedo, a La T. Em 1975, de volta a seus clubes de origem, estrearam pela Argentina: Ardiles ainda como jogador do Instituto pouco antes de fechar com o Huracán, e Oviedo ainda pelo Racing (onde era colega do zagueiro Eduardo Saporiti e o volante Emilio Commisso, depois campeões de Libertadores por River e Argentinos Jrs, respectivamente) pouco antes de virar tallarin de vez: “tenho boas lembranças do Racing, do Instituto, mas com o Talleres é outra coisa. Sofro muito com o Talleres”, reconheceu à El Gráfico em 2015. De 1974 a 1979, o Talleres venceu Córdoba seguidamente, reforçando-se inclusive com outro campeão da Copa de 1978, o zagueiro Alberto Tarantini, de volta do Birmingham City porque segundo ele era mais fácil manter-se na seleção jogando a liga cordobesa do que a inglesa – eis o contexto da época, onde ir à Europa mais atrapalhava do que ajudava. Como vices dos alviazuis, o Racing pôde estrear no Nacional enfim na edição de 1978 enquanto o Instituto reapareceu para a de 1979.
A volta do Instituto foi ainda melhor que a do timaço de 1973: cooptando Alfio Basile, técnico rival no Nacional de 1978 e no Cordobesão 1979, La Gloria liderou no Nacional 1979 o grupo com Rosario Central, Boca, San Lorenzo e Estudiantes, caindo nas quartas-de-final. Nada equiparável à reação do Racing. La Academia, primeiramente, venceu em 31 de agosto de 1980 a liga cordobesa em final com o próprio Instituto, e com folclore: após 1-1, prevalecia nos pênaltis por 6-5 e adiantou as comemorações com o apito do árbitro, mas os cartolas rivais alegaram que ainda teriam direito a duas cobranças. Como já tinham vaga, disputaram conjuntamente o Nacional de 1980 para seis meses depois da final retomarem os pênaltis sob portões fechados. O clube de Nueva Italia ratificou a conquista no embalo de uma grande campanha no Nacional: o Instituto liderou o grupo com River e San Lorenzo até cair nas quartas para o Independiente, campanha honrosa ofuscada pelo incrível vice logrado pelo vizinho, que eliminou o próprio Independiente na semifinal antes de cair na decisão para o Rosario Central. O técnico, por sinal, era o regressado Alfio Basile.
Se Oviedo foi o grande vira-casaca entre Racing e Instituto como jogador, Coco Basile foi como treinador, pois já em 1981 voltou a comandar os alvirrubros, contemplados pela Lei 1.309 de 1979 – que colocaria no restrito Torneio Metropolitano os clubes do interior que se classificassem duas vezes seguidas ou três alternadas aos mata-matas do Nacional. Ela já havia propiciado a inclusão do Talleres no Metro de 1980 e as campanhas seguidas de 1979 e 1980 colocaram o time de Alta Córdoba no Metro de 1981 – onde sobressaiu-se com o centroavante Raúl de la Cruz Chaparro, artilheiro do “certame de Maradona” e que ali virou o terceiro e penúltimo jogador do Instituto aproveitado pela seleção. O Racing não tardou muito e foi contemplado no Metropolitano em 1982, esvaziando quase que de vez a importância liga cordobesa, que só reteve o Belgrano. Assim, o primeiro clássico cordobês a aparecer no campeonato “argentino”/metropolitano foi exatamente o secundário.
Se no geral o Racing leva desvantagem de 81 derrotas contra 67 vitórias (além de 53 empates), pode-se gabar que na elite argentina a freguesia foi invertida. Já na estreia, ganhou de 3-1, com dois gols de Miguel Ballejo e outro de Juan José Urruti (o terceiro e último jogador da Academia aproveitado pela seleção, após Oviedo e o ponta Luis Amuchástegui, vice-artilheiro dos Nacionais de 1981 e 1982 antes de defender o River campeão da Libertadores de 1986) contra o solitário tento de pênalti de Rodolfo Rodríguez. No returno, mesmo dentro de Alta Córdoba, deu de 4-1, a grande goleada vista no clássico na primeira divisão. Osvaldo Coloccini (pai de Fabricio), Pascual Noriega e duas vezes Roberto Gasparini anotaram a surra – Gasparini, inclusive, nomeia um dos quatro lances de arquibancada do estádio municipal cordobês. Osvaldo Márquez fez o de honra.
O sétimo lugar alcançado no Metropolitano de 1982 pelo Racing (que, sob nova batuta do Coco Basile, avançou aos mata-matas do Nacional de 1983) garantiu-lhe bons promedios que afastaram-no do rebaixamento no Metro seguinte, embora tenha sido o lanterna – ironicamente, quem caiu foi o original de Avellaneda, em pleno confronto direto em casa com a “cópia”, já treinada àquela altura por Victorio Cocco após Basile ter rumado ao Talleres. A campanha ruim rendeu duas derrotas para o Instituto, ambas por 2-1: Rodolfo Rodríguez e Aldo Varales fizeram para La Gloria no primeiro turno, sob desconto de Atilio Oyola, enquanto que no returno Gasperini diminuiu o placar anotado por Rodolfo Rodríguez e Oscar Dertycia, o maior artilheiro alvirrubro na elite. Em 1984, porém, a Academia foi 5ª colocada e terminou invicta no dérbi, mesmo que ambos tenham ocorrido no campo rival: Atilio Oyola assinalou o único gol do duelo no primeiro turno enquanto o segundo terminou em 2-2, com gols de Mario Rizzi e um contra de Enrique Vivanco para o time da casa e de Humberto Bravo e Américo Ozán para os visitantes.
O Racing voltou a fazer campanha pobre no campeonato “argentino” de 1985-86, um penúltimo lugar com derrotas de 2-1 nos dois clássicos: Néstor de Vicente e o vira-casaca Pascual Noriega, agora alvirrubro, fizeram os gols do triunfo no primeiro turno, sob desconto de Richard Tavares; no segundo, os tentos gloriosos foram de Oscar Dertycia e Osvaldo Mattei contra o de Víctor Ferreyra. Mas, mesmo brigando para não cair, o clube de Nueva Italia emendou quatro clássicos invictos: Víctor Ferreyra e Atilio Oyola fizeram os gols do 2-0 no primeiro turno de 1986-87 antes de empate sem gols no returno; o torneio de 1987-88 viu primeiramente o regressado Luis Amuchástegui e Omar Cabral fazerem os gols racinguistas enquanto Sergio Míguez e Alfredo López marcaram os outros em um 2-2 para então Amuchástegui e Ferreyra reencontrarem as redes no segundo turno: 2-1, com Osvaldo Márquez descontando.
No plantel invicto, destaque ainda ao vira-casaca Raúl de la Cruz Chaparro queimando os últimos cartuchos da carreira artilheira; e ao zagueiro José Serrizuela, depois titular na final da Copa do Mundo de 1990 como jogador do River antes de defender ainda a dupla de Avellaneda, incluindo o Racing “original”. Julián Infantino quebrou a série ao marcar o único gol do clássico válido pela 18ª rodada do torneio de 1988-89, mas o encontro pela penúltima, decisivo para fins de rebaixamento, viu uma chuva de gols: Osvaldo Márquez, duas vezes, voltou a comemorar pelo Instituto, mas não evitou derrota de 4-2 construída com um gol cada de Juan Comas, Julio Ceballos, Daniel Ergo e Daniel Ibarra. A dupla terminou exatamente nas duas últimas colocações a salvo nos promedios. E não escapou ao fim da temporada 1989-90, caindo junta à Primera B. Após o 0-0 no primeiro turno, o triunfo de 2-1 há trinta anos para o Racing (Marcelino Galoppo e Julio Ceballos para si e Julio César Toresani para o rival) não impediu a morte abraçada adiante. A médio prazo, quem mais sentiu a queda foi o Racing, rebaixado à terceira divisão ao fim da temporada 1992-93.
La Academia voltou à segundona em 2000, mas tornou a cair após dois anos. Embora tenha regressado em 2004, caiu de novo ao fim da temporada e não voltou mais à Primera B Nacional, em decadência que incluiu até estadia na quarta divisão – de onde pôde ser campeão em 2017, o que rendeu aplausos dos jogadores do Instituto em fila antes de um clássico amistoso em janeiro de 2018, sinais de como essa rivalidade aparentemente se enfraqueceu para os lados de Alta Córdoba…
La Gloria (que nunca caiu para a terceira e vez ou outra pôde reaparecer na elite) passou a centrar suas rixas na dupla Belgrano-Talleres, como bem sentiu já em 1995 o velho ídolo Oscar Dertycia ao virar tallarin, enquanto encontros com o General Paz Juniors passaram a ter auras de clássico para a resiliente torcida de Nueva Italia. O ano de 2018 também rendeu o clássico de número 200, em julho, onde o Instituto devolveu os 3-2 sofridos em janeiro. Mas os encontros nacionais pela segundona se resumiram mesmo aos períodos 1990-93 e 2000-02, com a estadia alvirrubra na elite na temporada 2004-05 impedindo um repeteco. Eis os resultados:
Temporada 1990-91: Instituto (Luis Ovejero e Luis Baralle) 2-2 Racing (o vira-casaca Osvaldo Márquez e Julio Ceballos) e Racing (Julio Ceballos, Horacio Zabala e Daniel Sosa) 3-2 Instituto (Marcelo Díaz e Walter Luján).
Temporada 1991-92: Instituto (Mario Baralle) 1-0 Racing e Racing (Cristian Sabir e Jorge Luque) 2-0 Instituto.
Temporada 1992-93: Racing 0-1 Instituto (Federico Bessone) e Instituto 0-0 Racing.
Temporada 2000-01: Racing 0-2 Instituto (Mauro Amato e Marcelo Ríos) e Instituto (Raúl Antuña, Christian Smigiel e duas vezes Mauro Amato) 4-0 Racing. .
Temporada 2001-02: Instituto (Damián Felicia e Ramón Rosales) 2-1 Racing (Marcelino Blanco). No segundo turno, ficaram em grupos diferentes e não se enfrentaram. Assim, a última grande revelação do Instituto, Paulo Dybala, jamais pôde jogar oficialmente o clássico em competições nacionais.
Além de alguns nomes citados, vale resgatar outros com passagens pela dupla: o atacante Pedro Ojeda (Instituto 1997-98 e Racing 2004-05), que defendeu ainda o Racing de Avellaneda e também Talleres e General Paz Juniors; só lhe faltou o Belgrano. Mas teve gente que conseguiu rodar por todos os quatro principais clubes da cidade: Humberto Maschio, que já havia virado em alto estilo a casaca em Avellaneda (ganhou a Libertadores por Racing e por Independiente), teve mais de um ciclo treinando o Instituto ao longo dos anos 70 e passou rapidamente pelo Racing cordobês no Torneio Nacional de 1985. El Bocha Maschio trabalhou no Talleres semifinalista de 1984 e no Belgrano ao fim da década.
Outros que trabalharam no quarteto principal cordobês também já tinham antecedentes virando outras casacas: o treinador Pedro Marchetta, também com serviços à dupla de Avellaneda, foi até além, com uma passagem pelo “quinto grande” General Paz Juniors, em 2006. El Negro Marchetta já havia trabalhado tanto por Instituto como pelo rival na virada dos anos 70 para os 80, inicialmente como assistente técnico de Basile; como treinador “solo”, comandou no time do bairro de Nueva Italia a fuga exitosa contra o descenso em 1988, embora dali rumasse justamente para o vizinho de Alta Córdoba na temporada seguinte – já havia feito diretamente a travessia entre Talleres e Belgrano, em 1987. Em entrevista em 2016 à El Gráfico, El Negro Marchetta confessou-se “um louco, não?”. Nela, também se definiu como mais associado ao Racing na cidade.
Juan José López, ex-jogador da dupla Boca & River, por sua vez foi ex-jogador também de Talleres (1982) e Belgrano (1986). Foi como treinador que Jota Jota, além de outro ciclo em La T, trabalhou na dupla secundária: o Racing de Nueva Italia foi justamente seu primeiro clube como técnico. Na nova carreira, teria excelentes números sobretudo pelo rival, colocando o Instituto primeiramente na liderança da metade inicial da segundona de 1998-99. A equipe terminaria mesmo campeã, mas já sem López, que pedira rescisão por conta de dívidas salariais. Voltaria ao cargo em 2000, na luta contra o rebaixamento. Conseguiu evitar a queda, mas negociar com o Talleres em plena reta final queimou-o para sempre com parcela da torcida institutuense. À mesma revista El Gráfico, em 2004, admitiu que “nunca tive uma identificação grande com nenhum. E jamais me gritaram mercenário” para explicar como sobreviveu em Córdoba…
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