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“Índios” do futebol argentino

 

9 de agosto é o Dia Internacional dos Povos Indígenas, gatilho para falarmos de ascendência que incluiria nomes dos mais célebres do futebol argentino. Esta não é uma nota científica e sim mera e assumidamente especulativa, que fique claro. Mas com atenção pode-se enxergar essa possível ancestralidade em muitos hermanos, mesmo nos embranquecidos na pele há gerações e com sobrenomes europeus não-espanhóis, resultado da forte assimilação, forçada ou não, ocorrida no país.

Filho de um espanhol, Narciso Doval, “o argentino mais brasileiro” (leia mais aqui), era loiro de olhos azuis mas até a revista Placar supôs uma possível origem paralela indígena pelos olhos meio puxados e maçãs arredondadas no rosto. Foi ídolo de Flamengo e Fluminense, onde hoje brilha Darío Conca. Outros hermanos com boa passagem pelo Brasil a terem fenótipo indígena foram o defensor Carlos Galván, vice-campeão brasileiro de 1999 pelo Atlético Mineiro (também jogou no Santos e no Paysandu) e o atacante Darío Gigena, célebre pelos três gols pela Ponte Preta em um clássico contra o Guarani em 2003, relembrado aqui, e fundamental para a “Macaca” não cair naquele ano.

Já dos nomes mais célebres, quem aparenta são os capitães dos dois títulos mundiais argentinos, Daniel Passarella e Diego Maradona. De nomes midiáticos mais recentes, Ariel OrtegaJuan Román Riquelme, Javier Saviola, Sergio Agüero e o goleiro da última Copa, Sergio Romero. Os últimos técnicos do mais recente campeão argentino, o River, também. Ramón Díaz venceu o Torneo Final 2014, reforçando sua mística em ser o treinador mais vitorioso do clube, onde já brilhara como atacante.

El Pelado Díaz sucedera Matías Almeyda (hoje no Banfield) campeão da segundona 2012 e volante importante do time e da seleção nos anos 90. Almeyda, também El Pelado, entrou após a equipe ser rebaixada sob outro ídolo ex-volante, Juan José López, o “Jota Jota”. López também foi apelidado de El Negro, alcunha comum a vários jogadores com mais traços indígenas do que propriamente africanos. Outro técnico recente em um gigante foi o ex-volante Américo Gallego, campeão mundial em 1978 e que passou pelo Independiente recentemente. Ao fim da nota, imagens bem ilustrativas dos nomes mencionados acima. A seguir, outros nomes célebres do futebol argentino interessantes aqui:

Guaita na seleção argentina, Gatti, Solari, Willington, Fischer (no Vitória) e Yazalde

Enrique Guaita: ponta-esquerda dos Profesores, celebrado ataque do Estudiantes dos anos 30, era apelidado de El Indio. Transferiu-se à Roma e foi o primeiro artilheiro da moderna Serie A italiana, em 1935. Antes, havia sido campeão da Copa de 1934 pela Azzurra.

Hugo Gatti: goleiro que é o recordista de jogos do campeonato argentino e o segundo homem que mais jogou pelo Boca. Sua carreira durou de 1962 a 1988, brilhando na melhor época de Atlanta e Unión de Santa Fe, destacando-se em um Gimnasia LP ofuscado pelo Estudiantes tri da Libertadores e ganhando duas vezes esse torneio pelo Boca (no bi de 1977-78, primeiros títulos auriazuis na Libertadores), onde também foi campeão mundial. El Loco (usava roupas coloridas e gostava de sair da área) esteve também no River, representando-o na Copa de 1966. Teria sido o titular na de 1978, mas lesionou-se nos fins de 1977 e foi descartado. O posto ficaria com Ubaldo Fillol, com quem comparte o recorde argentino de pênaltis defendidos, 26.

Jorge Solari: como jogador, teve boas passagens por Newell’s, Vélez e River (fez um dos gols da finalíssima da Libertadores de 1966), indo à Copa 1966. Foi outro apelidado de El Indio. Seu irmão Eduardo também chegou a jogar pela Argentina, assim como Santiago (que jogou no Real Madrid na década passada), filho de Eduardo, sobrinho de Jorge e apelidado de Indiecito. Falamos mais dos Solari neste Especial. Como técnico, foi campeão no Independiente em 1989 e treinou a Arábia Saudita na estreia do país em Copas, em 1994, na única vez em que essa seleção avançou da primeira fase.

Daniel Willington: bisneto de um inglês, praticamente não tinha traços anglo-saxões. O meia-armador foi o condutor do primeiro título nacional do Vélez, em 1968. É um dos maiores ídolos também do Talleres de Córdoba, sendo o veterano líder da campanha que projetou La T nacionalmente pela primeira vez, o quarto lugar em 1974. Já havia se destacado no futebol cordobês na bela equipe do Instituto (onde estavam Mario Kempes, Osvaldo Ardiles e Miguel Oviedo, todos campeões da Copa de 1978) que conseguiu pela primeira vez participar da elite, em 1973.

Rodolfo Fischer: com origens paralelas alemã, russa e polonesa, nasceu na província de Misiones, fronteiriça ao Brasil – seu pai era um teuto-brasileiro. El Lobo foi um matador do San Lorenzo campeão invicto (algo inédito no profissionalismo argentino) de 1968 e destacou-se também no Botafogo (fez dois gols naqueles 6-0 no Flamengo), tornando-se o primeiro que a seleção convocou de um clube estrangeiro.

Héctor Yazalde: de argentinos, só ele e Messi ganharam a Chuteira de Ouro, prêmio ao maior artilheiro do futebol europeu. Yazalde jogava no Sporting Lisboa e foi o primeiro e por muito tempo único que a seleção convocou do futebol português. Falamos mais dele neste Especial.

Heredia na seleção, Sá no Independiente, Avallay no Huracán, Di Meola no Colón, Bóveda no Rosario Central e Felman no Boca

Ramón Heredia: zagueiro ídolo da fase mais forte do San Lorenzo (até agora), no início dos anos 70. Quase campeão da Liga dos Campeões de 1974 com o Atlético de Madrid, cujo elenco repleto de sul-americanos foi apelidado de Los Indios. Colega de Yazalde na Copa 1974.

Francisco Sá: outro da Copa 1974, é o maior campeão da Libertadores. O defensor venceu seis: as recordistas quatro seguidas do Independiente entre 1972-75 e as duas primeiras do Boca, no bi de 1977-78.

Roque Avallay: outro convocado à Copa 1974, mas cortado em cima da hora por lesão no último amistoso. Brilhou no Huracán campeão da elite pela última vez, em 1973 (veja), e teve bons momentos também no Newell’s, Los Andes e nos rivais Independiente e Racing.

Edgardo Di Meola: primeiro centroavante testado pela seleção após a Copa 1974. Um dos maiores ídolos do Colón.

Ramón Bóveda: um maiores ídolos do Rosario Central, veloz ponta dos primeiros títulos dos canallas (e do interior argentino) na elite, em 1971 e 1973. Jogou mais de 300 jogos em dez anos de clube.

Darío Felman e Carlos Salinas: pontas do Boca bi na Libertadores em 1977 e 1978, marcaram gols nos 3-0 no Borussia Mönchengladbach dentro da Alemanha pelo Mundial, o primeiro vencido pelos xeneizes. Felman integrou também o Valencia de Mario Kempes por cinco anos.

Ludueña no Talleres, Valencia, Galván e Ortiz na seleção, Gómez no Quilmes, Trobbiani no Boca

Luis Ludueña, Rubén Galván e Daniel Valencia: componentes da fase áurea do Talleres de Córdoba, em meados dos anos 70, chegaram à seleção. O zagueiro Galván e o meia-armador Valencia foram campeões na Copa 1978 (Valencia ocupou uma das vagas que poderia ter sido de Maradona) e também jogaram a de 1982.

Oscar Ortiz: ponta driblador que brilhou no San Lorenzo e no River, terminou titular na Copa 1978. Jogou no Grêmio e foi outro apelidado de Negro.

Omar Gómez: apelidado de Indio, é talvez o maior ídolo do Quilmes, clube da cidade de mesmo nome batizada em função de uma tribo indígena local. Gómez é o único três vezes campeão nacional com os Cerveceros: uma da segundona, uma da elite (a segunda e última vencida pelo clube, em 1978: confira) e uma da terceirona, no centenário do time, em 1987.

Marcelo Trobbiani: o primeiro a estrear pela seleção principal antes mesmo de debutar profissionalmente em seu primeiro clube. Foi em 1973, quando Trobbiani ainda era juvenil no Boca. Brilhou também no Estudiantes bicampeão no início dos anos 80 (leia aqui) e foi campeão na Copa 1986, embora só tenha participado dos acréscimos da final, a tempo de tocar uma vez na bola – de calcanhar.

Três do Independiente, três do River: Clausen, Monzón, Percudani, Héctor Enrique, Carlos Enrique (ex-Independiente) e Funes

Néstor Clausen, Pedro Monzón e José Percudani: integrantes dos últimos títulos do Independiente na Libertadores e na Intercontinental, em 1984. Apelidado de Negro, o lateral Clausen foi à Copa 1986. Também lateral, Monzón foi à de 1990 (onde ficou mais conhecido pela desonrosa marca de ter sido o primeiro expulso em final de Copa do Mundo, após entrada dura em Jürgen Klinsmann, que por outro lado visivelmente “inflacionou” o lance). O garoto Percudani foi o autor do gol do título da Intercontinental, sobre o Liverpool, temperado pela ainda recente Guerra das Malvinas.

Carlos Enrique, Héctor Enrique e Juan Funes: os Enrique são irmãos e ambos jogaram no River e seleção. Carlos, conhecido como Loco, foi colega dos três acima no Independiente, anulando Renato Gaúcho na final da Libertadores 1984, contra o Grêmio (veja). Héctor, apelidado de Negro como outros, foi titular na Copa 1986, gaba-se de ter dado o passe para Maradona fazer aquele célebre gol após driblar meio time inglês e brilhou no River campeão pela primeira vez da Libertadores e da Intercontinental, naquele mesmo ano. Os gols do título da Libertadores foram marcados por Funes.

Borghi na seleção, Palma no Rosario Central, Basualdo na final da Copa de 1990, Comizzo, Medina Bello na seleção e Zamora no Newell’s

Claudio Borghi: o primeiro apontado como “novo Maradona”, surgiu no mesmo Argentinos Jrs de Dieguito e foi ainda mais longe no clube: esteve em todos os títulos expressivos da equipe, os três campeonatos argentinos (como jogador em 1984 e 1985 e técnico em 2010) e a Libertadores 1985. Foi campeão na Copa 1986, mas nela começou sua decadência. Chegou a jogar no Flamengo depois.

Omar Palma: talvez o maior ídolo do Rosario Central, também era chamado de Negro. É o maior campeão nos canallas: nacionais de 1980 e 1987 (neste o clube acabava de voltar da segundona e emendou um bi com a elite deixando o rival Newell’s de vice: falamos aqui) e a Copa Conmebol de 1995, após heróica final com o Atlético Mineiro – os argentinos perderam de 4-0 no Mineirão, conseguiram devolver a goleada em Rosario e ganharam nos pênaltis.

José Basualdo: volante que espontou no cascudo Deportivo Mandiyú da virada dos anos 80 para os 90, época dourada do clube de Corrientes. Ainda jogando pelo Algodolero, chegou à seleção e disputou a Copa de 1990. Depois, Pepe integrou dois timaços de Carlos Bianchi: o Vélez campeão de tudo entre 1993 e 1994, e o Boca ainda mais vitorioso de 1998-2000.

Ángel Comizzo: sucessor de Nery Pumpido no gol do River, foi chamado à Copa de 1990. Após cinco vitoriosos anos em Núñez, regressou no fim da carreira para vencer mais dois campeonatos.

Ramón Medina Bello: El Mencho era aquele tipo de atacante talismã, querido mesmo sem média alta de gols. Ídolo no Racing e no River, foi o artilheiro da seleção nas eliminatórias à Copa de 1994 e terminou convocado mesmo transferindo-se ao futebol japonês, ao Yokohama Marinos.

Julio Zamora e Fernando Cáceres: ambos apelidados de Negro, estiveram no último troféu da seleção principal, a Copa América 1993. Zamora, na reserva, era lateral do Newell’s de Marcelo Bielsa, que em 1992 igualou-se ao rival Rosario Central em títulos argentinos e foi vice da Libertadores. O zagueiro Cáceres, titular, jogou também a Copa 1994 e foi um dos últimos que defenderam a seleção vindo tanto do River como do Boca. Destacou-se nas fases áureas do Real Zaragoza e do Celta de Vigo.

Cáceres na Copa de 1994, Burgos na seleção, Rambert e Rotchen no Independiente, Delgado no Rosario Central, Calderón no Argentinos Jrs

Germán Burgos: goleiro habitual da seleção na virada do século, foi revelado na última boa campanha do Ferro Carril Oeste (quarto lugar em 1992), venceu a última Libertadores do River (em 1996) e foi querido também no Atlético de Madrid – onde está atualmente como assistente de Diego Simeone.

Sebastián Rambert e Pablo Rotchen: integrantes do último momento duradouro do Independiente, em meados dos anos 90. Rambert era o goleador e Rotchen, o xerife do time campeão argentino e da Supercopa em 1994. O pai de Rambert, Ángel, jogou pela seleção francesa.

Marcelo Delgado: raçudo atacante de Rosario Central e Racing (é o último jogador a ir a uma Copa como racinguista, em 1998) nos anos 90, brilhou também no Boca de Carlos Bianchi. Marcou nas duas finais contra o Santos na Libertadores 2003.

José Luis Calderón: na fase moderna do Estudiantes, é o único que rivalizaria com Juan Sebastián Verón. Teve diversas passagens pelos alvirrubros. Como Verón, foi rebaixado em 1994, campeão imediatamente da segundona, foi, voltou e venceu o Apertura 2006 (encerrando jejum nacional de 23 anos) e a Libertadores de 2009. De quebra, fez três gols no 7-0 em clássico com o Gimnasia na campanha campeã de 2006, maior goleada do dérbi. Caldera destacou-se ainda no Independiente nos anos 90, pelo qual chegou a ser artilheiro do campeonato argentino; venceu a Sul-Americana de 2007 pelo nanico Arsenal; e aposentou-se como campeão do Argentinos Jrs em 2010, terceiro e último título dos colorados, o primeiro em 25 anos.

Bazán Vera no Unión, Fuertes no Colón, Kily González na Internazionale, Clemente e Ibarra na seleção e Saja no Racing

Daniel Bazán Vera: apelidado de Indio, é um dos maiores goleadores das divisões inferiores, especialmente no Almirante Brown, Temperley, Olimpo de Bahía Blanca e Tristán Suárez, seu clube atual. Segue em atividade desde 1993.

Esteban Fuertes: maior ídolo do Colón, onde El Bichi é quem mais jogou e mais marcou. Chegou a ser o mais velho estreante na seleção, aos 36 anos em 2009.

Cristian González: raçudo meia ou ponta da seleção no início dos anos 2000, o Kily era figura dos anos áureos do Valencia, bivice da Liga dos Campeões em 2000 e 2001. Na Argentina, destacou-se mais no Rosario Central.

Hugo Ibarra e Clemente Rodríguez: laterais do grande Boca de Carlos Bianchi da virada do século. Ibarra, que se destacou também no Colón nos anos 90, é outro apelidado de Negro. Rodríguez esteve também no Estudiantes campeão da Libertadores 2009, jogou a Copa 2010 e acaba de deixar o São Paulo.

Diego Saja: os olhos puxados lhe renderam o apelido de El Chino (“o Chinês”). Vice da Libertadores de 2007 pelo Grêmio, Saja brilhara no San Lorenzo de 2001-02: ganhou um argentino com recorde de pontuação dos torneios curtos e as primeiras taças continentais dos azulgranas, a Mercosul 2001 e a Sul-Americana 2002. Quase foi convocado à Copa de 2002 e recentemente tem se salvado nas campanhas irregulares do Racing.

Erviti no Boca, Cardoso no staff do Hamburgo, Julio Cruz na Inter, Silvera no Independiente, Lucho González na Copa de 2006 e Franco na seleção mexicana

Walter Erviti: colega de Saja naquele San Lorenzo, tinha habilidade na lateral e pelo meio. Integrou o único título argentino do Banfield, em 2009, e seguiu com Julio César Falcioni, técnico daquele elenco alviverde, para o Boca vice da Libertadores de 2012.

Rodolfo Cardoso: o argentino de maior sucesso no futebol alemão. Jogou pela seleção vindo de Werder Bremen e Hamburgo, dois rivais. Trabalha na comissão técnica deste último, às vezes assumindo como treinador interino. Marcou um dos gols da última taça do decadente Hamburgo, a Copa da Liga de 2003. Saiba mais aqui.

Julio Cruz: revelado pelo Banfield, destacou-se sobretudo por Feyenoord e Internazionale. Foi artilheiro da última campanha campeã holandesa do clube de Roterdã, em 1999, e foi talismã da boa fase recente dos milaneses, especialmente nos clássico com a Juventus. Foi à Copa de 2006.

Andrés Silvera: esteve nas últimas taças do Independiente – o Clausura 2002, onde foi artilheiro do torneio e integrante do ataque mais goleador da década, e, mais experiente, na Copa Sul-Americana 2010. Foi campeão também no San Lorenzo, no Clausura 2007. Nasceu na Patagônia, velho reduto dos povos originários da Argentina.

Luis González: o Lucho foi um insinuante armador de Huracán e River, sendo um raro jogador do futebol local a manter-se titular da seleção em meados dos anos 2000. Campeão em fase decadente do Olympique de Marselha, chegou a ser capitão de um Porto multicampeão. Presente na Copa de 2006.

Guillermo Franco: natural de Corrientes, antigo reduto guarani (a província é fronteiriça ao Paraguai), foi campeão da Copa Mercosul 2001 com o San Lorenzo, ali campeão internacional pela primeira vez. Naturalizou-se mexicano e jogou as Copas 2006 e 2010.

Sebá no Vélez, Ustari na seleção, Ledesma na Lazio, Sand no Lanús, Cvitanich no Banfield e Rojo na Copa de 2014

Sebastián Domínguez: ex-Corinthians, Sebá também foi apelidado de Negro. Na Argentina, foi um zagueiro de destaque no Newell’s e segue há anos vencedor no Vélez.

Oscar Ustari: terceiro goleiro da seleção na Copa 2006 após boas exibições no Independiente, viveu a curiosa situação de ser convocado em 2012 junto com Agustín Orión, com quem concorria pela titularidade no Boca na época. Hoje joga no Newell’s.

Cristian Ledesma: desenvolveu a carreira pelo futebol italiano, naturalizando-se e jogando pela Azzurra. Tem destaque sobretudo na Lazio, onde chegou a capitão – posto que na Itália é costumeiramente passado ao jogador mais longevo do elenco.

José Sand: de origem paralela nórdica, destacou-se no Lanús. Foi duas vezes artilheiro do campeonato pelos grenás e campeão em outra, no único título nacional do clube.

Darío Cvitanich: artilheiro do Banfield na década passada (chegou a marcar dois nos 5-0 em clássico com o Lanús na casa adversária, maior goleada do dérbi do Sul), é bisneto de um croata e quase jogou pela seleção xadrez, mas a FIFA não autorizou. Passou pelo Ajax e quase mudou o rumo da Libertadores de 2012, acertando pelo Boca a trave corintiana no último lance do jogo de ida.

Marcos Rojo: promovido pelo Estudiantes, onde foi campeão em 2010 (última taça alvirrubra), o lateral foi um dos numerosos jogadores do clube insistidos por Alejandro Sabella (técnico daquele elenco) na seleção. Rojo foi um dos titulares mais questionados e surpreendeu positivamente na Copa de 2014, sendo eleito o melhor jogador em sua posição no torneio e cavando transferência ao Manchester United.

Ortega, Riquelme, Saviola, Agüero e Romero
Doval, Conca, Galván e Gigena
Passarella com Jota Jota López, Almeyda, Ramón Díaz e Gallego
Caio Brandão

Advogado desde 2012, rugbier (Oré Acemira!) e colaborador do Futebol Portenho desde 2011, admirador do futebol argentino desde 2010, natural de Belém desde 1989 e torcedor do Paysandu desde antes de nascer

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