Independiente x Lanús. Jogo era uma decisão para as duas equipes. Com seis pontos atrás do líder, River, o Rojo precisava vencer ou vencer: nada além disso. Já o Granate, tinha a possibilidade de chegar à liderança da competição e depender apenas de suas próprias forças para colocar as mãos no caneco do “Argentinão”. Jogo foi bom na maior parte do tempo, exceto nos minutos finais, em que o conjunto local apenas cozinhou a partida, freando o ímpeto da esquadra do Sul da Grande Buenos Aires. No fim, de Rojo: 2×1. O Lanús não saiu da briga e o Rojo se mantém com chances reais de chegar ao título.
No início, parecia que o conjunto do Sul seria o dono da bola, pois foi com toda a alma e disposição física para cima do Rojo. Porém, também foi com esquema tático eficiente. Abrindo o jogo pelas pontas e avançando com um contingente que envolvia os dois alas ao mesmo tempo, a esquadra granate dominava as ações e dava o sinal: o gol sairia rapidamente. Não deu outra. Logo aos 10, o artilheiro Silvio Romero foi o nome do gol: 1×0 Lanús.
Insatisfeito com o placar, a equipe visitante seguia atacando como se jogasse uma final. Só que aos poucos a marcação local foi segurando os avanços pelos flancos do campo. A tática consistiu em fechar a porta pelo lado mais eficiente do ataque rival, o lado esquerdo. Assim, todo mundo da visita resolveu jogar somente pelo outro lado. Até conseguia levar a pelota redondinha até a proximidade da área de Marchesín. Mas era só isso. Assim que o Granate se aproximava da entrada da área, a defesa local dava o combate, fortalecida por seu homens de meio-campo.
O jogo mudou. O Rojo passou a esperar o Granate, apostando nos espaços que o time de Schelotto deixava fácil para este tipo de jogada. E foi assim que aos 27 minutos, Sebá Penco foi o nome do gol. A explosão tomou conta do Libertadores de América, a torcida vermelha era só comemoração. Depois disso, ficou ainda mais fácil a parada para o Independiente. Alguns minutos depois, aos 35, Ralf Montenegro virou a peleja para o conjunto local: 2×1.
Na segunda etapa, esperava-se outro Lanús em campo. Não aconteceu. O Granate voltou nervoso a campo, desatento e claramente pressionado pelas circunstâncias do jogo e dos acontecimentos pós-jogo anterior, em que o árbitro Merlos deu aquela ajudinha. A pelota parecia viva nos pés de seus jogadores. E o drama parecia fundo demais para seu jovens atletas aguentarem. Era pancada aqui e pancada acolá. Já o Independiente tratava de se acalmar e explorar o desequilíbrio do rival. O contragolpe era uma arma eficiente e certeira para o conjunto local, enquanto as tentativas granates fracassavam, pois elas pareciam necessitar de uma energia que já não existia nas pernas e na alma de cada jogador da valente esquadra do Sul da Grande Buenos Aires.
Efeito disso é que primeiro Monteseirín, depois Maxi Velázquez, foram para o chuveiro mais cedo e deixaram o Lanús com nove homens em campo. Não bastasse isso e o campo ficou ainda maior para um time e menor para o outro. Sabendo que de nada valia se fechar em seu campo de defesa, o Granate se lançou ao ataque de forma desesperadora. Contudo, não calculou o grau desta ação e abriu caminho para levar uma goleada do Rojo. E foi o que aconteceu: aos 43, Juan Martín Lucero tabelou com Montenegro e marcou um golaço. Dois minutos depois, Víctor Cuesta colocou a cabeça na bola e fechou o placar para o Independiente: 4×1.
Assim, o Lanús fica a 3 pontos do líder River Plate e mais distante do caneco. Já o Independiente, volta à briga pelo título, embora saiba que ele está mais próximo do River ou do seu histórico rival de Avellaneda: o Racing. Na próxima rodada, o Rojo será visita para o Boca Juniors, enquanto o Lanús será anfitrião para o Gimnasia y Esgrima de La Plata. Contudo, as duas equipes não apenas precisarão vencer na rodada. Mais que isso. Terão de ir às arquibancadas do Cilindro de Avellaneda para o baita duelo da competição até aqui: Racing x River Plate.
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