Quem acompanhou o futebol envolvente do Huracán há pouco menos de um ano e meio, aquele mesmo que foi usurpado por Brazzenas na final contra o Vélez, não gostaria de ver o atual time de hoje. De vice-campeão argentino, hoje o clube entrou na zona de rebaixamento após ser derrotado pelo Lanús por 2×1 e pelo andar da carruagem, não deve sair deste posto caso não haja mudanças drásticas.
Caso o torneio terminasse hoje, o Huracán teria de disputar uma partida extra contra o River Plate, onde o perdedor jogaria a ‘promoción’ contra o quarto colocado da B Nacional (hoje o San Martín de San Juan). Mas, ainda resta muito para tal decisão. Até por isso, há tempo para mudanças. Há tempo para contratações – apenas quatro, já que a janela de verão argentino não permite mais do que isso – para tirar o time dessa situação.
Enquanto isso, o time segue fraco e longe de contar com a juventude de um ano atrás. O veterano Zárate é o principal responsável do ataque do Globo. Se levasse trabalho aos arqueiros, era até aceitável a sua contratação. Mas, não vem conseguindo demonstrar a sua qualidade de anos atrás. Além disso, vê ex-jogadores da equipe marcando contra si. Como foi o caso de Paolo Goltz, que logo aos seis minutos, marcou e não comemorou.
O Huracán não conseguia demonstrar um futebol de nível. Sequer chegava ao ataque enquanto o Lanús dominava o embate. Regueiro chegou em várias oportunidades, mas não conseguia concluir a gol. Uma lástima que teve o seu preço. Aos 25 minutos de jogo, o Huracán finalmente fez algo produtivo. Em um cobrança de falta, Morales tocou para Peña, enganando todos do Lanús, que na sequência mandou para a área, onde Filippetto não desperdiçou e mandou para as redes de Caranta. 1×1.
O tento deixou o Huracán mais animado. Mesmo assim, pouco criava, pouco produzia e consequentemente pouco chegava. O mesmo acontecia com o Lanús, que necessitava de mais um gol para continuar na briga pela Libertadores do ano que vem.
Contudo, a pressão só veio na segunda etapa, onde o Globo voltou a ser inoperante o Lanús a dominar a partida. Somente nos primeiros 25 minutos, Pizarro teve duas oportunidades de marcar, ambas carimbando a trave de Lucas Calviño, além da pressão ofensiva durante todo o embate. De tanto insistir, o Lanús finalmente chegou ao gol, aos 36 minutos do segundo tempo. Blanco chutou forte, Filippetto tentou evitar, mas deixou nos pés de Castillejos, que acabara de entrar, mandar para as redes. Um 2×1 justíssimo e que poderia ter sido mais.
A próxima partida do Huracán é chave contra o descenso. O time enfrenta o Tigre, outro concorrente direto e que a cada rodada vem se montando a crise. Já o Lanús enfrenta o Independiente (possivelmente com o time B) para dar sequência a boa fase desde que Schurrer assumiu a equipe
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