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Homenagem à AMIA: conheça os judeus do futebol argentino

A Argentina tem a 6ª maior comunidade judaica no mundo, a ponto de haver em Buenos Aires um McDonald’s Kosher, no Abasto Shopping. Em um país fanático por futebol, natural que alguns membros da diáspora o abraçassem. Há exatos 20 anos, com o mundo ainda focado no tetracampeonato mundial brasileiro um dia antes, ela chorava o atentado à AMIA (Associação Mutual Israelita-Argentina), tragédia que teria por trás Hezbollah e Irã: matou 85 pessoas na manhã de 18 de julho de 1994 e feriu muitas mais. A embaixada israelense já havia sido atacada, em 1992. Ambos os atentados ocorreram na presidência de Carlos Menem, que tem origens árabes e só deixou o islã por uma então vigente exigência constitucional para que, convertido formalmente ao catolicismo, assumisse o cargo. Exagerado supor que Menem tenha alguma ligação, mas é fato que sempre faltou vontade estatal em averiguar direito os casos.

Nossa modesta homenagem é relembrar os mais célebres judeus do futebol argentino. A comunidade de Juan Pablo Sorín e do técnico da Colômbia na última Copa, José Pekerman (o zagueiro Walter Samuel às vezes é outro divulgado como israelita, mas seu sobrenome real é Luján, tendo adotado o Samuel do padrasto), é tão numerosa que já rendeu ao menos dois clubes profissionais só em Buenos Aires. Uma das possíveis razões do alto número é que o próprio pai do movimento sionista, Theodor Herzl, escreveu na obra Der Judenstaat que a Argentina seria um boa opção para imigrantes judeus caso a criação de um Estado próprio nas antigas terras hebraicas não se tornasse possível.

Um desses clubes é o Atlanta, do bairro mais ligado aos judeus da capital, Villa Crespo. O Bohemio foi um clube tradicional na elite por muito tempo, embora não a dispute há 30 anos. Seu estádio tem o sugestivo nome de León Kolbowski, antigo presidente seu. Outro León de lá, Najnudel, é tido como maior impulsionador moderno do basquete argentino e teve influência no futebol do Ferro Carril Oeste bicampeão nos anos 80, conforme já explicamos. Do Atlanta, falaremos mais em breve: ele fará 110 anos neste 2014. Seu clássico, com o Chacarita, é o terceiro mais expressivo da capital, abaixo só de Huracán x San Lorenzo e, claro, Boca x River; retratamos aqui o Clásico de Villa Crespo.

Atualização em 12-10-2014: clique aqui para acessar o Especial sobre os 110 anos do Atlanta.

O outro clube é o Macabi, campeão da quarta divisão em 1967 já com uma formação nada judaica: Vicario; Canosa e Redrizzani, Espósito, Gabadián e Pairoux, Lobos, Allende, Soro, Campos e Messina, treinados por José Morales. O mais célebre jogador surgido ali, por exemplo, foi Abel Pérez, defensor campeão da elite justo no Chacarita, em 1969 (leia). O Macabi disputou a terceirona de 1968 e decidiu em seguida desativar o futebol profissional, se desafiliando da AFA, a CBF argentina.

A seguir, alguns dos mais célebres judeus do futebol argentino. A quem se interessar, já fizemos, em 2011, um especial sobre os árabes: clique aqui.

Bard, o “brasileiro” Wergifker e o técnico Hirschl no Gimnasia. Como os outros dois, se destacou no River também

Leopoldo Bard: foi sócio-fundador do River, seu primeiro presidente e jogou nos primeiros elencos do clube. Falamos mais dele neste Especial que atesta que o River, como o Atlanta, também completa 110 anos em 2014 (a versão oficial diz que isso ocorreu três anos atrás). Na sua última fase áurea, na virada para o século XXI, o clube teve outro presidente judeu, David Pintado.

Eduardo Rothschild: sim, a célebre família banqueira teve ramos em Buenos Aires! Eduardo era um meia-direita ofensivo do início do século XX. Jogou pela seleção entre 1909-10, vindo curiosamente de dois clubes que largaram o futebol para abraçar o rúgbi: o San Isidro e o Gimnasia y Esgrima de Buenos Aires. Ambos chegaram a ser vice-campeões argentinos no futebol.

Imre “Emérico” Hirschl: treinou o Gimnasia LP quase campeão em 1933, em que figuravam José María Minella, nome do estádio de Mar del Plata sede da Copa 1978, e Juan Echevarrieta, maior artilheiro estrangeiro do Palmeiras. Treinou a seleção em 1934 e o River bi de 1936-37 – foi a primeira vez em que um clube argentino pagou a outro pela transferência de um treinador, com o Gimnasia recebendo 5 mil pesos na negociação. Fez história também no Uruguai: treinou do Peñarol invicto de 1949, base da seleção campeã de 1950, sendo até cogitado para treinar a Celeste meses antes da Copa. Um dos maiores técnicos húngaros, como Izidor Kürschner, Béla Guttmann, Gyula Mándi (os três trabalharam no Brasil. Guttmann também treinou o Quilmes), Árpád Weisz, Alfréd Schaffer e Gusztáv Sebes (da mágica Hungria de 1954), todos judeus. Hirschl morreu em Buenos Aires em 1973.

Aarón Wergifker: único brasileiro que já defendeu a Argentina! Na verdade, “apenas nasceu” em São Paulo, em 1914, logo indo com seus pais, imigrantes russos, a Buenos Aires, radicando-se no bairro judeu de Villa Crespo e virando torcedor do Chacarita. Seus documentos de identidade o registravam como russo e não como brasileiro; na Argentina, o largo contingente de refugiados dos pogrons czaristas fez inclusive que a expressão Ruso virasse apelido comum para judeus. Wergifker jogou nos anos 30 na retaguarda do River, quando o clube emergia entre os grandes do país, sendo treinado por Hirschl. Sua dispensa em 1941 nunca foi esclarecida; diz-se até que um médico da equipe simpático ao nazismo, algo tristemente em voga no governo na época, teria inventado que o jogador tinha uma deficiência pulmonar. Foi escolhido pela revista El Gráfico em 2010 entre os cem maiores ídolos do clube. Curiosamente, o “inverso” de Wergifker, isto é, o único argentino que jogou pela seleção brasileira, era filho de judeus ucranianos. Era Adolpho Milman, goleador do Fluminense nos anos 30 e 40 e que acabaria mais conhecido justamente pelo apelido Russo.

Jaime Rotman: goleiro surgido no Argentinos Jrs em 1928 e que defendeu o Vélez por cinco anos, entre 1935 e 1940, quando o clube foi rebaixado pela única vez. Em 1941, passou ao Atlanta, justamente o concorrente velezano contra a queda. Voltou rapidamente ao Vélez em 1944, quando o Fortín reestreou na elite – só o Boca segue há mais tempo ininterrupto nela.

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O húngaro Sas, vice na Copa 1938, no Boca (à sua frente, Bernardo Gandulla, ex-Vasco). Scliar no Vélez, Lighterman no Chacarita

Ferenc “Francisco” Sas: outro húngaro. Titular da Hungria vice na Copa 1938, veio pouco depois à Argentina. Foi campeão nacional no Boca em 1940. Também jogou no Argentinos Jrs e se radicou em Buenos Aires, onde faleceu nos anos 80. Seu sobrenome original era Sohn e trabalhou no Macabi.

Isaac Scliar: atacante que conseguiu jogar na elite profissional tanto pelo Argentino de Quilmes, na única vez do clube nela (em 1939), quanto pelo Quilmes. Por ambos, que têm a rivalidade mais antiga do país, abordada aqui, foi rebaixado. Passou por Atlanta e Newell’s até chegar onde melhor se deu, o Vélez, em 1944. Chegou a marcar três gols em um 8-o no Independiente em 1945 e ficou até 1949, quando foi terceiro na artilharia jogando por três clubes na temporada: Vélez, Boca (que brigou contra o rebaixamento) e Tigre (por ironia, um dos concorrentes do Boca contra a queda).

Ernesto Lighterman: a ligação judaica com o Atlanta, que já rendeu recentemente até cânticos antissemitas de alguns – ALGUNS – idiotas “torcedores” do rival Chacarita, não impediu que o Chaca tivesse seus judeus. Até porque, apesar de levar o nome do bairro de La Chacarita, o clube era sediado no vizinho Villa Crespo também. El Ruso Lighterman, cujo sobrenome familiar original era Lizhterman, foi um deles (outros, por exemplo, foram os volantes Oscar Sabransky, nos anos 30, e Isaac Saban, nos 40) e pelos tricolores até defendeu a seleção, em 1943. Mas abandonou no auge o futebol por imposição da família. Para se dedicar ao comércio, por sinal. Seus irmãos Rubén Lighterman e José Lizhterman (com Z) jogaram no Atlanta e José teve relativo sucesso em Boca, Racing e Ferro Carril Oeste.

León Strembel: volante de forte marcação de Lanús e Racing, foi titular na vitoriosa Copa América 1946 pela seleção. Foi uma das estrelas contratadas pelo supertime que o Atlanta tentou reunir em 1947 mas que acabou rebaixado, no primeiro descenso do clube: veja aqui.

Ezra Sued: outro do Racing, foi ponta-esquerda do primeiro time tricampeão profissional seguido na Argentina, no elenco de 1949-51 da Academia. Curiosamente, deixava no banco outro judeu, Moisés Merenstein – ambos jogariam amadoramente no Macabi também. Sued foi campeão da Copa América 1947, título que por quarenta anos fez da Albiceleste a maior campeã isolada do torneio, embora o ponta só tenha atuado uma vez. Ele jogava com lentes de contato e a origem árabe lhe rendeu o apelido de El Turco. Jogava ao lado de outro Turco de destaque no Racing: Llamil Simes.

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Strembel e Sued no Racing. E Brailovsky no rival Independiente: ele jogou por Uruguai, Argentina e Israel

Moisés Beresi: apesar da sonoridade, Beresi não é sobrenome italiano e sim sefardita. Formado nas divisões de base do Rosario Central, Beresi jogou na Argentina também por Independiente e Almagro. No Brasil, curiosamente defendeu outro time vermelho e outro tricolor em preto, branco e azul: os rivais Internacional e Grêmio. Antes, havia passado pelos cariocas Bonsucesso e Canto do Rio. O camisa 10 teve estrela nos campos gaúchos: campeão estadual em 1946 com o Grêmio, encerrando jejum tricolor de 14 anos e encerrando a série de títulos do “Rolo Compressor” rival. No Inter, esteve no 7-0, maior goleada colorada nos Gre-Nais.

Adolfo Mogilevsky: preparador físico (profe, como chamam os argentinos) dos mais reconhecidos, “convenientemente” faleceu perto dos cem anos, em 2012. Instituiu a pré-temporada nos clubes do país, com etapas nas areias de Mar del Plata e nas montanhas de Córdoba e Mendoza. Com ele, o Banfield foi vice-campeão em 1951, auge do minúsculo time até o primeiro título, em 2009. E o Atlanta viveu a melhor fase do clube, na virada dos anos 50 aos 60, credenciando El Ruso Mogilevsky à seleção – preparada por ele, ela venceu a Copa América 1959, torneio que depois dali ficaria mais de trinta anos sem ganhar. Também trabalhou nela em 1985. Esteve ainda no Chacarita, Ferro Carril Oeste, Lanús, Racing, River, San Lorenzo. Por vezes assumia como técnico interino.

Roberto Zywica: formado no River no meio dos anos 60, chegou a jogar uma vez na seleção. Se destacou mais no Gimnasia LP na virada da década. Jogou os anos 70 em diversos clubes franceses e, ao voltar, passou pelos rivais All Boys e Nueva Chicago e também pelo Atlanta.

Jorge Cyterszpiler: jogar, ele não jogava, nem foi treinador. Mas representou uma revolução no futebol argentino: amigo de infância de Maradona, manteve a parceria como seu precoce empresário, ainda na adolescência do astro. A dupla se mante junta até romperem relações em 1985 por algo nunca totalmente esclarecido ao grande público. De todo modo, ela fez El Ruso Cyterszpiler (corruptela de Zytherspieler, “tocador de cítara” em alemão e em iídiche, à língua polonesa) ser conhecido como o primeiro agente de um jogador no futebol argentino – ou, no mínimo, o homem que disseminou essa profissão. Na qual ele segue ativo, como procurador de nomes como Demichelis, Andújar e Mancuello.

Daniel Brailovsky: defendeu três países! Segundo ele, para o desespero de uma típica yiddishe mama, foi jogar futebol. E ainda por cima começou no exterior, no Peñarol. Jogou pela sub-20 do Uruguai. Entre junho e agosto de 1981, já no Independiente, atuou em amistosos pela Argentina, justamente em um intervalo em que ela não enfrentou país algum, mantendo-se ativa somente contra clubes e combinados. Brailovsky foi usado contra as seleções provinciais de Santa Fe (inclusive marcando na goleada de 4-1), Formosa (4-2) e de Salta (3-2, em jogo por vezes referido como contra o clube local Libertad, base do elenco e fornecedor do uniforme); e os clubes europeus do Valencia (1-0), Hércules de Alicante (2-0) e Fiorentina (5-3). Sem decolar, já estava em 1986 no Maccabi Haifa. Como não havia defendido uma seleção principal oficialmente, ficou livre para então reforçar a seleção israelense.

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Manusovich no San Lorenzo. Pekerman como técnico da Colômbia na Copa 2014. E Liberman no Guarani

Luis Abramovich: zagueiro formado no Chacarita, esteve no time que subiu à elite em 1983 (curiosamente, junto com o Atlanta: veja). Se destacou também no Boca, na década mais negra do clube, passando seis anos por lá, onde só conseguiu a Copa Master de 1992.

Osvaldo GrimbergFabián Lagman e Patricio Sayegh: sem espaço na Argentina, foram contratados pelo Maccabi Haifa em 1989. Grimberg chegou a ser convocado por Israel, embora não tenha atuado.

Damián Manusovich: formado no Atlanta, El Ruso passou por Vélez e Colón para enfim se firmar no San Lorenzo, onde foi titular na taça do Clausura 1995, muito festejada por encerrar o maior jejum do clube na elite (21 anos). Ele esteve no time do Papa de 1993 a 1999.

José Pekerman: um dos maiores técnicos do futebol argentino, obteve na seleção três títulos mundiais sub-20 (1995, 1997 e 2001) e treinou a Albiceleste principal na Copa 2006 com treze ex-comandados nos mundiais juvenis. Esteve perto de eliminar a anfitriã Alemanha, mas caiu nas quartas e preferiu sair. Devolveu a Colômbia às Copas após dezesseis anos e conduziu a melhor campanha dos cafeteros no torneio, no mundial 2014, onde voltou a cair nas quartas para o anfitrião. Outro exemplo de judeu ex-Chacarita, pois sua carreira de técnico começou na base dos funebreros.

Juan Pablo Sorín: lateral que se destacou na Argentina sobretudo no grande River dos anos 90, mas chegou à seleção ainda como jogador do Argentinos Jrs, em 1994. Foi o único campeão mundial sub-20 de 1995 a vingar e voltou a ser treinado por Pekerman na Copa 2006, onde era o capitão da seleção. Um dos maiores ídolos do Cruzeiro, brilhou ainda no Villarreal também. É talvez o nome mais conhecido dessa lista, mas não é dos mais fervorosos na religião: já foi visto fazendo o sinal da cruz.

Leonel Liberman: outro que passou pelo Brasil, mas sem a mesma categoria. Esteve no Náutico, no Guarani e no America-RJ. Trotou por pequenos clubes chilenos, bolivianos, equatorianos e uruguaios. Na Argentina, foi ex-Argentinos Jrs, Racing e Chacarita, dentre outros.

Guillermo Israilevich: formado no Unión de Santa Fe na virada do século e hoje na segundona pelo Boca Unidos, passou a maior parte da década passada no futebol de Israel, onde defendeu a seleção sub-21. Havia defendido a Argentina na sub-17. No Boca Unidos, foi companheiro de Daniel Kabir Mustafá, argentino que desde 2012 defende a seleção palestina: veja na ESPN.

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Colautti pela seleção israelense. Tauber, recém-campeão no Nueva Chicago na terceirona. E Licht, capitão do Gimnasia LP quase campeão da elite

Roberto Colautti: ex-reserva do super Boca da virada do século, na verdade não nasceu judeu. Mudou-se a Israel para jogar no Maccabi Haifa, foi artilheiro da liga local e recebeu a cidadania israelense ao casar-se com uma cidadã de lá. Passou a jogar pelo país e seus gols quase puseram a seleção na Eurocopa 2008, onde ela perdeu a classificação por um mísero ponto. De argentinos, só ele e Brailovsky de fato defenderam a seleção israelense principal.

Eial Strahman: raro jogador de clube profissional aproveitado pela Argentina nos Jogos Macabeus (em 2005), espécie de Olimpíadas judaicas – o time medalhista de ouro em 2009, por exemplo, só tinha amadores, vindos basicamente do Macabi e do Hacoaj. O atacante Strahman estava na base do Talleres, passou ainda pelas de Vélez e River e hoje integra o plantel do clube espanhol Córdoba.

Nicolás Tauber e Lucas Licht: os mais proeminentes atualmente no campeonato argentino. O goleiro Tauber, ex-Chacarita, acaba de ser campeão da terceirona com o Nueva Chicago – veja. O defensor Licht, que chegou a ser convocado pela Argentina em 2010 (embora não tenha entrado em campo), paralelamente foi capitão na campanha do Gimnasia LP que quase desfez no último torneio o terrível jejum de títulos do Lobo (seca que perdura desde o único do clube, em 1929); as chances de taça duraram até a última rodada. Licht participara também da campanha do vice-campeonato gimnasista anterior, em 2005.

Marcelo Araujo e Gerardo Horovitz: Araujo, cujo nome real é Lázaro Zilberman, é uma espécie de Galvão Bueno argentino. Por quinze anos foi o narrador do Fútbol de Primera, programa do canal TyC Sports no Grupo Clarín, programa este que detinha virtual monopólio das transmissões. Foi, ao longo dos anos 90 e 2000, “a voz” associada a registros fílmicos de gols especiais a diferentes torcidas, seja os de Crespo na última Libertadores vencida pelo River, sejam os que deram a Martín Palermo a artilharia maior no Boca. De tão icônico, recentemente veio a trabalhar também no Fútbol Para Todos, exatamente no canal estatal que tirou o monopólio do Clarín em 2009. Horovitz é um dos principais fotógrafos da principal revista esportiva da Argentina, a El Gráfico.

*Agradecimentos especiais ao amigo Esteban Bekerman, professor de Historia del Fútbol da Escuela del Círculo de Periodistas Deportivos de Buenos Aires, historiador do Vélez e cuja mãe, bibliotecária do centro de difusão iídiche da AMIA, só sobreviveu ao atentado pois trabalhava lá à tarde.

O célebre poeta Juan Gelman no Atlanta, seu clube do coração. Laureado com o Prêmio Cervantes, faleceu neste ano: falamos aqui

Caio Brandão

Advogado desde 2012, rugbier (Oré Acemira!) e colaborador do Futebol Portenho desde 2011, admirador do futebol argentino desde 2010, natural de Belém desde 1989 e torcedor do Paysandu desde antes de nascer

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