17 de dezembro de 2000. Há 10 anos o Boca Juniors encerrava o melhor ano de sua gloriosa história ao conquistar o torneio Apertura daquele ano. Depois da Libertadores contra o Palmeiras e o mundial contra o poderosíssimo Real Madrid, a equipe conquistava o campeonato doméstico em cima de seu histórico rival, o River Plate. Melhor, impossível.
E a equipe de Carlos Bianchi já havia começado o torneio como favorita. El Virrey havia conseguido tirar a equipe xeneize de um período terrível, marcado por contratações bombásticas, choques de ego e um ambiente tumultuado. Grandes jogadores passaram pela Bombonera em meados dos anos 90 (Maradona, Caniggia, Verón, etc.), mas a equipe não conseguia os títulos almejados.
Com a chegada de Bianchi as coisas mudariam. Jovens jogadores (Palermo, os irmãos Schelloto, Riquelme) foram guindados à condição de titulares, e a equipe começou a colecionar taças. Em 1998 e 1999 vieram os títulos nacionais, em 2000 as conquistas internacionais. Quando aquele Apertura se iniciou, o favoritismo xeneize era indiscutível.
Mas talvez não se imaginasse que o River Plate poderia ser um rival tão duro. Comandada por Américo Gallego, a equipe millionária tinha jogadores talentosíssimos, como Burrito Ortega e os jovens Pablo Aimar e Javier Saviola. Os eternos rivais disputaram aquele torneio ponto a ponto, ambos fazendo grandes campanhas. Mas quando, a duas rodadas do fim, o Boca superou o San Lorenzo, o torneio parecia bem encaminhado. Os xeneizes tinham 38 pontos contra 36 do River. E enfrentaria rivais que estavam fora da disputa.
No entanto, a penúltima rodada traria emoções inesperadas. Jogando fora de casa, o Boca perdeu para o Chacarita Jrs. por 2 a 1. A vitória funebrera poderia ter mudado aquela história. Mas os rivais perderam a grande chance. Em um Monumental de Nuñez lotado, o River ficou no 1 a 1 contra o Huracán, e não assumiu a liderança.
Os gigantes argentinos chegaram vivos à última rodada. Com 38 pontos, o líder Boca Juniors receberia o Estudiantes, dependendo apenas de uma vitória para chegar ao título. Com 37 pontos, o River visitaria o Lanús, precisando da vitória e dependendo de outro tropeço xeneize.
E há 10 anos o Boca entrou em campo com Córdoba, Ibarra, Bermudez, Matellán e Fagiani; Gustavo Schelloto, Basualdo, Serna e Riquelme; Guillermo Schelloto e Palermo. A escalação repleta de jogadores brilhantes não nos deve iludir: naquele dia o Boca enfrentou dificuldades. A valente equipe Pincha conseguia conter o onze xeneize, já bastante prejudicado pela queda de rendimento ao fim de uma longa e desgastante (e vitoriosa) temporada.
A torcida só conseguiria tirar o grito de gol da garganta aos 29 minutos do segundo tempo. E o gol da consagração não foi de nenhum ídolo xeneize, mas do reserva Matías Arce. O jogador, que havia substituído Gustavo Schelloto, chutou de forma despretensiosa, de longe e sem ângulo. Mas para surpresa geral o goleiro Pincha falhou clamorosamente e a bola entrou.
A Bombonera explodiu. O Boca encerrava uma temporada perfeita, em que havia conquistado todos os torneios possíveis, chegado ao topo do mundo, e ainda encerrava o ano conquistando um título nacional às custas de seu maior inimigo. Que teve mais um motivo para sofrer, já que se quer conseguiu cumprir sua tarefa, perdendo para o Lanus por 3 a 2. Aquele era mesmo o ano do Boca.
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