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Guillermo Schelotto é o novo treinador do Boca Juniors

Um ídolo está de volta a Bombonera. Mas dessa vez para exercer um outro tipo de trabalho. Guillermo Barros Schelotto foi confirmado ontem a tarde como o novo treinador do Boca Jrs. para o restante da temporada, após a saída de ‘Vasco’ Arruabarrena, que não agüentou as pressões por parte do torcedor xeneize depois da derrota por 1-0 frente ao Racing no último final de semana. Coincidentemente, Schelotto estreia no comando do Boca na partida frente ao mesmo Racing na quinta-feira, dessa vez pela segunda rodada do Grupo 3 da Copa Libertadores da América.

A reunião que selou o nome do ex-atacante se deu na casa do treinador em City Bell e durou pouco mais de uma hora. Ele volta à Argentina depois de uma passagem relâmpago pela Itália, que durou apenas um mês. O treinador não pôde continuar trabalhando no país porque a Uefa não reconheceu sua licença para exercer o ofício. Este será o terceiro – e o maior – desafio de Schelotto como treinador. Durante três anos o ex-atacante comandou o Lanús, conquistando o título da Copa Sul Americana de 2013 diante da Ponte Preta. Com o treinador, também participarão da nova comissão técnica Ariel Pereyra (auxiliar técnico) e Javier Valdecantos (preparador físico). Ambos trabalharam com ele no Lanús.

Pressão de Tevez

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Schelotto e Tevez juntos em 2003 no título da Copa Intercontinental

A reunião que selou a contratação de Schelotto contou com outras questões que não apenas tempo de contrato e salários. De acordo com informações vindas da imprensa argentina, os dois trataram de assuntos diretamente ligados ao elenco que excedem os assuntos meramente administrativos. Principalmente o poder de influência que um nome em especial exerce dentro do clube: Carlos Tevez. Quem vive o dia a dia do Boca diz que o Apache tem “a chave do clube” em diversas questões, sejam elas referentes ao campo ou mesmo fora dele. O jogador teria colocado como uma das condições para retornar a Bombonera no ano passado, a mudança na alimentação antes e depois das partidas e vários outros pequenos ajustes que deveriam ser feitos, e que muitas vezes passam pelo comando do treinador. A princípio, o nome favorito de Tevez para assumir o Boca era o de Jorge Sampaoli, acerto que não ocorreu devido aos altos salários do treinador ex-Seleção do Chile. Tevez e Schelotto atuaram juntos como jogador em 2003, quando conquistaram os títulos da Libertadores da América e também da Copa Intercontinental, quando venceram o Milan na disputa de pênaltis.

O ídolo Schelotto

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Nascido em La Plata em 4 de maio de 1973, Guillermo Barros Schelotto iniciou sua carreira como jogador no Gimnasia La Plata em 1991. Ao lado do irmão Gustavo, se converteu num dos maiores ídolos da equipe, tendo participado de grandes campanhas na década de 90. Em 1997, a pedido de Diego Maradona, o atacante chegou ao Boca Jrs. juntamente com um de seus maiores rivais, Martín Palermo do Estudiantes, com quem formaria uma dupla memorável no início da última década tendo a assistência do sempre genial Juan Roman Riquelme.

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Ao lado do antigo rival Palermo, Guillermo protagonizou uma das maiores duplas da história do Boca

Schelotto permaneceu no Boca Juniors durante 10 anos no período entre 1997 e 2007, tendo atuado em 300 partidas. Marcou 87 gols com a camisa xeneize e conquistou quatro títulos da Libertadores da América (2000, 2001, 2003 e 2007), a Copa Intercontinental em 2000 e 2003, Recopa Sul Americana em 2005 e 2006 e a Copa Sul Americana também em 2005 e 2006. Ainda foi campeão argentino por seis vezes.

Alexandre Silva

Quase ex-jornalista. Apresentador e repórter na Rádio Transamerica BH, mineiro e torcedor da Seleção Argentina desde a Copa de 98. @AlexandreSilva8

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