Governo entra novamente em campo
A polêmica envolvendo o programa ‘Futebol para Todos’, que começou no ano passado quando o Governo argentino comprou os direitos de transmissão do campeonato local ganhou mais um capítulo nesta quarta-feira. Já não bastasse usar o dinheiro público para acabar com o monopólio, o Estado decidiu que os comerciais privados não serão mais ser veiculados durante os jogos da Primeira Divisão.
O Governo argentino decidiu que três grandes empresas do país (Movistar, Banco Crediccop e Motomel) não poderão mais veicular seus comerciais nos intervalos dos jogos. Apenas a Iveco, que fechou uma parceria recente com a AFA continuará tendo a sua marca transmitida. “Através da seguinte notificação nos dirigimos aos senhores para informa-lhes que momentaneamente estão suspensas as publicidades privadas”, dito em um documento em uma carta enviada as empresas.
Segundo informações do Diário La Nación desta quarta-feira, a decisão teria partido de Nestor Kirchner, ex-presidente da nação, mas marido da atual presidenta, que não gostou de um spot durante a transmissão da partida, pois não estava na linha do ‘produto’ Futebol para Todos.
Assim, o governo abriu uma licitação publica para convocar empresas interessadas em anunciar apenas pela internet e telefonia celular em todo território argentino. As partidas transmitidas pelos canais abertos (TV Pública e América) terão apenas comerciais do governo argentino.
Além disso, abriu-se também uma licitação para as empresas do exterior para adquirem os direitos de transmissão do Apertura 2010 ao Clausura 2014. A decisão deve-se também pela briga com a antiga detentora dos direitos de transmissão, a Torneos y Competências, que continua recebendo uma cota de US$ 1,5 milhões anuais da companhia Mediapro, que repassa o sinal para todos os países do exterior, com exceção do continente americano.