A cada rodada que se passa o Banfield parece perder o brilho. Aquele time campeão do Apertura 2009 não existe mais no Apertura. Longe disso. O até então time de Julio César Falcioni demonstrou um futebol de segundo nível. Não conseguia acertar passes e deixava espaços demasiados para o Godoy Cruz fazer o que quisesse. E fez. Venceu por 2×1 e está a apenas seis pontos de conquistar uma vaga na Copa Libertadores do ano que vem.
Enquanto isso, o Banfield começa a sofrer com uma ligeira decadência, assim como fez há seis anos. Na época o time contava com Rodrigo Palácio, maestro da equipe. O atacante, após a boa fase no clube do Sul de Buenos Aires, assinou com o Boca Juniors a custo zero. Falcioni parece estar fazendo o mesmo. O ex-goleiro está praticamente apalavrado com o clube de Ribera e só resta os detalhes econômicos para acertar sua transferência para o ano que vem.
Reflexo disso foi a postura do Banfield na noite de hoje. Uma equipe sem vontade, garra ou determinação. Erviti não foi sombra do futebol que sabe jogar. A única que fazia alguma coisa era Ramírez, em chutes isolados.
Mas, o verdadeiro Ramírez que jogou futebol foi o do Godoy Cruz. Depois de marcar seis gols com a canhota, hoje foi a vez do meia arriscar com a direita. É bem verdade que o golaço aos 10 minutos, que encobriu Bologna, foi uma tentativa de cruzamento. Mas, a beleza do gol abafa isso. Mesmo sem querer, foi um golaço. Gol este que deixou o Banfield ainda mais cabisbaixo.
O Tomba dominava a partida, mostrava um poder ofensivo de quem deseja um algo a mais. Sete minutos depois, após uma bela linha de passe, Sanchez recebeu na intermediaria, levou por mais alguns metros e arriscou de longe. Graças a uma colaboração de Bologna, o Godoy Cruz voltou a gritar. Independente do frango, mais um golaço. Mérito de quem arrisca. 2×0.
As linhas de passe continuaram por parte do Godoy Cruz. Normalmente iniciada por Olmedo, passando por Ramírez e Sanchez. Sempre desta maneira. Depois de passar pelos três, Carranza, aos 35, por pouco não ampliou o marcador, o que deixaria o time praticamente como os três pontos garantidos. Ainda mais com a expulsão de Dos Santos, instantes depois. Se já não bastasse jogar mal, o Banfield perdia um defensor.
Na segunda etapa, Erviti resolveu aparecer. Mesmo com algumas finalizações, a maioria de longa distância, o meia era o único que produzia algo ao Banfield. Mas, com um jogador a menos, Falcioni teve de recompor a ala esquerda com Barrales e pouco chegava ao ataque. Já o Godoy Cruz administrava a partida. Pouco arriscava e deixava a partida sonolenta. A melhor chance veio com Sanchez, num chute de fora da área, aos 30 minutos. Só a partir daí o jogo começou a ficar com um pouco mais de emoção. Nos acréscimos, enfim o gol do Banfield. Méndez tentou cruzar, mas a bola pegou uma curva e surpreendeu Torrico. Um 2×1 tardio que não atrapalha o Tomba.
A classificação para a Libertadores para o time de Mendoza está cada vez mais próxima. Na próxima rodada, enfrenta o Gimansia LP, fora de casa. Uma vitória praticamente assegura a equipe no torneio continental. Enquanto isso, o Banfield continua sonhando. As chances existem, mas os tropeços deixam fazem com que a realidade seja apenas um torneio no próximo semestre. A recuperação pode ser contra o Racing, concorrente direto por uma vaga no torneio.
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