A formação granate chamou a atenção para sua disposição em resolver a partida sem precisar contar com a sorte. Regueiro aberto pela esquerda, Neira pela direita e Pavone como um nove típico. Abastecendo-os estavam Diego Valeri, que atuava como enganche, e Camoranesi, que alternava de função e posição com Neira e por vezes atuava como um autêntico ponta. Para facilitar o trabalho dos articuladores granates, o Godoy marcava mal, distanciando sua primeira linha de marcação da segunda. Com isso, sobrava um espaço vital para Valeri e Camoranesi pensarem a articulação das jogadas sem muitos obstáculos. E foi assim que a equipe do Sul de Buenos Aires chegou pela primeira vez com perigo, aos dois minutos, com Regueiro.
Aos 28, Regueiro fez ótimo passe para Pavone. O chute de bico do “matador” granate precisou da intervenção de Torrico; na sobra Pavone acertou o travessão do arqueiro mendocino. Ainda na sequência da jogada, Camoranesi tentou passar por Sigali, que afastou a bola com a mão: pênalti que Pitana não assinalou por estar mal posicionado na jogada. O domínio do visitante foi significativo, mas não resultou em gol. Em parte porque uma das apostas de Schurrer na primeira etapa, Diego Valeri, acusava sua má condição física.
A segunda etapa foi parecida com a primeira. Aos oito, Regueiro recebeu lançamento entre Sigali e Russo e de frente para Torrico desperdiçou a melhor oportunidade do Lanús na segunda etapa. Aos 15, foi a vez do Godoy chegar com perigo. Caruso passou por Marchesín e chutou para o gol vazio. Porém o chute foi fraco e permitiu o corte de Izquierdoz. Aos 20, Valeri articulou com Regueiro, que na frente do gol foi interceptado por Torrico. Aos 23 novamente Regueiro obrigou Torrico a grande defesa, após chute forte de fora da área. O domínio continuava forte, mas o Granate cansava de perder gols. Aos 34, Balbi lançou para Regueiro na área. O atacante granate girou diante de Russo e jogou a pelota à esquerda do arco de Torrico.
Restando poucos minutos para o fim, o futebol articulado do Lanús foi substituído pela pressão desorganizada. O que proporcionou aos mendocinos algumas chances de definir a partida. Porque isso não ocorria o Lanús continuava pressionando na frente e só não abria o placar porque tinha no arqueiro bodeguero o melhor jogador do confronto. E foi graças ao arqueiro mendocino e que o Godoy Cruz Antonio Tomba passa à terceira fase da Sul-Americana para pouco a pouco construir seu currículo no futebol continental.
Formações:
Godoy Cruz: Sebastián Torrico; Roberto Russo, Leonardo Sigali, Nicolás Sánchez e Germán Voboril; Diego Villar, Nicolás Olmedo e Ariel Rojas; Gonzalo Cabrera ( Juán Falcon); Álvaro Navarro (Leandro Caruso) e Rubén Ramírez (Jorge Curbelo). Técnico: Jorge Da Silva.
Lanús: Agustín Marchesín; Carlos Araujo, Carlos Izquierdoz, Diego Braghieri e Luciano Balbi (César Carranza); Matías Fritzler, Mauro Camoranesi, Diego Valeri (Mauricio Pereyra) e Mario Regueiro, Juan Neira (Silvio Romero) e Mariano Pavone. Técnico: Gabriel Schurrer.
Árbitro: Néstor Pitana
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