Gigliotti marca nos minutos finais e Boca vence o Cerro Porteño na Sul-Americana
Depois de ter sido surpreendido na Copa Sul-Americana pelo Capiatá, em plena Bombonera, o Boca Juniors entrou em seu campo na noite desta quinta-feira com o intuito de mostrar aos seus torcedores que tem sim condições de conquistar a Sul-Americana. E aos trancos e barrancos, com pouco futebol e muita vontade, conseguiu. Venceu por 1×0, com gol de Gigliotti e saiu em vantagem contra o Cerro Porteño.
O primeiro tempo foi morno, com raras chances reais de gol durante os minutos iniciais. O Boca demonstrava uma maior posse de bola, estava mais no campo de jogo do adversário, mas não era efetivo. As melhores oportunidades eram de Fuenzalida, em chutes de longa distância, mas sem muito problema para o goleiro Barreto. Melli, aos 42, também arrematou de longe, mas sobre o goleiro do time paraguaio.
Já o Cerro Porteño parecia gostar do jogo. Mesmo tendo um time em tese superior ao do Boca Juniors. Não era tão agressivo ofensivamente, mas aproveitava as oportunidades em contragolpes. Romero se mostrou forte ofensivamente, muito superior ao seu irmão, que atua no Corinthians – e já teria pré-contrato com o clube paulista. Ainda assim, não fez o goleiro Orión trabalhar no primeiro tempo.
Na segunda etapa, a tendência se manteve. Para piorar, o Boca demonstrou as velhas fragilidades que se manteve por anos a dependência de Riquelme nas cobranças de falta e hoje não tem um jogador que consiga fazer isso com perfeição. Para piorar, nem mesmo nas jogadas de velocidade o Boca conseguia produzir e desencantar.
À medida que o tempo passava o Boca não conseguia encontrar o gol e demonstrava todo o nervosismo. As melhores oportunidades surgiram nos 20 minutos finais, principalmente nos chutões de longa distância de Chávez e as tentativas de Melli. Mas foi do banco que o resultado veio. Aos 38 minutos, Colazo tocou para Gigliotti, que em duas tentativas, marcou o único gol da partida.
O Cerro Porteño, por sua vez, se mantinha na retranca, iniciando algumas jogadas de contragolpe, mas nenhuma conclusiva, para sorte Xeneize. O resultado não foi dos melhores os paraguaios, já que terá de vencer por dois gols de diferença. A melhor chance do jogo foi aos 40 minutos, quando Gamarra recebeu livre, driblou Orión, mas na hora da finalização acabou escorregando. O próprio Gamarra ainda desperdiçou uma cobrança frontal no último minuto do tempo regulamentar.
A partida de volta está marcada para o dia 6 de novembro, já na semana que vem. O Boca joga por um empate simples para se classificar. Se fizer um gol fora de casa, obriga os paraguaios a fazer dois gols de diferença para ir as semifinais.