FP 10 Anos: Quem defendeu os grandes Racing, Independiente e San Lorenzo?
Boca e River têm a preferência somada de 70% dos torcedores argentinos e juntos também têm mais títulos argentinos (69) do que os seis times imediatamente abaixo deles em número de conquistas na liga. Nada que tire a condição de grandeza reconhecida também ao trio Racing, Independiente e San Lorenzo, com torcedores também espalhados pelo país e com feitos únicos: a Academia tem a maior sequência de títulos nacionais (sete) e foi o primeiro time do país a ser campeão mundial; o Rojo é o maior vencedor da Libertadores (também sete), da Supercopa (duas) e, no século XX, era o argentino com mais Mundiais (dois); e, além da bênção papal, o Ciclón tem o recorde seguido de vitórias no país na era profissional (treze). Vale lembrar quem passou pelos “outros três” dos cinco grandes.
Curiosamente, apenas um dos nomes se resumiu ao trio. Houve não só quem passasse por quatro dos cinco grandes – até hoje, ninguém esteve nos cinco – como a maioria também defendeu o rival sanlorencista, o Huracán. Vamos aos nomes, em complemento aos Especiais de quem defendeu as duas principais duplas argentinas (Boca & River e Racing & Independiente) e o trio de ferro da capital federal (Boca, River e San Lorenzo):
Guillermo Stábile: foi muito mais que o “mero” artilheiro da primeira Copa do Mundo. Artilheiro da fase áurea do Huracán, nos anos 20, esteve em dois dos cinco títulos argentinos do clube (1925 e 1928) e era o técnico na maior parte da grande campanha de 1939, na qual o Globo tornou-se o primeiro time de fora dos cinco grandes a bater o quinteto em uma mesma edição. O time tinha pinta de campeão, mas ficou no vice. Ainda em 1939, chegou ao San Lorenzo, sem o mesmo êxito, terminando em 9º para reassumir em 1941 o Huracán. O trabalho clubístico não era um impedimento para que em paralelo também treinasse a seleção, sendo o técnico mais longevo da Albiceleste: durou de 1939 e 1958 e retornou brevemente em 1960.
Enquanto reinava nas Copas América dos anos 40 e 50 com a Argentina, exerceu no Racing um trabalho também longo, da reta final de 1945 até 1953, recolocando a Academia no páreo por títulos que não vinham desde 1925 na liga. O time sequer vinha chegando entre os cinco primeiros e quando El Filtrador teve temporadas completas só terminou em uma abaixo do quarto lugar. Ganhou os títulos de 1949, 1950, 1951, quebrando o jejum e de quebra fazendo do clube o primeiro tri seguido do profissionalismo – o tetra só não veio em 1952 por um ponto. Em 1960, ele era assistente técnico do Independiente, treinado por Guillermo Ronzoni, mas chegou a trabalhar interinamente no cargo da campanha que encerrou doze anos de jejum do Rojo. Já dedicamos esse outro Especial a essa figura histórica do futebol.
Pedro Dellacha: formado no Boca mas com um único amistoso como partida solitária pelo time adulto, Don Pedro del Area foi um dos maiores zagueiros dos anos 50 (Pelé o rotulou de mais duro marcador que teve), defendendo o Racing de 1952 a 1958, ano em que pôde ser campeão. Era também o capitão da seleção argentina campeã da Copa América de 1957, a última do país até 1991. Em 1959, rumou ao futebol mexicano para pendurar as chuteiras, iniciando em 1965 uma carreira de técnico em pequenos times argentinos até chegar em 1969 ao San Lorenzo. Bateu na trave: no Nacional, chegou a acumular quatorze jogos de invencibilidade, mas faltaram dois pontos para o título. Começou bem o torneio seguinte, onde o Ciclón foi o time com menos derrotas, mas o fôlego foi perdido na reta final. Sem o mesmo ímpeto na competição posterior, caiu.
Seus maiores sucessos no cargo viriam pelo Independiente, tetra da Libertadores nos anos 70 com Dellacha sendo o técnico na primeira e na última conquista da série. Pouco após ganhar a de 1972 (com o mérito de ser a única dessas quatro voltas olímpicas que pôde ser dada dentro de casa), foi treinar o Celta de Vigo, sendo requisitado novamente para a de 1975 (com o mérito de reverter com goleadas uma desclassificação quase assegurada). Também foi Dellacha quem promoveu ainda em 1972 a estreia do maior ídolo do Rojo, Ricardo Bochini. Ainda teve uma volta ao Racing em 1976, sem êxito. Como outros dessa lista, também esteve no Huracán, chamado sob emergência pelo Huracán nos últimos quatro meses da temporada 1985-86. O time, do mesmo jeito, foi pela primeira vez rebaixado, e a dor foi maior porque sob Dellacha houve um salto nos resultados, permitindo que a torcida acreditasse até o último jogo.
Carlos Gay: não, ele costumava ouvir piadas com o sobrenome. Jogava nos anos 70 e 80, quando a expressão inglesa não era muito difundida para designar homossexuais e sim termos “nativos”. Além disso, era pronunciado à espanhola mesmo, como “Gái”. Nascido no interior cordobês, chegou do Sarmiento de sua Etruria natal à base do Independiente em 1968 e passou anos aprendendo com o titularíssimo Miguel Ángel Santoro, maior goleiro do clube, as manhas da posição. Promovido em 1971 ao time principal, esteve ainda na reserva de Santoro no elenco campeão sobretudo das Libertadores de 1972 e 1973 e do primeiro Mundial do Rojo, em 1973.
Após ir à Copa do Mundo de 1974, Santoro, mesmo reserva no Mundial, acertou com o futebol espanhol. Gay então assumiu a titularidade na Libertadores daquele ano, desenrolada já no segundo semestre. El Popeye teve então seu momento de maior glória, ao pegar na finalíssima com o São Paulo um pênalti de Zé Carlos (sendo o mais jovem jogador da partida) e permitir a vitória argentina pelo placar mínimo. Embora tenha novamente perdido a posição na edição de 1975 (para José Alberto Pérez), voltou a ser herói em pênaltis em outras copas erguidas pelo Rojo no período: as Interamericanas realizadas em 1974 e em 1976, que opunham os campões da Libertadores com os da Concacaf.
Gay permaneceu no Independiente até o fim de 1977, quando a posição já estava com Héctor Rigante. Em 1978, então, foi contratado pelo San Lorenzo para suprir a ausência do goleiro Ricardo La Volpe, convocado à Copa do Mundo. A concorrência com La Volpe após o Mundial fez com que o reforço só jogasse quatro vezes no Ciclón, todas ainda pelo Torneio Metropolitano, seguindo ao Deportivo Roca para o Torneio Nacional. A fama dos tempos de Libertadores, porém, o levou ao América de Cali do lucrativo narcofútbol, sendo titular no primeiro título colombiano do time, em 1979.
Em 1981, o goleiro foi contratado por um Racing onde teria a companhia de três ex-colegas rojos: o lateral Osvaldo Pérez, o atacante Miguel Ángel Giachello e o técnico José Omar Pastoriza. Continuou no banco, entrando só duas vezes em campo pela Academia: o titular era Héctor Vivalda. Voltou à Colômbia, mas ainda passaria rapidamente pelo River em 1984, sem ganhar a posição de Nery Pumpido, e pelo Huracán – onde retomou a titularidade até sair em 1987. Apesar de vivenciar o inédito rebaixamento quemero em 1986 e não conseguir o acesso imediato, foi reconhecido por ser um dos que se salvavam no elenco (recebeu nota 9 em uma das finais com o Sportivo Italiano pela permanência). Pendurou as luvas como huracanense, em 1987.
Esteban Pogany: se Gay costumava ser o reserva imediato no Independiente em meados dos anos 70, Pogany era a terceira opção. Sua estreia no time principal veio em 1973, em jogo do campeonato argentino enquanto Gay e o titular Santoro estavam ocupados com o Mundial Interclubes. De origem húngara, ele perseverou e chegou à titularidade na virada de 1979 para 1980, mas saiu em 1981 ante a chegada do uruguaio Carlos Goyen. O destino foi o Huracán, onde foi titular em campanhas no máximo satisfatórias em 1981 e 1982 antes de ser levado ao narcofútbol colombiano.
El Gringo reapareceu na Argentina em 1985 pelo Deportivo Espãnol e no segundo semestre foi incorporado pelo Racing, que voltava à primeira divisão após a queda em 1983. Ficou apenas aquela temporada na Academia antes de reforçar primeiramente o Banfield. Foi rebaixado, mas em seguida contratado pelo San Lorenzo em 1988. Com a venda de José Luis Chilavert, logo se manteve titular na campanha semifinalista da Libertadores daquele ano, o mais perto que o Ciclón esteve da taça até vencê-la em 2014.
Coube inclusive a Pogany a (duvidosa?) honra de sofrer o primeiro gol da carreira da Gabriel Batistuta, exatamente naquelas semis contra o Newell’s. Se além do trio o ex-colega Gay defendeu Huracán e River, Pogany defendeu Huracán e Boca, que fechou com ele em 1989. Porém, novamente esquentou o banco. E muito. Saiu em 1994 como o goleiro reserva mais longevo no clube, sendo mais usado no time B que fazia a prévia da rodada para o principal. O ícone Carlos Navarro Montoya era o titularíssimo, mantido mesmo na escolha por uma escalação mista ou quase reserva. Pogany ainda estendeu a carreira por Ferro Carril Oeste e Atlético Tucumán, pendurando as luvas em 1996. Voltou ao Boca para ser treinadores de goleiros e em 1997 chegou a ser técnico interino xeneize.
Julio Santella: um dos mais celebrados preparados físicos do futebol argentino. E pé-quentes também. Ex-jogador sem relevo nos anos 60, começou a nova carreira na seleção juvenil em 1972. Na nova profissão, se identificou bastante com o Vélez, com passos entre 1979-80, 1982-83 e 1984-85 até o filé mignon da Era Bianchi (1993-96). Em meio a esses ciclos, esteve com o San Lorenzo campeão da segunda divisão de 1982 (cujo treinador, Juan Carlos Lorenzo, foi trabalhar em 1983 no Vélez levando-o consigo) e em outras três campanhas de acesso à elite: no modesto Atlanta em 1983, também com Lorenzo; no do Racing em 1985 (sob o comando de Alfio Basile, que similarmente saíra do Vélez levando-o consigo…); e no do Huracán em 1990, por sua vez na comissão técnica de Carlos Babington, com quem convivera em 1985 tanto no Vélez como no Racing.
Com esse currículo, El Profe Santella chegou ao Independiente em 1991. Carlos Fren, ex-jogador dele no Vélez, era o treinador em dupla com o ídolo-mor do Rojo, Ricardo Bochini. O ciclo não foi tão proveitoso, mas Santella foi relembrado por Carlos Bianchi (outro ex-jogador com quem trabalhara no Fortín) quando este assumiu o comando técnico velezano. Santella acompanhou-lhe fielmente também na Roma em 1996, no dourado Boca de 1998 a 2004 e no Atlético de Madrid de 2005-06. Teve ainda um segundo passo no Racing em 2006 antes de passar por seis anos na coordenação dos juvenis do Boca (2006-12), seu time do coração na infância… o que talvez explique só ter faltado o River no currículo de Santella.
Luis Alberto Carranza: Betito surgiu como um promissor meia veloz e habilidoso no Racing em 1991, tendo seu maior momento com os dois gols em um 5-2 no River pelo Clausura. O Boca o contratou no segundo semestre de 1992 e ali encerrou seu maior jejum nacional, os onze anos pendentes desde o maradoniano título de 1981. Carranza era um 12º jogador, como um reserva frequentemente acionado e que rendia. Viveu de altos e baixos, conseguindo melhor regularidade na fase boa sob o técnico César Menotti no Apertura 1993, onde os xeneizes ficaram a dois pontos do título.
Carranza inclusive esteve na primeira partida da seleção após a Copa de 1994, com direito a aparar a longa cabeleira para agradar Daniel Passarella – todavia, foi sua única aparição pela Albiceleste. No segundo semestre de 1995, acertou surpreendentemente com o Independiente. Adicionou ao currículo o título da Supercopa de 1995, mas só foi usado nas duas primeiras partidas. Já marcado pela fragilidade, ainda assim foi uma aposta do San Lorenzo visando a Libertadores de 1996. Não se cumpriu: só pôde jogar seis vezes, ainda que deixasse um gol no clássico com o Huracán e outro no River, o único grande que lhe faltou.
José Albornoz: não só defendeu o trio como também esteve em um quarto grande e foi vira-casaca ainda na dupla principal de Córdoba. Revelado no Talleres, estava no cascudo Deportivo Español quando apareceu no San Lorenzo para a disputa da liguilla pre-Libertadores de 1991 – fora requisitado para suprir a lacuna de Leo Rodríguez, ocupado com a seleção na Copa América. O San Lorenzo venceu, mas a propensão de Albornoz a lesão fizeram o Ciclón não optar por adquiri-lo em definitivo. Ele então rumou ao River, onde foi reserva por duas temporadas (só jogou quatro vezes no título do Apertura 1993, embora seu talento o colocasse na seleção sub-23) até ser emprestado ao Racing para a temporada 1994-95.
Albornoz não firmou-se na Academia, voltando a Núñez para então ser repassado em 1996 ao Gimnasia LP. Ali, teve bons momentos, compondo o meio com Gustavo Barros Schelotto e Alberto Márcico no elenco vice-campeão que aplicou duas goleadas de 6-0, sobre o próprio Racing e contra o Boca em plena Bombonera. A campanha rendeu-lhe inclusive uma aparição pela seleção argentina e também uma transferência ao Independiente, onde esteve na agridoce temporada 1996-97: o Rojo foi vice do Apertura e chegou a liderar o Clausura com quatro rodadas restantes, mas despencou para o quarto lugar. O volante seguiu ao Newell’s e ainda teria um retorno ao Talleres (vencendo a segundona de 1998 em final no clássico com o Belgrano) e Gimnasia antes de uma passagem pelo próprio Belgrano.
Oscar López: atacante formado pelo Independiente, defendeu o Rojo de 1957 a 1959, justamente os últimos anos do jejum que afetou o clube entre 1948 e 1960. Sem se firmar, passou em 1960 à segunda divisão para defender o Banfield, vencendo a segundona de 1962. Em 1965, o Boca apostou nele, mas repetidas lesões impediram que fosse além de dois gols em 24 jogos. Seguiu carreira no Quilmes até pendurar as chuteiras em 1969. Iniciou então uma extensa carreira de técnico por times pequenos em parceria história com Oscar Cavallero (pai de Pablo Cavallero, goleiro titular da seleção na Copa de 2002). A dupla “López-Cavallero” venceu a segunda divisão com o Banfield em 1973 e com o Deportivo Español em 1984, torneio este que contava com o Racing.
Ambos foram então requisitados para o San Lorenzo em 1985, mas só venceram dois jogos em dez. No rival Huracán, estiveram no Apertura da temporada de rebaixamento em 1998-99, incapazes de um aproveitamento além de 35%. Ainda assim, foram chamados em 2000 pelo Racing com a igual missão de reerguer o time de Avellaneda, ainda atordoado pela quase extinção em 1999. Não conseguiram, com uma lanterna no Apertura. Em janeiro de 2001, deram lugar ao vitorioso Reinaldo Merlo.
Hilario Navarro: nascido em Corrientes, província fronteiriça ao Paraguai, começou a carreira no país vizinho. Profissionalizado no Guaraní, estava no Cerro Porteño quando foi captado pelo Racing em 2007. Viveu uma temporada periclitante em que a Academia precisou disputar uma repescagem (a Promoción) contra o Belgrano para não cair. Alegando ter sido vítima de cheques sem fundos, não duvidou em acertar oferta do vizinho e passou ao diretamente ao Independiente.
Navarro não se firmou de imediato no Rojo, com um empréstimo em 2009 ao San Lorenzo, mas pôde ter seu momento de glória: na acidentada Sul-Americana de 2010, foi o protagonista no título via decisão por pênaltis contra o Goiás, encerrando dois jejuns: oito anos sem títulos desde o Apertura 2002 e quinze anos de seca internacional, a mais longa já suportada pelo Rey de Copas. Porém, também vivenciou as campanhas que culminaram no inédito rebaixamento do clube em 2013, embora perdesse a partir de 2012 a posição para Diego Rodríguez. Em 2014, rumou ao Estudiantes.
Bônus – em complemento às duas notas anteriores, confira quem mais defendeu pelo menos três times grandes do futebol argentino, excetuando aqueles já lembrados nos Especiais sobre quem trabalhou por Boca, River & Independiente, por Boca, River & Racing e por Boca, River & San Lorenzo. Dos que nomes abaixo que estiveram no San Lorenzo, destacaremos quem passou também pelo Huracán:
Pedro Prospitti, atacante: jogador do San Lorenzo em 1962; do Independiente em 1964 (campeão da Libertadores); e do River em 1966. Defendeu ainda o São Paulo em 1967.
Manuel Giúdice, volante e técnico: jogador do River de 1945-47 (campeão argentino em 1945 e 1947); treinador do Independiente de 1963-66 (campeão argentino de 1963 e bicampeão das primeiras Libertadores do futebol argentino, em 1964 e 1965); treinador do San Lorenzo de 1969 (antecessor de Dellacha). Antes, foi jogador do Huracán de 1939-44 e técnico em 1963, deixando-o no meio do torneio para assumir o Rojo. Dedicamos este Especial a El Colorado.
Roberto Ferreiro, lateral e técnico: jogador do Independiente de 1958-68 (campeão argentino em 1963 e 1967 e das Libertadores de 1964 e 1965) e técnico de 1973-75 (campeão do primeiro Mundial do clube, em 1973, e da Libertadores 1974); jogador do River de 1969-70; treinador do San Lorenzo em 1973 antes de assumir o Independiente.
Osvaldo Zubeldía, meia e técnico: jogador do Boca de 1956-57. Treinador do San Lorenzo de 1974-75 (campeão argentino em 1974) e do Racing de 1975-76. Antes, foi treinador do Huracán em 1971. Já dedicamos este Especial ao comandante do Estudiantes tri da Libertadores de 1968-70.
Carlos Álvarez, atacante: jogador do Racing de 1973-75; do Boca de 1977-79 (campeão do Mundial de 1977 e da Libertadores de 1978); e do Independiente de 1979-80.
Alfredo Letanú, atacante: jogador do Boca de 1972-75 e em 1980; do Racing em 1978; e do San Lorenzo em 1979.
Omar Larrosa, meia e ponta: jogador do Boca de 1967-68 e 1970 (campeão argentino de 1970); do Independiente de 1977-80 (campeão argentino de 1977 e 1978 e da Copa do Mundo de 1978); e do San Lorenzo de 1981 (rebaixado). Consagrou-se no forte Huracán de 1972-76, sendo o artilheiro do campeão argentino de 1973. Já lhe dedicamos este Especial.
Víctor Marchetti, atacante: jogador do River de 1969-74 e de 1977-78 (campeão argentino de 1977); do San Lorenzo de 1979-80; e do Racing 1982-83 (rebaixado).
Eduardo Bargas, zagueiro: jogador do Independiente em 1978, do Racing em 1981 e do Boca em 1982.
Oscar Ortiz, ponta: jogador do San Lorenzo de 1971-76 (campeão argentino duas vezes em 1972 e outra em 1974); do River de 1977-81 (campeão argentino de 1977, duas vezes em 1979, 1980 e 1981 e da Copa do Mundo de 1978); e do Independiente de 1982-83 (campeão argentino de 1983). Defendeu o Grêmio em 1976 e também o Huracán de 1981-82. Já dedicamos este Especial a El Negro Ortiz.
Claudio Marangoni, volante: jogador do San Lorenzo de 1976-79; do Independiente de 1982-88 (campeão argentino de 1983 e da Libertadores e do Mundial em 1984); e do Boca de 1988-90 (campeão da Supercopa de 1989 e da Recopa de 1990). Defendeu o Huracán de 1981-82.
Osvaldo Escudero, ponta: jogador do Boca em 1981 (campeão argentino), do Independiente em 1986 e do Racing de 1989-90. Campeão mundial sub-20 em 1979.
Roberto Saporiti, atacante e treinador: jogador do Independiente de 1957-61 (campeão argentino em 1960); treinador do Boca em 1987; treinador do San Lorenzo de 1989-90. Como jogador esteve rapidamente no Atlético Mineiro. Foi assistente técnico na Copa do Mundo de 1978.
Miguel Ángel Brindisi: meia-atacante e técnico: jogador do Boca de 1981-82 (campeão argentino em 1981) e treinador em 2004; jogador do Racing em 1984 e treinador de 1995-96; e treinador do Independiente de 1994-95 (campeão argentino e da Supercopa de 1994 e da Recopa de 1995) e em 2013 (rebaixado). Já dedicamos este Especial a esse ídolo histórico também do Huracán.
Jorge Borelli, zagueiro: jogador do River de 1983-87 (campeão argentino, da Libertadores e do Mundial de 1986); do Racing de 1991-94; e do San Lorenzo de 1995-97 (campeão argentino de 1995).
José Serrizuela, zagueiro: jogador do River de 1988-90 (campeão argentino de 1990); do Independiente de 1993-96 (campeão argentino e da Supercopa em 1994 e da Recopa e da Supercopa de 1995); e do Racing de 1996-97. Seu irmão Jorge Serrizuela defendeu San Lorenzo (campeão da Mercosul 2001) e Independiente (campeão argentino em 2002).
Carlos Bustos, zagueiro: jogador do San Lorenzo em 1991; do River em 1993; do Independiente de 1994-96 (campeão argentino e da Supercopa em 1994 e da Recopa e da Supercopa de 1995). Também esteve no Huracán em 1999 (rebaixado).
Fabián Carrizo, volante: jogador do Boca de 1983-90 (campeão da Supercopa de 1989 e da Recopa de 1990) e de 1995-96; do San Lorenzo de 1990-94; e do Independiente 1996-99. Também esteve no Huracán de 2000-01 (campeão da segunda divisão de 1999-2000).
Carlos Netto, meia: jogador do San Lorenzo de 1993-96 (campeão argentino de 1995) e de 1999-2000; do Racing de 1996-97; e do River de 1998-99.
Alfio Basile, zagueiro e técnico: jogador do Racing de 1964-70 (campeão argentino em 1966 e da Libertadores e do Mundial em 1967) e treinador em 1977, em 1985, de 1986-89 (campeão da Supercopa de 1988), de 1996-97 e de 2011-12; treinador do San Lorenzo em 1998; treinador do Boca de 2005-06 (campeão argentino, da Copa Sul-Americana e da Recopa em 2005 e 2006) e de 2009-10. Também defendeu o Huracán como jogador de 1971-75 (campeão argentino em 1973) e treinador em 1982. Já dedicamos este Especial ao último técnico campeão com a seleção principal, no bi da Copa América em 1993 e 1995.
Rubén Díaz, lateral e assistente técnico: jogador do Racing de 1965-72 e de 1977-78 (campeão argentino em 1966 e da Libertadores e do Mundial em 1967) e assistente técnico em 1985-1989, 1996-97 e em 2012; jogador do San Lorenzo em 1973 e assistente técnico em 1998; assistente técnico do Boca em 2005-06 e em 2009-10.
Roberto Monserrat, volante: jogador do San Lorenzo de 1993-96 (campeão argentino em 1995); do River de 1996-98 (campeão argentino em 1996 e duas vezes em 1997 e da Supercopa de 1997); e do Racing de 1999-2000.
Oscar Passet, goleiro: jogador do River de 1989-90 (campeão argentino em 1990); do San Lorenzo de 1992-97 (campeão argentino em 1995); e do Independiente de 2000-01.
Esteban Fuertes, atacante: jogador do Independiente de 1991-92; do Racing de 1996-97; e do River de 2002-03 (campeão argentino em 2003).
Guillermo Rivarola, zagueiro e técnico: jogador do River de 1991-96 (campeão argentino em 1991, 1993, 1994 e da Libertadores em 1996); jogador do San Lorenzo de 2000-01 (campeão argentino em 2001); jogador do Racing em 2003 e treinador de 2004-05.
Raúl Estévez, atacante: jogador do San Lorenzo de 1995-2002 (campeão argentino e da Copa Mercosul em 2001); do Boca de 2002-04 (campeão argentino, da Libertadores e do Mundial em 2003); e do Racing de 2005-06. Defendeu o Botafogo em 2004.
Gabriel Loeschbor, zagueiro: jogador do Racing de 2001-02 (campeão argentino em 2001); do San Lorenzo de 2004-05; e do River em 2005.
Lucas Pusineri, volante: jogador do San Lorenzo de 1999-2002 (campeão argentino e da Copa Mercosul em 2001); do Independiente de 2002-03 (campeão argentino em 2002), de 2004-05 e de 2007-09; e do River em 2006.
Gastón Fernández, atacante: jogador do River de 2002-03 (campeão argentino em 2003) e de 2004-05; do Racing de 2003-04; e do San Lorenzo em 2007 (campeão argentino). Defendeu o Grêmio em 2017.
Cristian Ledesma, volante: jogador do River de 1999-2002 (campeão argentino em 1999, 2000 e 2002), de 2004-05 e de 2012-14 (campeão argentino de 2014); do Racing em 2005; e do San Lorenzo em 2007 (campeão argentino) e de 2008-09. Não é o mesmo ex-Santos e seleção italiana.
Bernardo Leyenda, goleiro: jogador do Independiente de 2005-06; do River de 2006-07; e do Racing em 2008
Pablo Migliore, goleiro: jogador do Boca de 2006-08 (campeão argentino em 2006, da Libertadores em 2007 e da Recopa em 2008); do Racing de 2008-09; e do San Lorenzo de 2009-13. Também defendeu o Huracán de 2003-06.
Eduardo Tuzzio, zagueiro: jogador do San Lorenzo de 1993-95 (campeão argentino em 1995) e de 1996-2001 (campeão argentino em 2001); do River de 2003-05 (campeão argentino em 2003 e 2004) e de 2006-08 (campeão argentino em 2008); e do Independiente de 2009-13 (campeão da Sul-Americana em 2010 e rebaixado em 2013).
Diego Simeone, volante e técnico: jogador do Racing de 2005-06 e treinador em 2006 e 2011; treinador do River de 2007-08 (campeão argentino em 2008); treinador do San Lorenzo de 2009-10.
Walter Acevedo, meia: jogador do San Lorenzo de 2004-08 (campeão argentino em 2007); do Independiente de 2009-10; do River de 2010-11 (rebaixado em 2011) e em 2013.
Miguel Ángel Russo, técnico: treinador do Boca em 2007 (campeão da Libertadores); do San Lorenzo de 2008-09; e do Racing de 2010-11.
Ramón Díaz, atacante e técnico: jogador do River de 1978-81 (campeão argentino duas vezes em 1979, outra em 1980 e outra em 1981) e de 1991-93 (campeão argentino em 1991) e treinador de 1995-99 (campeão da Libertadores e argentino em 1996, da Supercopa e duas vezes argentino em 1997 e argentino em 1999), de 2001-02 (campeão argentino em 2002) e de 2012-14 (campeão argentino em 2014); treinador do San Lorenzo de 2007-08 (campeão argentino em 2007) e de 2010-11; treinador do Independiente de 2011-12.
Cristian Tula, zagueiro: jogador do River de 2003-04 (campeão argentino em 2004) e em 2006; do San Lorenzo de 2006-09 (campeão argentino em 2007) e 2010-11; e do Independiente de 2012-13 (rebaixado em 2013) e de 2014-15.
Eduardo Coudet, volante e técnico: jogador do San Lorenzo de 1998-99 e em 2005; jogador do River de 1999-2002 (campeão argentino em 1999, 2000 e 2002) e de 2003-04 (campeão argentino em 2004); e treinador do Racing desde 2017 (campeão argentino em 2019).
Emmanuel Gigliotti, atacante: jogador do San Lorenzo de 2011-12; do Boca de 2013-15; e do Independiente de 2017-18 (campeão da Sul-Americana 2017).
Atualizações após essa matéria:
Em 18-02-2022, o meia Óscar Romero foi anunciado pelo Boca após ter sido jogador de Racing (2015-17) e San Lorenzo (2019-21). É o primeiro estrangeiro a passar por três grandes e seus antecessores ambos se naturalizaram e defenderam a seleção argentina: Zoilo Canavery (ex-Independiente, Racing, River e Boca) e Renato Cesarini (ex-River, Boca e Racing).
Em 30-08-2023, o lateral Julio Buffarini foi anunciado pelo Independiente após ter sido jogador de San Lorenzo (2012-16) e Boca (2018-21).
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