De nada adiantou todo o burburinho envolvendo uma ‘virada de mesa’ quanto ao novo regulamento do futebol argentino. Na assembleia extraordinária, que aconteceu nesta terça-feira, no prédio da AFA, em Ezeiza, os clubes decidiram pela manutenção da nova fórmula. No entanto, com pouco menos de três meses para o início do torneio, em fevereiro, não se sabe como será disputado tal competição, o que deve ser definido apenas na próxima semana.
Segundo informações dos diários argentinos, a duas previsões em pauta. A primeira seria de abandonar os pontos corridos e a rodada extra com os clássicos para que se fizesse duas chaves de 15 clubes cada um. Além disso, o calendário seria no sistema europeu, ou seja, manteria a atual fórmula, com paralisações no meio do ano.
“O que ficou por resolver para a próxima semana é o formato do campeonato. Vamos definir se será de fevereiro a novembro ou se primeiro disputará um torneio reduzido em um semestre e em agosto começaria um torneio largo, com o intuito de acomodar o torneio argentino com o calendário internacional”, revelou Luis Segura, presidente da AFA
No entanto, pelo que se especula, é que já haveria possíveis rebaixamentos a partir do meio de 2015. A ideia é que caiam quatro equipes e suba apenas duas, até chegar o formato de 20 clubes novamente. “A intenção é revisar a quantidade de equipes e o sistema de acesso e descenso. Nunca conversamos sobre a possibilidade de voltar a ter 20 clubes. Tampouco é certo que haverá quatro descensos no primeiro torneio”, explicou Segura.
Há também disputas extra-campo, como a divisão dos montantes a serem repassados pelo Governo/ Futbol Para Todos. Com o aumento para 30 clubes, cada equipe receberia 1.667 milhões de peso, igualitariamente. Até por isso, os clubes que subirem não devem receber um apoio econômico quanto aos direitos de transmissão, que se manteria nos 4 milhões de peso, diferentemente dos 14 milhões de peso que os clubes da primeira divisão recebem.
Existe outra questão importante em pauta que seria se o peso dos grandes clubes argentinos continuaria em pauta, ou se os times do interior e de menor expressão retomariam isso para si. Por isso se questiona, inclusive, se tais equipes que subirem terão ou não representação no Conselho Executivo da AFA. Tal pasta é importante para definir o próximo presidente da AFA, que será conhecido em 2015. “A intenção do Comitê é saber a situação dos dez clubes que vão subir. Em princípio, a ideia é melhorar sua representação, mas por outro lado temos que resolver o lado dos recursos, já que haverá um custo maior”, complementou Segura.
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