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Fim da novela em Rosário: Diego Cagna já não é técnico do Newell´s

Depois de muitas especulaões sobre a demissão ou permanência de Diego Cagna, finalmente os dirigentes do Newell´s decidiram pela sída do treinador do clube de Rosário. Diego Cagna havia assumido o clube no Apertura 2011, em substituição a Javier Torrente. De lá para cá foram nove partidas sem que o Newell´s conseguisse uma única vitória. Foram 20 pontos perdidos em 27 disputados. Agora, enquanto Cagna está desempregado, a direção leprosa sonha com o nome de Gerardo “Tata” Martino para substiuti-lo.

Quando assumiu o comando do clube de Rosário, Diego Cagna o encontrou imerso em profunda crise e sem bons resultados dentro de campo. A estratégia do treinador foi a de valorizar o ataque e a de se aproveitar dos jogadores da base leprosa para isso. Sua ideia não foi de toda rejeitada pela direção do clube, já que a possibilidade de alimentar o novo treinador com reforços parecia inviável diante dos problemas financeiros que vive a instituição rosarina. Em muitos momentos, até pareceu que a fórmula surtiria o efeito desejado, pois não foram poucas as vezes em que o elenco perdeu jogos atuando melhor que seus adversários.

Contudo, um problema vital da equipe Cagna não conseguiu resolver: a defesa. Mesmo que experimentasse vários jogadores no setor não conseguia evitar o alto número de gols que a equipe sofria. O fato é que esse problema já existia quando a diretoria se desfez de seu principal jogador defensivo, Ignacio Fideleff. Até hoje, torcedores e opositores no clube criticam a direção do Newell´s pela venda do jovem e ótimo zagueiro. E para piorar, por uma verdadeira pechincha, já que o Nápoli pagou apenas 2 milhões de euros pela promessa rojinegra. Embora o fato seja trágico em Rosário, em Nápoles, até os dias de hoje, ele deve ser uma piada que faz rir o presidente do clube italiano Aurelio De Laurentiis.

Além de fracassar com a equipe no Apertura, Cagna também não obteve êxito na Copa Argentina. Na ocasião, a equipe foi eliminada pelo Patronato de Paraná, da segunda divisão. Se a saída de Fideleff foi um dos símbolos da péssima gestão dos dirigentes leprosos, a saída de Diego Cagna foi outro. Ela vinha se arrastando a semanas. Durante esse tempo, o Newell´s foi motivo de piada pelos torcedores rivais, já que ficava claro que o clube não tinha nenhum tostão para arcar com a multa rescisória do contrato com Cagna.

Agora, a expectativa é a da chegada do novo treinador o mais rápido possível. Os nomes são muitos: Fernando Gamboa, Juan Manuel Llop e Américo Gallego. Porém, o sonho da direção do clube gira em torno de Caruso Lombardi e principalmente Gerardo Martino. O primeiro parece pouco inclinado a deixar o Quilmes. Já o segundo parece mais próximo de dirigir a seleção colombiana do que a equipe de Rosário

Joza Novalis

Mestre em Teoria Literária e Lit. Comparada na USP. Formado em Educação e Letras pela USP, é jornalista por opção e divide o tempo vendo futebol em geral e estudando o esporte bretão, especialmente o da Argentina. Entende futebol como um fenômeno popular e das torcidas. Já colaborou com diversos veículos esportivos.

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