Gramado todo molhado, embora em condição para o jogo. Só que quem resolveu jogar foi somente o Pincha. Com a honrosa exceção ao “mostro” Julio Buffarini, o Ciclón ficou devendo futebol para os seus torcedores. E perdeu só de um porque o autor do gol, Román Martínez, não fez mais nada em campo. E atrapalhou demais a sua equipe quando a pelota pedia ligação com o ataque. Se não teve qualidade, ao menos teve oportunismo o Martínez. Foi lá e guardou. 1×0 para o Pincha em um dos mais justos resultados da rodada.
Com o estado do gramado em condições duvidáveis, era de se esperar que o San Lorenzo levasse vantagem sobre o mais técnico conjunto do Estudiantes. Contudo, não foi bem isso o que ocorreu. O Pincha conseguia acertar bem a articulação do meio para frente, a partir de um grande esforço na recuperação da pelota e do passe rápido e articulado no campo de ataque.
Assim, antes dos 15 minutos, os visitantes chegaram por duas vezes à área de Migliore. Na primeira vez, Maxi Núñez cruzou a bola para a área e ela foi desviada com o braço. Um pênalti claro não anotado pelo árbitro Pablo Lunati.
Na segunda vez, foi “La Gata” Fernández quem arrematou de longa distância, mas a pelota saiu distante do arco do porteiro cuervo. E por que então o Estudiantes não conseguia se dar bem? Em parte, porque a profundidade era reduzida. Em parte, também, porque Martínez não estava bem na partida e atrapalhava o Pincha nos passes fundamentais para a pelota chegar aos atacantes.
Aos poucos, o volume de jogo dos visitantes foi redundando em nada. Por outro lado, o Ciclón não conseguia apresentar reação e a partida foi caindo de qualidade. Em pelejas assim alguém precisa dar uma “forcinha”. Foi o que fez Angeleri. Ao falhar grosseiramente permitiu que Jara ficasse à frente de Villar. Na hora da conclusão, apareceu o pé salvador de Germán Ré para dispersar a jogada.
Alguns minutos depois, foi a vez de Mercier arrematar de longa distância e obrigar o porteiro pincha a fazer a melhor defesa do jogo. E ficou nisso na primeira etapa. Aceitável até.
No segundo tempo, o Estudiantes voltou ainda melhor. Apesar da péssima jornada de Martínez, o Pincha ganhava todas as bolas na meia cancha. Isso porque Rodrigo Braña era um “mostro” por ali. No ataque, tampouco o time conseguia se destacar. Parte disso era pelo fato de que “La Gata” Fernández não era o mesmo jogador insinuante da primeira etapa; em parte disso, porque se havia um setor no Ciclón que merecia algum destaque era justamente o da defesa.
Acreditando que poderia vencer, o Pincha tratou de sufocar o Ciclón. Bola girada para um lado; girada para outro e o conjunto de La Plata sempre chegava à área de Migliore. Na melhor chance de gol, Maxi Núñez ficou à frente do porteiro cuervo, que salvou o San Lorenzo de levar o primeiro.
Só que aos 33 minutos, foi justamente Martínez quem chegou para decidir. Em grande falha da retaguarda local, a pelota ficou perdida no alto, na frente da grande área de Migliore. Zapata cabeceou de costas e encontrou o ex-craque do Tigre para guardar a pelota nas redes do Cuervo. 1×0 Estudiantes.
Foi então que o San Lorenzo resolveu jogar. Claro que ajudou muito o fato de que o Pincha também mudou sua postura no embate: resolveu parar de jogar e ficou retraído no seu campo de defesa para guardar o importante resultado.
De forma que o Ciclón chegou bem por duas vezes. Em uma delas, Stracqualursi arrematou de fora da área; em outra, na principal chegada do Cuervo, Franco Jara arrematou à altura da pequena área e viu a pelota sair à direita do arco de Villar. A pressão até que foi grande e com considerável intensidade. Contudo, era visível que o conjunto de Bajo Flores se ressentia de melhores definidores na frente. Ao menos no cotejo de hoje os seus homens do setor deixaram muito a desejar.
E ficou nisso. O San Lorenzo foi derrotado pela primeira vez no Torneio Inicial, enquanto o Estudiantes conseguiu sua segunda vitória; curiosamente a segunda fora de casa. Uma vitória justa; diga-se. Afinal, o Ciclón parece mais um amontoado de nomes e pernas que não consegue se inspirar em um dos melhores jogadores na Argentina: Julio Buffarini. Por outro lado, o Pincha pode até não dispor de um time dos sonhos, mas tem uma base sólida e boas incorporações; caso de Martínez, péssimo no cotejo, mas decisivo quando o time precisou. Placar justo.
San Lorenzo: Pablo Migliore; Gonzalo Prósperi, Pablo Alvarado, Nicolás Bianchi Arce, Walter Kannemann; Julio Buffarini, Juan Mercier, Luis Aguiar, Martín Rolle (Fabián Bordagaray); Franco Jara e Denis Stracqualursi. Técnico: Ricardo Caruso Lombardi.
Estudiantes de La Plata: Justo Villar; Marcos Angeleri, Leandro Desábato, Germán Ré; Leonardo Jara, Rodrigo Braña (Marcos Gelabert), Román Martínez, Raúl Iberbia; Gastón Fernández (Durvan Zapata), Guido Carrillo e Maximiliano Núñez. Técnico: Diego Cagna.
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Apesar do Estudiantes ter sido melhor durante toda a peleja, esperava mais do Ciclón. Gosto desse G. Fernandez, se eu fosse o Zinho, teria tentado contratá-lo.