O favorito sofreu. Teve de esperar mais de uma hora em Quilmes até que pudesse gritar sem medo sobre o título vencido. Uma espera que se torna maior ao pensar no “jejum” de quatro anos sem triunfo nacionais. Mas a dupla de atacantes prevaleceu diante da retranca de Sarandí. Mandando o desempate pra longe, o Estudiantes venceu por 2 x 0, com gols de Hernan Rodrigo López, e se sagrou o segundo campeão no bicentenário argentino ao faturar o Apertura 2010.
Ao início dos dois jogos, o Estudiantes entrava em campo como campeão. Tanto de fato como de espírito, pois imprimiu um ritmo ofensivo sufocante contra o Arsenal nos primeiros dez minutos. Até conseguiu um gol, que foi anulado corretamente pela posicão irregular da Gata Fernandez. Ainda assim, foi um reflexo do domínio Pincha em busca de uma rápida decisão no placar.
Contudo, o time de Sarandí que parecia acuado resolve se organizar em campo. Liderados por Choy González, Nervo e Obolo, o conjunto de Gustavo Alfaro começou a levar a Jabulani ao ataque. Por vezes até arriscavam contra o arco de Orión. Tudo isso, somado ao baque pos-gol do Vélez, aos 26 minutos, trouxe equilíbrio ao jogo dos visitantes. Não a ponto de se sobressair na partida, pois os anfitriões ainda atacavam nas bolas paradas e nos passes da Brujita Verón.
Um problema que se foi na volta dos vestiários, a medida em que o Arsenal passaria a se preocupar simplesmente em proteger a própria área. Apenas Choy e Obolo não faziam parte das duas linhas de quatro que Alfaro montou para defender a igualdade sem gols. Contra isso, e após a saída de Verón aos 12 minutos, o jogo Pincha se resumiu a poucos toques no chão e vários lançamentos para a área. Jogo feio para alguns, mas que daria resultado momentos depois.
Aos 28 minutos, escanteio para o Estudiantes. Após a cabeçada de Hernán Lopez, Fernandez ainda se lança com o pé direito para acertar a Jabulani. Na hora, pensou que era dele o gol do alívio, mas o replay mostrou que ele não conseguiu o desvio. Independente de quem é o autor, fato era que o sofrimento pelo possível jogo extra começava a sumir naquele instante: 1 x 0.
Mais tarde, o mesmo atacante uruguaio mostrou que substituiu o ídolo Verón à altura de honrar as cores dos Pinchas. Em outra bola alçada para a área, ele cabeceou antes do zagueiro Lisandro Lopez e encobriu Campestrini: 2 x 0, placar final. Com 45 pontos, o Estudiantes de La Plata alcança um recorde em campeonatos curtos, superando a ele próprio no título do Apertura 2006.
ESTUDIANTES: Orión, F. Fernandez, Desabato e Ré; Mercado, Braña (Roncáglia), Verón (Hernan López) e Rojo; Perez e Benítez; G. Fernandez (Matias Sanchéz). DT: Alejandro Sabella
ARSENAL: Campestrini; Nervo, Lisandro López, Aguilar e Damián Pérez; A. González (Franzoia), Ortiz (Esmerado), Mosca (Alustiza) e Marcone; Choy González; Obolo. DT: Gustavo Alfaro
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