Mesmo jogando em La Plata, o Estudiantes perdeu mais uma. Dessa vez o algoz do “Pincha” foi o Tigre, que fez 3 a 1 no estádio Único de La Plata e chegou aos 11 pontos no Apertura. Com a vitória, o “Matador” chegou à vice-liderança do torneio (de forma provisória, pois Boca e Lanús ainda não jogaram) e, ainda assim, continua na zona de rebaixamento. O Estudiantes completou nove jogos sem vencer em seus domínios.
A partida teve muito movimento desde o início. Aos quatro minutos o “Pincha” chegou pela primeira vez com perigo ao gol do Tigre. Num cruzamento da direita, Gastón Fernández arrematou da marca do pênalti e Javier García fez uma bela defesa. Na sequência, o goleiro repôs a bola em jogo e lançou Luna. O atacante aproveitou-se da falha dos zagueiros e, na saída de Albil, marcou o primeiro gol do jogo.
O Estudiantes precisou de seis minutos para voltar ao ataque e quase empatar. Mariano González, da entrada da área, chutou rasteiro e obrigou García a realizar outra boa defesa. A equipe platense chegava bem ao ataque e criou outra chance com Boselli. Não fosse o zagueiro Casteglione, o atacante teria gritado o empate.
A bola puniu as chances perdidas. Um minuto depois da chance perdida por Boselli, o Tigre saiu em disparada no contra-ataque, e num lançamento da esquerda, Maggiolo aproveitou a falha de Desábato e dominou dentro da área e driblaria Albil, que atingiu o atacante e o derrubou. Pênalti e expulsão do goleiro do “Pincha”. Agustín Silva entrou e até defendeu a chute de Morales, mas o árbitro Mariano González mandou voltar a cobrança. Na segunda tentativa, o “Cachete” não desperdiçou e colocou 2 a 0 no placar.
Nem deu tempo de o Estudiantes reagir frente ao segundo gol. No ataque seguinte do “Matador”, Morales fez uma excelente jogada pela esquerda e viu Martínez livre na entrada da área. O volante bateu colocado, com enorme categoria, no canto esquerdo de Silva. Três ataques, três gols para o Tigre. E um “Pincha” a nocaute.
Aos 39 minutos, o Tigre ainda poderia ter feito o quarto gol, que certamente seria o mais bonito da partida. Numa troca de passes que começou com Castaño, passou por Morales, caiu com Martínez e terminou com Morales, a bola passou muito perto do gol de Silva.
No segundo tempo o time visitante voltou mais contido, confiando na velocidade de Morales e no oportunismo de Maggiolo. Ao Estudiantes restou ir ao ataque com tudo para tentar um gol antes dos 15 minutos e assim poder pressionar o Tigre. Aos cinco minutos Desábato, numa cobrança de escanteio de Verón, cabeceou e obrigou novamente García a realizar grande defesa.
Aos 16 minutos finalmente o “Pincha” diminuiu. A jogada começou pelo meio com Gastón Fernández, que viu o lateral Domínguez descendo bem pela esquerda e lhe passou a bola. O colombiano foi até a linha de fundo e cruzou para Boselli. No meio do caminho, o zagueiro Casteglione tentou cortar e colocou a bola dentro do gol do “Matador”. Restavam pouco mais de 30 minutos para o “León” tentar um empate com um jogador a menos.
Arruabarrena sacou Díaz e Martínez e reforçou ainda mais a marcação com Rodales e Pio. Aos 31 minutos novamente Javier García brilhou. Num cruzamento de Benítez pela direita, Gastón Fernández cabeceou e o ex-goleiro do Boca se esticou para defender. No rebote, Boselli empurrou para o gol e, mesmo no solo, o goleiro do Tigre conseguiu defender novamente. Não dava mais para o Estudiantes, definitivamente.
Após 70 anos, o Tigre derrotou o Estudiantes em La Plata. Grande triunfo para os comandados de Arruabarrena, que na próxima rodada receberão o Arsenal. Já o “Pincha” tentará quebrar o tabu de 10 jogos sem vencer em casa outra equipe em crise, o Argentinos Juniors.
ESTUDIANTES – Albil, Mercado, Cellay, Desábato e Domínguez; Mauro Fernández (Silva), Sánchez, Verón (Benítez) e González (Galván); Gastón Fernández e Boselli
Técnico – Miguel Ángel Russo
TIGRE – Garcia, Echeverria, Casteglione e Blengio; Diaz (Rodales), Castaño, Martínez (Pio) e Leone; Morales; Luna e Maggiolo (Carrasco)
Técnico – Rodolfo Arruabarrena
Árbitro – Mariano González
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