A ambiguidade do título da nota é intencional. Esteban Ernesto Pogany, vencedor de diversos troféus continentais (e além), teve uma carreira notabilizada em especial por dois fatores: é um raríssimo jogador a ter passado por quatro dos cinco grandes argentinos (até hoje ninguém trabalhou nos cinco), só faltando no seu caso o River. Mas El Gringo também foi quase sempre um reserva de goleiros mais ilustres, seja no Independiente ou no rival Racing, seja no San Lorenzo – aliás, também como vira-casaca, pois estivera no rival Huracán – e, principalmente, no Boca. Pogany, também dono da honrosa (ou não) marca de ser o primeiro goleiro vitimado por Batistuta, faz hoje 65 anos.
O primeiro grande da carreira: Independiente
Dono de sobrenome húngaro (a grafia original é Pogány), ele nasceu em San Nicolás de los Arroyos, interior da província de Buenos Aires situado bem distante da capital federal – daí o apelido Gringo, que na Argentina é utilizado não a estrangeiros e sim a provenientes de povoados rurais. Profissionalizado no Independiente, teve quase como um presente de aniversário a primeira vez em que constou em uma súmula do time adulto: foi em 15 de outubro de 1972, oito dias depois de ter feito 18 anos. Mas, sintomaticamente, ficou no banco, mesmo em uma escalação totalmente reserva inclusive quanto ao trinador; foi na rodada inaugural do Torneio Nacional de 1972, em 15 de outubro, contra o Lanús, com os titulares poupados após a perda do Mundial Interclubes para o Ajax dias antes, em 28 de setembro.
Mesmo em Avellaneda, o Lanús não teve trabalho em derrotar por 3-1 a escalação definida pelo ex-goleiro Fernando Bello, alinhada com Juan Carlos Fondacaro, Roberto Capellán, Daniel Bravo, Carmelo Giuliano e Adolfo Montero, Antonio Moreyra, Sebastián Jiménez e Víctor Palomba, Humberto Bravo (Ramón Abdala), Manuel Magán (Ricardo Bochini, que eventualmente viraria o ídolo-mor do Rojo) e Rubén González.
O goleiro titular era Miguel Ángel Santoro, justamente quem costuma ser visto como maior arqueiro que o Independiente já teve. E seu reserva imediato era Carlos Gay – curiosamente, outro raro nome a passar por quatro dos cinco grandes (no caso dele, só faltou o Boca) mais o Huracán embora quase sempre reserva em todos eles também. Pogany brigava com Oscar Medina pelo posto de terceiro goleiro do elenco vencedor da Libertadores em 1973, marcada por iniciar na prática a Era Bochini no clube. Em paralelo à campanha continental, ele chegou a ser relacionado duas vezes ao banco para o Torneio Metropolitano, embora ainda sem conseguir estrear.
A primeira vez em que Pogany finalmente pôde jogar pelo time principal foi justamente por conta de Santoro e Gay estarem ocupados com o Mundial Interclubes de 1973, acertado em jogo único na Itália em 28 de novembro – quando o Rey de Copas enfim pôde levar às vitrines o troféu que ainda lhe faltava. Três dias antes, havia compromisso pela 12ª rodada do Torneio Nacional e a equipe de Avellaneda recorreu novamente a Fernando Bello como treinador interino.
Bello então escalou contra o Gimnasia de Jujuy a formação Pogany, Héctor Cabezal, Hugo Abdala, Osvaldo Carrica e Daniel Cuiña, Víctor Palomba, José Rubén María (Raúl Silva) e Raúl Otero, Orlando Liendro (Ricardo Ruiz Moreno), Jorge Urtasun e Rubén González. Em 1974, com Santoro ocupado no primeiro semestre com a seleção argentina – e com a Copa do Mundo – e então vendido no segundo semestre ao futebol espanhol, Pogany subiu um degrau na hierarquia de goleiros; foi o ano em que o concorrente Gay pôde ter mais continuidade.
Pogany foi então relacionado ao banco por seis vezes no Metropolitano e dezoito vezes no Nacional… mas foi limitado no gramado apenas ao segundo tempo do 1-1 contra o San Lorenzo de Mar del Plata (pelo Nacional), substituindo Carlitos Gay no intervalo. Na Libertadores 1974, Gay foi o titular absoluto na terceira conquista seguida do Rojo, com direito a pênalti defendido na finalíssima com o São Paulo. Carlitos virou ídolo, o que não impediu de voltar ao banco para 1975: José Alberto Pérez, contratado junto ao River, foi o goleiro titular absoluto no Mundial Interclubes de 1974 (travado já em 1975) e no tetracampeonato seguido da Libertadores.
Pogany, consequentemente, voltou a ser terceiro goleiro, contentando-se em ser relacionado quatro vezes ao banco no Metropolitano; foi utilizado mesmo apenas pela 28ª rodada, em 29 de junho… mesma data em que Pérez e Gay estavam em Assunção precisamente para disputar a finalíssima daquela Libertadores, contra a Unión Española. O técnico interino da vez era Aquiles Caviglia e recorreu à formação Pogany, Agustín Minocchio, José Ibarra, Néstor Armendariz e José Lencina, Pedro Magallanes, Raúl Silva e Blas Goyena (Roberto Barrera), Víctor Arroyo, Oscar Coria (Juan José Ferrera) e Juan López.
Para o segundo semestre, o Independiente então acertou o empréstimo de um pacote de jogadores ao Belgrano, clube onde trabalhava Roberto Ferreiro, ex-técnico rojo entre meados de 1973 (chegara após a Libertadores, mas a tempo de vencer o inédito Mundial) e meados de 1975 (demitido após o vice no Mundial, saíra ainda antes de começar a vitoriosa Libertadores). Pogany rumou a Córdoba juntamente com Raúl Silva, Manuel Magán e Hugo Saggioratto. E, enfim, teve sequência: em La B, foi titularíssimo, usado em dezesseis partidas. Chegou até a pegou dois pênaltis em um só jogo, no 1-1 de visita ao Unión, cobrados por Víctor Bottaniz e Carlos Trullet. Não que a experiência ajudasse muito no regresso a Avellaneda: em 1976, o goleiro titular da vez no Independiente foi inicialmente o argentino naturalizado peruano Ramón Quiroga.
Pogany foi usado inicialmente pela 19ª rodada do Metropolitano, em 25 de maio, com Quiroga e Gay (e o resto de titulares e principais reservas) poupados para compromisso que o clube teria no dia seguinte com o Peñarol pelo triangular-semifinal da Libertadores. El Gringo ao menos soube se sobressair, pegando pênalti de Mario Carballo, do Atlanta. Aquele triangular também envolvia o River e duraria até 16 de julho, quando a dupla argentina precisou travar um jogo-extra para definir quem avançava à decisão.
Com isso, Pogany pôde ter uma inédita sequência como goleiro titular, no Metropolitano: atuou contra o Huracán em 20 de junho, contra o Rosario Central em 4 de julho e contra o próprio River em 14 de julho. O River terminou avançando à decisão e Quiroga logo regressou ao Peru. Gay voltou a uma breve titularidade – inclusive se consagrando na decisão por pênaltis da Copa Interamericana de 1975, travada já em agosto de 1976 – e Pogany tornou a ficar no degrau de reserva imediato dele. Até conseguir tomar-lhe o posto.
Utilizado em 2 de agosto contra o Unión pelo Metropolitano, Pogany foi o titular em oito partidas seguidas pelo Nacional, entre 31 de outubro e 12 de dezembro. Assim, ele começou o ano de 1977 como titular, ao menos nas cinco primeiras rodadas do Metropolitano. Contudo, sem passar confiança, tornou a perder a posição para Gay e depois para Roberto Rigante, os goleiros que constaram nas súmulas da conquista do Nacional de 1977. Pogany seguiria no Independiente até o fim de 1980, conseguindo alguma sequência pontual de titularidade aqui e ali, mas nunca terminando de se firmar. Em 1978, jogou nas duas primeiras rodadas no Metropolitano e foi utilizado na 6ª a partir do intervalo. Rigante voltou ao posto e Pogany foi reutilizado na 16ª, 17ª, 19ª e 20ª (travadas em paralelo à campanha roja na Libertadores na fase de grupos, onde o time, com Rigante titular, terminou eliminado); seguidamente da 24ª à 34ª; e da 36ª à 40ª.
Para o Nacional, o Independiente contratou Héctor Baley, recém-vencedor da Copa do Mundo. O Independiente faturou o Torneio Nacional novamente, mas Pogany só foi usado no intervalo no 1-1 com o Gimnasia. Ao menos, El Gringo já era o reserva imediato, o que fez o concorrente Gay ser emprestado ao San Lorenzo no Metropolitano e ao Deportivo Roca para o Nacional… e então vendido ao futebol colombiano em 1979. Ano em que Pogany, por sua vez, pôde pela primeira vez sentir uma titularidade genuína no Independiente, ainda que em parte se deva às convocações de Baley à seleção argentina. Pogany ao menos enfim estreou em campo na Libertadores – somando seis partidas, sobretudo no triangular-semifinal, sem evitar a classificação do Boca à decisão; e, em paralelo, jogou no Metropolitano na 4ª rodada, foi usado seguidamente da 8ª à 18ª e também nas semifinais contra o River. Nelas, até espalmou um pênalti, mas o cobrador Passarella conferiu no rebote.
El Gringo permaneceu como dono do arco do Independiente na maior parte do Nacional de 1979: esteve da estreia (vitória de 3-2 fora de casa em clássico com o Racing) até a 12ª rodada. Ainda concorrendo com Baley, Pogany teve certa sequência de jogos em 1980: no Metropolitano, foi usado da 3ª rodada à 17ª; da 19ª à 22ª; da 26ª à 36ª; e na 38ª. No Nacional, jogou da estreia à 14ª rodada e nos quatro jogos de mata-mata. E foi isso; para 1981, sem que nenhum dos goleiros convencesse, o Independiente não se inibiu em se desfazer dos dois diante da contratação do uruguaio Carlos Goyen (o primeiro a realmente se firmar desde a saída de Santoro em 1974): Baley foi repassado ao Talleres e Pogany, ao Huracán.
Se jogou pouco ao longo de oito anos, foi bastante pé-quente: Pogany saiu do Independiente como o segundo goleiro mais vezes campeão no clube, até hoje. Seus nove troféus (Libertadores 1973, 1974 e 1975, Interamericanas 1973, 1974 e 1976, Mundial 1973, Nacionais 1977 e 1978) o situam abaixo apenas dos dez dos velhos concorrentes Santoro (Argentino 1963, Libertadores 1964 e 1965, Nacional 1967, Metropolitanos 1970 e 1971, Libertadores 1972 e 1973, Interamericana e o Mundial em 1973) e Gay (Metropolitano 1971, Libertadores 1972, 1973, 1974 e 1975, Interamericanas 1973, 1974 e 1976, Mundial 1973 e Nacional 1977).
Virando duas vezes casacas grandes: Racing e San Lorenzo
Como huracanense, não virou exatamente um grande ídolo, mas foi melhor reconhecido: só se ausentou de um jogo do Metropolitano 1981, o que chegou até a abrir negociações justamente com o River, o único grande que lhe faltaria na carreira. Não chegou a ir a Núñez, mas a titularidade intacta como pelo segundo semestre de 1981 e pelo primeiro semestre de 1982 no Huracán permitiram que atraísse o lucrativo narcofútbol colombiano. El Gringo calhou de ter pela frente o auge de um América de Cali turbinado com panelinha argentina.
Assim, ficou sem troféus seja pelo Santa Fe, pelo Unión Magdalena ou pelo Junior de Barranquilla, com o qual pôde voltar ao radar argentino após disputar como titular a Libertadores 1984; foi repatriado no início de 1985 pelo Deportivo Español e esteve nos dez jogos da campanha dos Gallegos no Torneio Nacional. Dali, rumou ao Banfield, ainda que para atuar na segunda divisão. E então virou a casaca pela primeira vez: para a temporada 1986-87, a marcar o retorno do Racing à elite, reforçou a outra equipe de Avellaneda e foi o titular da estreia até a 19ª rodada – ainda em 16 de novembro de 1986, quando a Academia perdeu em casa de 1-0 para o Español.
Não lhe ajudava o longo passado como “vizinho”, a fazer com que Pogany sempre encarasse na torcida racinguista uma resistência além da conta. O Racing até terminaria aquela temporada em uma honrosa terceira colocação, mas já com ninguém menos que o monstro Ubaldo Fillol como proprietário das luvas a partir de janeiro. Em paralelo, o Banfield voltou à primeira divisão e requisitou Pogany para a temporada 1987-88.
No Taladro, ele só não jogou uma das 38 rodadas e, apesar do rebaixamento pelo cruel sistema de promedios, foi eleito o melhor goleiro do torneio. Assim, cavou a contratação por um terceiro gigante. E com isso virou outra casaca: o ex-goleiro huracanense agora seria do San Lorenzo para a temporada 1988-89, diante da venda de José Luis Chilavert ao Real Zaragoza. Tempos em que os azulgranas não tinham sequer estádio próprio, mas fibra de sobra, o que apelidou aquele elenco de Los Camboyanos, em alusão ao estoicismo do povo asiático assombrado por Pol Pot.
Pogany foi titularíssimo na campanha cuerva rumo às semifinais Libertadores 1988, até então o mais longe que o Ciclón chegara de um troféu inédito a si até 2014. O Newell’s foi o algoz, com o garoto Gabriel Batistuta marcando naquelas semifinais exatamente o primeiro gol da carreira. Em paralelo, o campeonato argentino de 1988-89 se desenrolou com uma fórmula curiosa: em tempos em que vitórias costumavam valer dois pontos, aquela edição definiu de modo inédito que valeriam três, ao mesmo tempo em que empates seriam decididos diretamente por pênaltis – cada time teria um ponto pela igualdade nos 90 minutos, mas o vencedor nos pênaltis levaria um ponto extra. Pois coube a Pogany a estatística de ser o goleiro que melhor se sobressaiu na hora dos penais.
O verbete dele no Diccionario Azulgrana, publicado no centenário sanlorencista, foi bem sucinto: “começou com algumas vacilações e não muito bem recebido pela galera, mas com o correr das partidas foi se afirmando e inclinou toda a sua experiência a uma equipe bastante instável e com muitos remendos. Lhe calhou parar-se sob um arco caliente, após a partida de um ídolo como era José Luis Chilavert. Dentro desse contexto, foi o goleiro da equipe que, heroicamente e aos trancos, alcançou as semifinais da Libertadores 1988. A musiquinha que a galera lhe dedicava era mortal: ‘que venham lhe ver, que venham lhe ver, não é El Loco [Hugo Gatti] nem El Pato [Ubaldo Fillol], é o famoso João XXIII’, por sua assombrosa semelhança com o Papa italiano”.
Assim, terminou contratado pelo Boca, que se despedida do próprio Gatti. E permaneceria na Casa Amarilla até meados de 1994.
No Boca, um recorde agridoce
Ainda em 1989, Pogany pôde comemorar a conquista da Supercopa, torneio que reunia os campeões da Libertadores; foi simplesmente o primeiro troféu xeneize desde o maradoniano Metropolitano 1981. Na sequência, vieram as voltas olímpicas pela Recopa, então travada entre o campeão do ano anterior na Libertadores e na própria Supercopa, em 1990; pela Copa Master (por sua vez o torneio que reunia os campeões da Supercopa) e pelo Apertura em 1992, quando o Boca enfim encerrou seu pior jejum no campeonato argentino, desde aquele mesmo título em 1981; e pela Copa Ouro em 1993 – um quadrangular oficial, mas de vida curta, entre os campeões em 1992 na Libertadores, na Supercopa, na Copa Master e na Copa Conmebol.
O lado meio vazio (ou muito além do meio) do copo (ou das Copas) é que Pogany simplesmente não foi usado nenhuma vez em todos esses títulos, diante da onipresença de Carlos Navarro Montoya. El Gringo precisava manter a forma como peça improvisada na equipe B, virtual time sub-20, entrando em campo nos jogos preliminares que o campeonato da categoria (inclusive, foi o campeão da temporada 1991-92) programava em paralelo às partidas das equipes principais. Foram simplesmente 207 partidas do Boca em que ele testemunhou do banco, um recorde assinalado no perfil dele no site estatístico Historia de Boca. A própria imagem boquense dele na colagem de fotos que abre essa matéria vem na verdade de uma de suas partidas pelo time B do clube azul y oro.
Pela equipe principal, por sua vez, foram apenas dezoito jogos em cinco anos mesmo contando-se os amistosos (em especial, um contra o Sevilla de Maradona em 1992 e dois contra o Real Madrid em 1994). As duas partidas mais proeminentes se deram em meio à campanha semifinalista da Libertadores 1991, mas ainda pela fase de grupos, contra Oriente Petrolero, uma derrota de 1-0 em Santa Cruz de la Sierra; e Bolívar, um 0-0 em casa. Desconsiderando os amistosos, os números, já irrisórios, despencam para oito. Assim, o protagonismo que não se via em campo ficava para os bastidores… mas muito no sentido negativo: a concorrência com Navarro Montoya não era das mais saudáveis também no aspecto vestiário, rachado entre as panelinhas Falcones (“Falcões”) e Palomas (“pombas”) no rescaldo da conquista redentora do Apertura 1992. E a isso se atribui bastante peso a Pogany.
O veterano zagueiro Juan Simón explicaria em 2013 que as Palomas eram “El Mono (Navarro Montoya), Soñora, Marchesini, e Halcones eram Márcico, Manteca Martínez e Saturno, aos quais manejavam El Beto [Márcio], Tapia, Pogany, Giunta”. Em 2007, Márcico já havia explicado: “na realidade, haviam dois jogadores que não gostavam de Navarro Montoya. (…) Eram El Chino Tapia e Esteban Pogany. A eles não agradavam algumas atitudes do Mono, e metiam pilhas em mim, queriam que eu fosse o capitão. Depois falamos com El Mono e lhe dizemos: ‘está bem, Mono, siga você como capitão, mas lute por outra maneira pelos prêmios’. Queríamos que fosse mais enérgico”. Quem acabaria punido pelo racha seria o próprio maestro Oscar Tabárez, que viu os resultados minguarem em 1993. O Boca ficou à deriva até contratar a lenda César Menotti, quem terminou por dispensar Pogany ainda antes do início da campanha finalista da Supercopa 1994.
Curiosamente, naquele ano de 1994 El Gringo, em um de seus raros jogos, sofreu outro gol ilustre: o brasileiro Silas, estreando pelo San Lorenzo, anotou um golaço de fora da área e declarou que interpretou aquilo como um sinal divino para realmente permanecer no clube e descartar outras propostas – vindo a se tornar o maestro do título que quebraria em 1995 simplesmente 21 anos de jejum sanlorencista. Pogany, por sua vez, seguiu carreira no Ferro Carril Oeste (estreou em 4 de setembro de 1994 e jogou 32 partidas, embora a passagem ficasse mais lembrada por quase morrer em um trote dos colegas na concentração) e pendurou as luvas no Atlético Tucumán em 1996, na segundona. Se dizia grato, à revista Solo Fútbol: “me sinto um privilegiado do futebol, porque tive a sorte de poucos. Joguei em cinco clubes grandes da Argentina [talvez uma referência ao Huracán combinada a uma gozação ao River], participei em 500 partidas da primeira divisão e aos 40 anos meus reflexos seguem vigentes”.
Como preparador de goleiros, função em que trilhou diversos outros clubes (e inclusive nas seleções juvenis, entre 2005 e 2010), Pogany chegou a reaparecer no Boca em 1997 – na comissão técnica de Héctor Veira, ex-treinador dele no San Lorenzo de 1988. Ele foi inclusive treinador do Boca em duas partidas.
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