Por Renato Zanata Arnos e Equipe FP
Figura de destaque da campanha do America-RJ na Taça Guanabara, na qual o Mecão perdeu por um mísero ponto a classificação aos mata-matas, o enganche argentino Matías Sosa vem se desempenhando como um nome interessante a qualquer clube da elite do Brasileirão. A equipe Futebol Portenho e o jornalista Renato Zanata já trocavam comentários sobre o jogador da Patagônia em 2009, quando Sosa integrou a seleção argentina sub-17 no mundial da categoria (veja aqui).
O FP também não foi indiferente à vinda de Sosa ao America, informada no dia seguinte em uma nota que listava outros argentinos que vestiram a camisa rubra, destacando o clube como o primeiro no Brasil a apostar largamente na importação de argentinos: confira. Zanata, por sua vez, fez um detalhado perfil do meia para o blog Resenha Tática (acesse aqui).
Autor de um golaço de canhota em falta na vitória de virada no “clássico bisavô” com o Bangu (lance que aparece no vídeo ao final), fornecedor de quatro assistências diretas e elogiado por Juninho Pernambucano na derrota de 1-0 para o Fluminense, Sosa foi formado no Estudiantes e passou também pelo Nacional uruguaio – onde foi treinado pelo atual técnico do River, Marcelo Gallardo, e onde foi colega de Álvaro Recoba, ex-reserva de Sosa, que o tem como modelo.
Agradecemos a Luis Alberto Azerrad por possibilitar o contato com Sosa, que nos concedeu a entrevista abaixo.
FP: Quais suas perspectivas sobre seu crescimento no futebol brasileiro?
SOSA: Minha perspectiva no futebol brasileiro é seguir tendo continuidade e seguir crescendo em minha carreira, me encontro bem adaptado no futebol brasileiro e quero seguir melhorando estando aqui! Minha ideia foi sempre jogar em uma equipe da Série A do Brasileirão.
FP: Qual foi sua primeira referência sobre o America-RJ?
SOSA: Que o America é um clube com muitíssima história, muito respeitado no futebol brasileiro e muito querido, de uma torcida fiel que acompanha sempre! Também que foi onde Romário havia se retirado.
FP: Você tem consciência da importância histórica do clube na importação de argentinos no Brasil? Um deles jogou final de Copa do Mundo pela Argentina (José Della Torre)…
SOSA: Sabia que o America havia contratado jogadores argentinos há muitos anos. A respeito de Della Torre, sabia que jogou a primeira final de Copa do Mundo representando a Argentina, mas desconhecia que jogou no America.
FP: Da mesma forma, você tinha consciência da importância histórica do encontro com o Bangu, onde já jogou o Sanfilippo (maior artilheiro do San Lorenzo)?
SOSA: Sabia que a partida com o Bangu é um clássico histórico. Por sorte, pudemos ganhar e pude marcar um gol. Sobre Sanfilippo, todos o conhecemos na Argentina.
FP: Como foi sua adaptação ao futebol brasileiro?
SOSA: Me adaptei bem ao futebol do Brasil, sinto como se houvesse jogado sempre aqui. A maior dificuldade se dá no calor infernal do Rio de Janeiro.
FP: Para você, quais as diferenças, físicas e táticas, do futebol jogado na Argentina e aqui?
SOSA: As diferenças no futebol brasileiro e no argentino se dão na intensidade. Na Argentina, os espaços são reduzidos, o futebol argentino é mais rápido. O que não significa que os jogadores sejam mais rápidos. Para mim, o futebolista brasileiro é mais rápido que o argentino. Mas o futebol é mais rápido na Argentina, entende? Aqui, há algum espaço, na Argentina não.
FP: Quais os jogadores que você considera suas referências no tocante à tarefa de organizar tramas nos últimos metros de cancha e protagonizar o chamado“último passe”?
SOSA: Meus referentes são Riquelme, Zidane, Recoba e, na atualidade, Iniesta. Os quatro são diferentes entre si, mas algo os une. O passe final dos quatro é o mesmo, sempre te deixam em situação de gol. Me identifico com eles, porque me dá muito prazer deixar também os meus companheiros em situação de gol.
Renato Zanata Arnos é niteroiense; formado em História, jornalista; co-autor de “América, Terreirão do Galo”; autor de “Adílio camisa 8 da Nação”; co-autor de “Sarriá 82, o que faltou ao futebol-arte?”; ex-comentarista da TV Esporte Interativo; colaborador no blog do jornalista Mauro Cezar Pereira da ESPN Brasil; um curioso das questões táticas do futebol; e bluesman.
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