Diego Armando Maradona sofreu em novembro de 2011 a perda de Dalma Salvadora Franco, Doña Tota, sua mãe. Anteontem foi a vez de seu pai, também chamado Diego Maradona, partir, aos 87 anos, deixando órfãos El Diez e outros sete filhos, dos quais Hugo e Raúl também foram jogadores – como o irmão célebre, o primeiro foi ex-Argentinos Jrs e o segundo foi ex-Boca.
Se o filho era Dieguito, o pai era Don Diego, para evitar confusões entre os xarás. Foi o patriarca de mais uma família pobre da favela de Villa Fiorito quem, aconselhado por amigos, levou o rebento mais talentoso ao Argentinos Jrs. Villa Fiorito, ressalte-se, fica ao sul da Grande Buenos Aires, próximo a Lanús, enquanto o clube está sediado ao centro-norte da capital federal.
Mais cômodo seria o filho testar-se em equipes bem mais perto como Lanús ou Banfield. Mas Don Diego ouvira elogios melhores ao trabalho de base oferecido pelo Argentinos. Dieguito estreou na elite em 1976 e só a deixaria em 1997, aos 37 anos.
O Maradona mais famoso do mundo havia acabado de derrotar o rival River de virada em pleno Monumental. Expressou a felicidade entre gestos e palavras (“caiu a calcinha do River”) obscenos às arquibancadas adversárias e entre declarações como “assim me dá gás para jogar até depois dos 40”. O Boca, com aquele triunfo, ultrapassava o próprio River na liderança. Os auriazuis não venciam o Argentinão havia cinco anos, e mesmo com o retorno de Maradona em 1995 não resolviam isso.
Dias depois, a história era outra. “Não dá mais. Me pediu meu pai chorando”. A irresponsável divulgação justamente da falsa notícia da morte de Don Diego, por sinal, foi a gota d’água para aquela turbulenta etapa da carreira do filho acabar – Maradona havia sido novamente flagrado no antidoping logo na primeira rodada e sofria com problemas físicos: antes daquele Superclásico histórico, seu jogo anterior havia sido um mês antes (contra a Universidad Católica pela Supercopa). Saiba mais neste outro Especial.
Uma pena. Aquele Boca mesclava a base futuramente dominante na América (Riquelme havia sido lançado no ano anterior e o time, por indicação de Maradona, havia acabado de contratar Martín Palermo, Guillermo Barros Schelotto e Sergio Bermúdez) com astros como El Diez, Claudio Caniggia e Diego Latorre. O Boca fez uma campanhaça, com apenas uma derrota, justamente na rodada seguinte à aposentadoria do seu astro. Falamos mais neste outro Especial daquele campeonato histórico, que também despediu Enzo Francescoli dos gramados.
O revés para o Lanús adiante fez toda a diferença, pois o campeonato foi perdido por um único ponto justo para o River. Até hoje aquele Boca de 1997 teve a melhor pontuação de um vice-campeão na história dos torneios curtos, 45 pontos – lembrando que o máximo que um campeão conseguiu foi 47, o San Lorenzo de 2001.
Ou era para ser. O time desgringolou no torneio seguinte e o técnico da grande campanha de 1997, Héctor Veira, teve de sair. Foi assim que chegou à Casa Amarilla, em 1998, um certo Carlos Bianchi. Mas aí já é outra história…
Força, Diego! E muito obrigado, Don Diego!
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