Encontros e desencontros
Desde Buenos Aires – O jogo mais importante dessa quarta rodada do Torneo Final será sem dúvida o clássico a ser disputado no domingo em Bajo Flores entre San Lorenzo e River Plate. A partida poderá servir como pano de fundo para que algumas histórias ainda sem um ponto final encontrem definitivamente o seu último capítulo, ou então ganhem mais um. O próprio presidente do Ciclón, Matías Lammems, reconheceu que alguns personagens do próximo encontro não deverão passar desapercebidos; “Acho que a torcida vai receber bem o Ramón Díaz, ele saiu em paz com o clube. Já o Bottinelli… não sei. Teve uma saída cheia de conflitos, eu não sei como irão recebê-lo, os torcedores estão bravos com ele” disse.
Bottinelli – Chegou até mesmo a ser um dos referentes do plantel azulgrana campeão em 2007 dirigido por Ramón Díaz. Com o passar do tempo e o acúmulo de situações complicadas do time, começou a perder respaldo da torcida e dentro do próprio clube. Teve uma saída muito conturbada inclusive com um episódio de agressão por membros da barrabrava. Durante a dramática campanha do San Lorenzo para fugir do rebaixamento no torneio passado, ficou de fora de muitos jogos alegando lesões, fato questionado por alguns de seus companheiros dentre eles o goleiro Migliore com quem trocou socos e pontapés nos vestiários. Bottinelli será titular no próximo domingo e joga pendurado com quatro cartões amarelos.
Ramón Díaz – Último treinador capaz de dar uma glória ao Ciclón (Clausura de 2007), Ramón voltará ao Nuevo Gasómetro agora sem tanto protagonismo. A própria torcida cuerva prefere evitar enaltecer ou hostilizar o técnico reservando a ele um lugar em uma espécie de zona neutra. Teve uma posterior passagem pelo clube em 2010, mas nada que mereça ser lembrado como uma campanha vitoriosa. Na última vez que esteve no estádio da partida do próximo domingo saiu vencedor com o Independiente em 2011 (1 a 0 sobre o Ciclón).
Pizzi – De todos os três personagens o técnico do San Lorenzo será o coadjuvante. Jogou no River em 1998 quando foi contratado em um pedido expresso do mesmíssimo Ramón Díaz que dirigia o Millo naquele ano. Não correspondeu às expectativas e partiu para o Rosario Central. Sabe que uma vitória no clássico será importantíssima para o estado anímico do plantel e sentenciou: “O jogo com o River vai marcar o caminho. Não é definitivo, mas quase. Nós temos a necessidade de ganhar”.