Em um 6 de dezembro, mas de vinte anos atrás, o Independiente jogava com o regulamento debaixo do braço, com seu oponente precisando reverter dois gols de desvantagem em uma final. Foi pela Supercopa, contra o Flamengo: falamos mais cedo. Dessa vez, quem teria de superar o revés era o próprio Rojo. Mas diante do arquirrival, que voltava a contar com Diego Milito, e na casa adversária. Contra todos os prognósticos, após exibição apática em seus domínios na primeira final, quase deu aos diablos, que desde 2009 não venciam dentro do Cilindro o Racing.
Os rivais de Avellaneda travaram encontro relativamente equilibrado, mas com ligeiro domínio dos visitantes, que trocaram muito mais passes (478 a 310) e arremataram mais ao gol. Federico Mancuello e Juan Martín Lucero (logo no primeiro minuto e no final) obrigaram Diego Saja a trabalhar constantemente na primeira etapa. Do lado racinguista, era Gustavo Bou quem melhor tentava. Milito jogava para seu nome atrair marcação. Com o Racing aparentando tranquilidade em cozinhar a partida, Milito foi sacado já aos 18 minutos do. O clássico ainda estava zerado.
Contando eventuais acréscimos, restava cerca de meia hora. Que pegou fogo. Enquanto Milito saía, o Independiente também mexia e colocava Cristian Rodríguez no lugar de Mancuello. Apenas três minutos depois, Rodríguez abriu o marcador com um petardo violentíssimo de falta. Mesmo de longa distância, a força foi de queimar roupa. Saja nada pôde fazer. Tensão no Cilindro.
Medo que durou só outros três minutos. Gustavo Lollo cabeceou certeiro na gaveta para empatar e explodir a plateia racinguista. O balde de água fria foi revertido e bastante sentido pelos rojos. Sem se preocupar em definir, o Racing apenas segurava o resultado com os malabarismos de Bou. Atitude reforçada dez minutos depois, quando Jesús Méndez foi expulso. Logo logo, a feliz plateia mandava tchauzinhos também a Ortiz, avermelhado outros três minutos depois. Ambos não seguraram o cotovelo em Marcos Acuña e Luciano Aued, respectivamente, e deixaram a situação praticamente definida.
Perto dos 46 minutos da etapa final, porém, cagaço visível nas arquibancadas. Lucero pegou uma sobra pela direita e contou com a contribuição de Saja. Com nove em campo, o Independiente se reenergizava para mais dois minutos de epopeia em Avellaneda. Já com o relógio se aproximando do limite de 48 minutos pré-estabelecido pelo árbitro, a jogada se repetiu. A bola chegou pelo flanco direito, dessa vez com conclusão do zagueiro Víctor Cuesta. Mas o clássico não terminou ainda mais histórico, com o arremate assustando, mas indo para fora.
O Independiente ganhou heroicamente, mas não levou. E isso foi reconhecido pela torcida rival, incapaz de esboçar até sorrisos amarelos. O Racing segue há mais de vinte anos sem ganhar dois clássicos seguidos. Mas é a Academia quem irá à Libertadores 2016, pelo segundo ano seguido – algo que não ocorria desde a vencedora Equipo de José, que disputou em 1967 e 1968. Boa sorte aos alvicelestes. E todos os parabéns aos nove rojos que quase protagonizaram uma versão argentina da Batalha dos Aflitos.
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