Jogo que finalizou a primeira parte da rodada, iniciada ainda na sexta-feira, foi tão esvaziado de emoções como a maioria das outras partidas. O Colón acusava certo cansaço. O Racing parecia entender o problema e resolveu atacar. Só que tinha muita perna e velocidade e, ao mesmo tempo, parecia não dispor de um mínimo de cérebro e criatividade. De modo que o primeiro tempo foi triste de ver. No segundo, o cenário foi um pouco melhor. E como a Academia também se mostrou superior teve o incontestável mérito de chegar às redes de Pozo. A vitória simplesmente deixou o Racing na liderança da competição. Ao menos até o jogo do Newell´s. Amanhã.
O primeiro tempo foi sofrível em Santa Fe. Não só porque o Racing não conseguia ser eficiente, mas sobretudo porque o Colón não parecia atuar em seus domínios e diante de sua grande massa torcedora. E neste cenário, foi o Racing quem procurou mais o jogo ofensivo. Procurou, mas tampouco foi feliz em sua iniciativa. Por quê?
O problema é que a Academia não parava a pelota no meio. Desprezando o meio-campo como setor primordial à criação de jogadas, o Racing se fazia de monstro, porém não metia medo em ninguém. E se isto ocorria era porque a Academia havia trocado a criatividade pela velocidade. Assim, poderia até se fazer de valente. Mas esta atitude poderia colocar a equipe em uma baita armadilha: a armadilha do cansaço.
Tampouco se pode dizer que o Sabalero se fazia de inteligente. Afinal, a proposta da equipe é a de enterrar as expectativas dos rivais no Cemetério de los Elefantes. E não é atuando no campo de defesa que os comandados de Sensini fazem isso. Pelo contrário: a proposta sempre consistiu em pressionar o rival do começo ao fim do cotejo. Se não fazia em relação ao Racing era somente por sua incapacidade de se afirmar no duelo. Em parte, talvez porque o rival não deixasse; em parte, porque se faz visível que o conjunto de Santa Fe parece acusar a disputa de duas competições simultâneas. Algo que Sensini previa, no início da temporada.
De tal forma que o jogo foi besta. E se ninguém chegou às redes foi porque não fez absolutamente nada para merecer.
O segundo tempo mudou um pouquinho. Nas intenções e na materialização das ideias ofensivas em jogadas de gol. Profundidade, contudo, parecia ter faltado ao cotejo. Ao menos no início. Depois, o Racing tentou ser mais time que o Colón. Já o Sabalero pareceu – finalmente – aceitar a provocação. O resultado disso foi que o confronto ficou mais à altura das duas equipes.
Porém, se a partida ganhou em movimentação, continuou pobre no quesito finalização das jogadas. Assim foi com Luciano Vietto, aos 35. Faltou somente um toque para Centurión. Em vez disso Vietto pecou por individualismo. O mesmo Centurión teve a chance três minutos depois. Desta vez o arremate saiu com precisão, mas se deparou com Diego Pozo bem posicionado.
Ninguém brigou com Vietto quando pecou por ausência de solidariedade no ataque. Ele era o nome do jogo e parecia que todos desconfiavam disso. Assim foi que em rápido contra-ataque, a jovem promessa do Racing recebeu ótimo lançamento de Camoranesi e foi o nome do gol. Eram decorridos 39 minutos. Racin 1×0.
Então, restou ao Racing que dominasse a pelota no meio e no seu campo de defesa. Sem muitas ideias, o Colón tentou a igualdade, mas não teve eficiência para dinamitar a então eficiente postura defensiva do rival. Com o Resultado, o Racing chega à liderança parcial do Torneio Inicial. Um contexto de sonhos que até faz os torcedores acadêmicos desconfiarem.
Colón: Diego Pozo; Maximiliano Caire, Gerardo Alcoba, Ronald Raldes, Bruno Uribarri; Iván Moreno y Fabbianesi (Gabriel Graciani), Hernán Bernardello (Sebastián Prediger), Adrián Bastía, Lucas Mugni; Jorge Achucarro (Rubén Ramírez) e Emmanuel Gigliotti. Técnico: Roberto Sensini.
Racing: Sebastián Saja; Iván Pillud, Fernando Ortiz, Matías Cahais, Claudio Corvalán; Diego Villar (Gabriel Hauche), Agustín Pelletieri, Bruno Zuculini, Ricardo Centurión; Luciano Vietto e Javier Cámpora (Mauro Camoranesi). Técnico: Luis Zubeldía.
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