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Em partida emocionante, Belgrano vence o Estudiantes e encosta no topo da tabela


Na noite em que Sebastián Verón voltou ao gramado o Pincha sofreu diante do Belgrano jogando como mandante e mais uma vez saiu do gramado com uma derrota. O placar de 3 a 2 deixou o Estudiantes em situação de alerta extremo, e alguns torcedores já pedem a saída do treinador Miguel Angel Russo. Com a vitória, o Pirata chega a terceira colocação no torneio com 16 pontos ao lado de Tigre e Atlético Rafaela.

Logo aos dois minutos Dominguez entrou pela esquerda defensiva do Belgrano e testou Olave que se esticou e salvou o Pirata de iniciar a partida com desvantagem no placar. Os primeiros minutos foram de domínio Pincha, que movimentava bem a bola no meio campo, mas após um minuto de bobeira na defesa do Estudiantes, mais precisamente entre Celay e Agustín Silva, o Belgrano abriu o placar.

Franco Vazquéz arriscou do meio de campo e o arqueiro da equipe de La Plata bateu roupa, Celay se atrapalhou com a bola e Farré que nada tinha com a confusão rival empurrou para as redes, aos 10 minutos do primeiro tempo.

O Estudiantes não se abateu e tentou empatar nos minutos seguintes, mas encontrava um muro defensivo em cada tentativa que fazia. O desespero do Estudiantes em reverter a situação atrapalhava as subidas da equipe do treinador Miguel Angel Russo.

Porém, após uma jogada de tiro de esquina, aos 24 minutos, Farré impediu a entrada da bola com o braço esquerdo e o árbitro não titubeou e marcou pênalti, que resultou na expulsão do atacante. Na cobrança “La Gata” Fernández bateu mal e Olave mandou para fora com os pés. A partida seguia com o Belgrano na frente, e agora com um jogador a menos.

O Estudiantes seguia com força total no ataque e aos 42 minutos “La Gata” perdeu mais uma vez, de cara para o gol e chutou fraco para a defesa de Olave. Um minuto depois, a velha regra que se aprende nos campinhos de pelada, do “quem não faz leva”, se fez presente no estádio José Luis Meisner. Agustín Silva fez pênalti em Cesar Pereyra e Mansanelli não perdoou.

A segunda etapa mal iniciou e ao contrário do que se esperava, quem partiu para o ataque foi o Belgrano que quase ampliou com Vázquez logo aos 30 segundos. O drama do Estudiantes começou a ficar mais evidente nos primeiros dez minutos de segundo tempo. Neste período a partida já tinha mais emoção que toda a primeira etapa.

O Estudiantes jogava bem e buscava o gol, mas encontrava a defesa do Pirata muito bem postada e o goleiro Olave inspirado, pegando até pensamentos do ataque do Pincha. E em contra ponto, o Belgrano saia em velocidade nos contra-ataques buscando liquidar a partida de uma vez por todas.

Com 18 minutos Mauro Fernández pegou belo tiro de fora da área que mais uma vez Olave rechaçou. Próximo aos 20 minutos, era possível contar os 10 jogadores do Belgrano recuados no campo de defesa, enquanto o Estudiantes buscava espaço para furar o bloqueio do Pirata.

Chegando aos 25 minutos, Píer Barrios fez pênalti em Mauro Fernández e a chance de uma recuperação voltou pelos pés de Verón que bateu forte no canto superior esquerdo e descontou para o Pincha, que agora se jogaria todo ao ataque. Mas o Belgrano estava impossível e não deixaria a vitória escapar por nada.

Em contra-ataque veloz e mortal, Vázquez habilitou Hernán Grana que entrou pela lateral e liquidou as esperanças do Pincha. O Lateral deslocou o arqueiro Silva, assim esfriando o animo da torcida que vibrava ainda com o gol de Verón. O terceiro gol fez o Estudiantes puxar o freio de mão e tentar com menos entusiasmo em suas descidas.

O Pirata mostrou um controle impressionante da partida, lembrando muito a equipe que rebaixou o River Plate no semestre passado e assim passou pelo Pincha sem tomar conhecimento. Aos 44 minutos o Estudiantes ainda chegou ao segundo gol com Zapata, mas era muito tarde para qualquer reação e a partida chegou ao fim de maneira angustiante para a torcida do Pincha, que foi embora com mais uma derrota.

Para a próxima rodada o Belgrano recebe o Argentinos e o Estudiantes enfrenta o Colón. O Estudiantes pode terminar a rodada em penúltimo lugar caso o Banfield chegue a vitória nesta segunda-feira (26/9) contra o Unión.

Estudiantes: Agustín Silva; Christian Cellay(Duván Zapata), Leandro Desábato, Germán Ré; Gabriel Mercado, Rodrigo Braña, Juan Sebastián Verón, Juan Domínguez; Facundo Coria (Mauro Fernández); Gastón Fernández e Guido Carrillo. DT: Miguel Ángel Russo.

Belgrano: Juan Carlos Olave; Gastón Turus, Alejandro Lembo, Claudio Pérez, Píer Barrios (Fernando González); César Mansanelli (hernán Grana), Guillermo Farré, Esteban González, Lucas Parodi Franco Vázquez e César Pereyra (Álvarez Suarez). DT: Ricardo Zielinski.

Cartão amarelo: Alejandro Lembo, Claudio Pérez (Bel); Agustín Silva (Est)

CartãoVermelho: Guillermo Farré (Bel)

Árbitro: Saúl Laverni

Cancha: José Luis Meiszner (Quilmes)

Junior Sagster

Jornalista esportivo, formado em Comunicação Social/Jornalismo. Acompanha o futebol argentino desde a Copa do Mundo realizada no México em 1986, quando viu pela primeira vez Maradona jogar pela Seleção Argentina. Em sua carreira como jornalista tem 06 anos de experiência, 02 em redação e 04 em assessoria de imprensa esportiva.

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