Em jogo que só os 30 minutos finais importaram, Argentina vence Eslovênia
Dos 90 minutos que a Argentina disputou neste sábado, os que mais importaram foram os 32 minutos finais. Até por isso começamos a análise de forma inversa. Tudo começou justo quando quatro titulares entraram em campo e deram uma organização tática que até então não existia. Com Messi, Dí Maria, Gago e Aguero, a Argentina começou a ganhar uma cara mais vistosa, ficar mais organizada. E o resultado disso: um golaço após triangulação de Dí Maria, Aguero e Messi. O gol que selou a vitória argentina por 2×0.
A entrada deste quarteto deixou a partida mais empolgante. Os jogadores ditaram o ritmo da partida que já estava controlada pelos reservas de Alejandro Sabella. Para alegria dos torcedores que foram ao Estádio Único e que pediram o nome do atacante desde os primeiros minutos de jogo. Messi, diferentemente da última partida, quando era acionado de maneira insólita, buscou mais o jogo, chamou a responsabilidade para si. Vomitou, de novo, é verdade. Mas logo após o incidente, foi até o sistema defensivo para roubar uma bola do esloveno. E depois, iniciar a jogada que resultou em seu próprio gol.
Um gol categórico que valeu o ingresso – já que a partida foi relativamente fraca. A jogada começou com uma roubada de bola de Dí Maria no campo defensivo. O jogador arrancou até a intermediaria e tocou para Aguero. Após receber de volta, Dí Maria tocou para Messi, que mesmo marcado por três defensores, conseguiu se livrar, tocar pra Aguero, que devolveu para Dí Maria. O jogador do Real, por cobertura, encontrou Aguero, que de cabeça, assistiu Messi, que marcou um belo gol. Era o 2×0.
Depois do tento, aos 30 minutos do segundo tempo, a Argentina controlou mais o jogo e Messi buscou a partida. Chamou a responsabilidade para si. Era o gol que lhe faltava para dar confiança para fazer um bom mundial. Sem problemas de lesão, o trio deixou o campo sob os aplausos do público platense. Resultado tão controlado que deu até para Emanuel Mammana, jogador do Sub-20, estrear pela Albiceleste. Curiosamente, fez sua primeira partida profissional na Seleção e não no River Plate.
Primeiro tempo
E sem o trio mágico? Mesmo com um meio campo bagunçado, a Argentina conseguiu se impor em relação aos eslovenos durante os 60 minutos iniciais. Ficou durante boa parte da partida no campo do adversário e criou as melhores oportunidade do jogo. Romero e o sistema defensivo não sofreu com qualquer poder ofensivo dos visitantes.
O único gol da etapa inicial saiu logo aos 11 minutos de jogo. Justo quando a Argentina estava com um jogador a menos, com a lesão de Lucas Biglia. O meia-atacante roubou no meio campo, aproveitando vacilo da saída de bola da Eslovênia, avançou até a entrada da grande área e bateu na saída do goleiro. Gol com méritos para Lavezzi, que puxou a marcação e abriu espaço para o jogador da Inter de Milão.
Após o gol, o que preocupou foi a lesão de Lucas Biglia. O jogador tomou uma pancada no início da partida e foi substituído, logo no início, por Campagnaro. Com isso, Javier Mascherano, que começou a partida como zagueiro central, foi para o meio campo, sua posição de origem.
E o único jogador que conseguiu impor alguma organização no meio campo foi justamente Mascherano. Ao exemplo da partida passada, o jogador foi fundamental em seus passes longos, que quase resultou em uma assistência para Maxi Rodriguez, na melhor finalização da Argentina fora o gol durante a primeira etapa.
A vitória deu moral à seleção, principalmente a Lionel Messi. Desde o Mundial passado, Messi marcou nada menos do que 23 gols. Antes havia marcado apenas 15. O jogador vive os seu melhor momento na Seleção e isso inspira confiança. Apesar da dependência citada em relação ao último jogo, os 30 minutos finais deram a Argentina um alento. Vontade existe. Agora, que venha os gols.