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Em jogo de vários infortúnios, Boca não sai do zero contra o Belgrano

Custou caro o “favor” concedido pelos algozes do River Plate. O Belgrano queria se dar bem em cima do outro gigante do futebol local. Resistiu até o fim, com o goleiro Juan Carlos Olave de heroi maior, na igualdade sem gols com o Boca Juniors, que lamenta não só os pontos perdidos, mas também possíveis pênaltis não-marcados e a lesão de dois dos grandes protagonistas deste Apertura 2011: Viatri e Riquelme.

Ainda não se sabe nada sobre a gravidade da situação de cada um. Por enquanto, fica somente o temor em Casa Amarilla pelo tempo em que podem ficar sem os astros do ataque Xeneize. Nesta noite (16/10) já sentiram a falta dele ao não aproveitar os maus resultados dos adversários diretos, ainda que a diferença de pontos esteja em seis unidades a frente de Racing, Atlético Rafaela e possívelmente Lanús.

O início assustou de leve a torcida e o time local, pois a equipe vinda de Córdoba quis se impor no ataque para não acabar encolhido na defesa. Começaram com alguns lançamentos, mas ao longo da primeira etapa aproveitaram espaços nas brechas da marcação amarela e deram algum trabalho para Agustín Orión. Nenhum “quase gol”, mas era um sinal de que não aceitariam uma derrota mesmo em La Bombonera.

Com o mesmo objetivo estavam os defensores do Belgrano. Optaram pelo volume para frear o ataque calculista do Boca. Os comandados de Falcioni tinham a bola, mas esbarraram na boa proteção de área montada pelo Ricardo Zielinski, ao estilo que rendeu na Promoción.

Quanto à Riquelme não criou como de costume, reclamou por um pênalti não marcado por Diego Abal, perdeu a paciência e ainda brigou com o gandula “Cacho” Laudonio. Para piorar, Viatri sentiu o joelho após um empurrão de Lollo e um encontro com uma placa de publicidade.

Na volta dos vestiários, Nicolas Blandi já substituia o “9” Xeneize que saiu carregado de maca. Também com dores, saiu de campo Román, após um chute que deu o primeiro indício de trabalho intenso para Olave (entrou Gracián no Boca). Mesmo sem as principais figuras ofensivas, os locais empurraram o Belgrano a um recuo ainda maior.

No entanto, em alguns lances a falta que faziam os lesionados era mais clara. Gracián não distribuiu a bola como um enganche, e num lance aos 21 minutos arriscou um chute em vez de tocar ao desmarcado Cvitanich. Aos 34, Blandi perdeu um gol cara a cara com Olave, num momento em que Viatri teria menos chances de desperdiçar. Antes do fim, o ápice das boas defesas do goleiro visitante, parando o chute de Chávez e o rebote de Blandi.

BOCA JUNIORS: Orión; Roncáglia, Schiavi, Insaurralde e Clemente Rodríguez; Rivero (Chávez), Somoza e Erviti; Riquelme (Gracián); Cvitanich e Viatri (Blandi). DT: Julio César Falcioni

BELGRANO: Olave; Turus, Lollo, Perez e Quiroga; Farré, Ribair Rodríguez, Parodi (Mancuello) e Franco Vásquez; Mansanelli (Grana) e Pereyra (Almerares). DT: Ricardo Zielinski

Próximos confrontos: Colón x Boca; Belgrano x Tigre

Rodrigo Vasconcelos

Rodrigo Vasconcelos entrou para o site Futebol Portenho no início de julho 2009. Nascido em Buenos Aires e torcedor do Boca Juniors, acompanha o futebol argentino desde o fim da década passada, e escreve regularmente sobre o Apertura, o Clausura e a seleção albiceleste

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