Em jogo com final eletrizante, River empata com o Godoy Cruz
No encerramento da 11ª rodada do Apertura, Godoy Cruz e River Plate empataram por 2 x 2 em Mendoza. A partida teve momentos eletrizantes sobretudo no seu final, onde tanto o time da casa quanto o “Millo” tiveram chances para sair com a vitória. O final do jogo ficou marcado por uma decisão duvidosa da arbitragem, que deu um toque de mão do atacante Funes Mori, quando este marcou o que seria o gol da vitória do River.
O primeiro tempo foi de muita marcação de ambos os lados e poucas oportunidades de gol. Mas na primeira chance que teve, o River marcou o gol. E com um toque de sorte. Num belo passe de Pereyra, Pavone ganhou a disputa com Curbelo e chutou a bola na trave. No rebote, o zagueiro Sigali tocou na bola e colocou ela dentro do gol do Tomba. No final do primeiro tempo o River ganhava por 1 x 0.
Omar Asad deve ter dado uma bela repreensão nos seus comandados no vestiário. O Godoy Cruz voltou completamente diferente para o segundo tempo, pressionando o River no seu campo. O gol saiu rapidamente, aos sete minutos, mas numa jogada de contra-ataque. Depois de um escanteio cobrado por Ortega, a zaga do Tomba cortou e a bola ficou com Ramírez. O “Mago” carregou a bola por todo o campo de ataque sem ser atacado pelos zagueiros do River e num chute forte, mesmo defendido por Carrizo, empatou o jogo por 1 x 1.
O gol mostrou as fraquezas da defesa do River, conforme Asad tinha dito na última sexta-feira. Apesar disso, o “Millo” apostava nas bolas enfiadas em profundidade para Pavone. Affranchino num desses passes deixou o artilheiro na cara do gol, sem aproveitamento. E numa bola levantada para a área por Ortega, Pavone entrou livre e marcou o segundo gol do River. O banco de reservas do Tomba reclamou um possível impedimento do “Tanque”, mas a bola tocou por último em Sigali, tornando legal o gol.
Após o gol, Ángel Cappa retirou um atacante (Caruso) por um volante (Ballón). A alteração deixou o River mais retraído, buscando os contra-ataques. E quando o River parecia dono da situação, o Godoy Cruz novamente empatou a partida aos 33 minutos. Ramírez, mesmo com vários jogadores do River na sua frente, deu um passe espetacular para Carranza, que se infiltrou no meio dos zagueiros e chutou cruzado, com violência.
Com o empate, Cappa tirou o jovem armador Erik Lamela e colocou Funes Mori, numa mudança para vencer a partida. Mas a retaguarda do River continuou a errar e por muito pouco Carranza não deu a virada para o time mendoncino. Dois minutos depois, Núñez entrou na área e, numa disputa com Maidana, pediu um pênalti que não foi assinalado por Federico Beligoy.
No seu último lance, o jogo teve o momento mais polêmico. Em um lançamento milimétrico de Ortega, Funes Mori, segundo o árbitro, ajeitou a bola com o braço e fez o terceiro gol do River. No entanto, o assistente que acompanhou o lance não marcou a irregularidade e o fato gerou uma enorme confusão entre o banco dos dois times. Como a decisão do árbitro é a que vale, Beligoy confirmou a impugnação do lance para desespero e raiva de Ángel Cappa. O jogo terminava empatado por 2 x 2 e o River completava sua quinta partida sem vitória.
Na próxima rodada, o River fará o clássico contra o Racing no Monumental de Núñez no sábado. Um dia antes, o Godoy Cruz virá a Sarandí para visitar o surpreedente Arsenal.
GODOY CRUZ – Torrico, Sigali, Curbelo (Nicolás Sánchez) e García; Carlos Sánchez (Núñez), Olmedo, Villar e Rojas; Ramírez; Castillo e Salinas (Carranza).
Técnico – Omar Asad
RIVER PLATE – Carrizo, Ferrari, Maidana, Román e Arano; Affranchino, Acevedo e Pereyra (Ortega); Lamela (Funes Mori); Pavone e Caruso (Ballón).
Técnico – Ángel Cappa
Estádio – Mundialista de Mendoza
Árbitro – Federico Beligoy