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Em grande noite de Messi, FP acompanhou a goleada da Argentina sobre o Equador

Nome do jogo, Messi anotou o terceiro na goleada

Desde Buenos Aires – Lionel Messi. Seria uma falta de respeito ao futebol começar este texto se não estivesse o nome do craque argentino na primeira linha e sendo a primeira palavra. O melhor herdeiro que a mística 10 de Maradona já teve, só não fez chover na vitória desta noite contra o Equador por 4 a 0 no Monumental. Foi peça fundamental nos dois primeiros gols, fruto daquelas mágicas arrancadas, e anotou o terceiro. Na comemoração, bola embaixo da camiseta e a confirmação de que será pai.

A Argentina jogou muito bem e na primeira meia hora liquidou a partida. Três gols que tranquilizaram Messi e cia. e tiraram todas as esperanças equatorianas. No segundo tempo, Di María anotou um golaço para fechar o placar. Com o empate do Uruguay frente a Venezuela na tarde de hoje, o triunfo no Monumental serviu para dar a liderança isolada à Argentina nas Eliminatórias.

AMBIENTE DO JOGO

Desta vez tudo ajudou, o horário, o dia escolhido e até o clima que nesta época do ano já costuma a castigar com o frio, resolveu dar uma “suavizada”. Na chegada ao estádio, muitas famílias e grupos de amigos trajavam as mais elaboradas fantasias, gorros e chapéus com as cores albiceleste. Do lado visitante também muitos rostos pintados e bandeiras sobre o corpo. Os torcedores visitantes entravam cantando o tradicional “Sí se puede”. Em clara referência à superioridade argentina, uma grito de confiança.

Minutos antes da bola rolar, o sistema de irrigação do campo do River foi acionado para molhar um pouco o gramado. Provavelmente um pedido de Sabella que optou por um rápido tridente ofensivo formado por Messi, Aguero e Higuaín. Muitas risadas quando um dos jatos de água, aparentemente descontrolado, encharcou a linha de policias que fazia a segurança na beira da pista de atletismo.

O bom público veio para ver a seleção, mas principalmente para ver Messi. Desde antes das equipes entrarem em campo, as arquibancadas já entoavam o nome do craque demonstrando que o capitão do selecionado também tem total apoio de sua gente. Com os jogadores alinhados para o hino, primeiro o canto à pátria e logo depois, novamente o nome de Messi ecoava por um Monumental lotado. A cada jogada do camisa 10, a cada vez que se aproximava do escanteio para realizar uma cobrança, uma quantidade impressionante de flashes de câmeras fotográficas causavam o efeito que somente um jogador assim possui.

O JOGO

Comemoração com Higuaín, que retribuiu o passe de gol

O Equador em nenhum momento fez frente à Argentina. Sabella apostou numa formação bem ofensiva contra um time que jogou muito aberto. Rueda, mesmo tendo pela frente um adversário tão poderoso, deu muito espaço sobretudo no meio de campo. O resultado não poderia ser outro senão uma goleada. Que começou relativamente tarde, só aos 20 minutos, quando Messi recebeu no meio de campo e arrancou com aquela determinação que todos conhecemos. Passou para Aguero dentro da área chutar cruzado e inaugurar o placar, Argentina 1 a 0.

Jogando fácil, a seleção tocava de pé em pé sem encontrar resistência. Em outra bola robada e passada para o capitão, quase um replay do que foi o primeiro gol, Messi outra vez sai em disparada, desta vez seguido de perto por quatro marcadores. No limite em perder a bola, habilitou Higuaín, que quase na mesma posição que Aguero, também chutou cruzado e indefensável, 2 a 0, sem esforço.

O principal jogador seguia dando show. É realmente impressionante sua velocidade e poder vê-lo ao vivo no estádio, nos passa a sensação de que as câmeras de TV são lentas demais quando assistimos as maravilhas que ele faz pelos campos da Europa. Deu uma “canetinha” humilhante no meio de campo e arrancou sorrisos e aquele “olé” da torcida. Para coroar a bela atuação, o merecido gol. Saiu costurando a defesa e rolou para Higuaín, que de primeira rolou para o meio da área onde Messi já aparecia livre para de chapa, colocar no ãngulo e determinar a vitória, 3 a o.

Os quinze minutos que faltavam do primeiro tempo e todo o segundo tempo apenas deveriam ser jogadors por uma mera decisão protocolar, porque na verdade estes minutos já não faziam nenhuma falta. Durante o intervalo alguns jornalistas argentinos deram início ao debate: Riquelme tem lugar nesta seleção? A maioria entrou em consenso de que este time é rápido demais para o jogo do capitão do Boca.

No segundo tempo parecia que o Equador endureceria um pouco a partida. Teve algumas chegadas ao gol de Romero, mas nenhuma que oferecesse real risco. Argentina tirava um pouco o pé do acelerador procurando dosar a energia. O tempo passava e era bola de um pé para outro, de preferência que o do outro fosse o de Lionel Messi. Em um disparo com a bola dominada, foi entrando, driblando, driblando e quando bateu o goleiro conseguiu espalmar para escanteio. Mas na outra vez que Messi aprontou da suas, aos 30 minutos, a bola sobrou dentro da área e uma mudança de lado encontrou Di María livre que de primeira e num “quase” voleio, colocou no cantinho rasteiro, 4 a 0.

Os cantos no estádio se resumiam basciamente em dois: “Argentina, Argentina, Argentina” e “Olê, olê, olê, olê, Messi, Messi”. Higuaín ainda proporcionou um lance nostálgico para todo argentino, quando em um toque com a mão, tentou encobrir o goleiro. Não teve tanto sucesso quanto Maradona e além da bola ir para fora, recebeu o cartão amarelo.

Para o final de jogo, a torcida argentina reservou algo bem criativo direcionado ao público visitante. Em um tom bem humorístico, fizeram questão de relembrar aos equatorianos: “No se puede, no se puede, no se puede”. De fato a missão desta noite era muito complicada e com Messi jogando o que jogou, praticamente impossível.

COLETIVA DE IMPRENSA

O primeiro a “enfrentar” os jornalistas foi o técnico do Equador, Rueda. Enfrentar literalmente é o melhor termo. Precisou aguentar um bombardeio de perguntas dos profissionais de seu país que criticavam principalmente o sistema defensivo armado pelo treinador. Em uma das vezes teve que responder se uma derrota destas, é suficiente para derrubá-lo do cargo. Talvez os repórteres tenham se esquecido que jogaram contra um dos, senão o melhor ataque do mundo.

Depois foi a vez de Sabella analisar a partida. Elogiou seu capitão ao afirmar; “Para o Messi não podemos pedir mais nada, apenas agradecer por ele estar do nosso lado”. Quando o tema foi o resultado dilatado, confirmou o que todos no estádio puderam ver; um grande domínio no primeiro tempo de um ataque de importante hierarquia. Quando nós do FP perguntamos se para o amistoso contra o Brasil no próximo sábado escalaria outra vez o tridente ofensivo, Sabella fez uma longa pausa e uma cara de dúvida. Na sequência veio a resposta: “Acho que não. Preciso analisar, mas num primeiro momento eu não escalaria”.

DAQUI A POUCO, AS FOTOS DO AMBIENTE DE ARGENTINA 4 X 0 EQUADOR

Argentina (4): Sergio Romero; Pablo Zabaleta, Federico Fernández, Ezequiel Garay, Clemente Rodríguez; Fernando Gago, Javier Mascherano, Ángel Di María (Maximiliano Rodríguez); Lionel Messi, Sergio Agüero (José Sosa) e Gonzalo Higuaín (Ezequiel Lavezzi). DT: Alejandro Sabella.

Equador (0): Alexander Domínguez; Gabriel Achillier, Jairo Campos, Jorge Guagua, Walter Ayoví; Cristian Noboa, Pedro Quiñónez, Luis Saritama (Jaime Ayoví), Luis Antonio Valencia, Cristian Suárez (Jefferson Montero); Cristian Benítez (Renato Ibarra). DT: Reinaldo Rueda.

Gols: 19′ PT, Sergio Agüero (A); 29′ PT, Gonzalo Higuaín (A); 31′ PT, Lionel Messi (A); 30′ ST, Ángel Di María (A).
Amarelos: 33′ PT, Federico Fernández (A); 6′ ST, Sergio Agüero (A); 10′ ST, Jaime Ayoví (E); 21′ ST, Gonzalo Higuaín (A); 41′ ST, Javier Mascherano (A).

Leonardo Ferro

Jornalista e fotógrafo paulistano vivendo em Buenos Aires desde 2010. Correspondente para o Futebol Portenho e editor do El Aliento na Argentina.

View Comments

    • Mario, acabamos de complementar. Desculpe pela demora em responder.
      Abraços
      Thiago Henrique - Editor

  • De qualquer forma, pelo que pude ver, foi a melhor apresentação da seleção desde quando Alfio Basile era o técnico

  • messi melhor do mundo vamos ensina os brasileiros a jogar bola ea tal de cai cai brasileiro que a inprença dis que eo pele

  • Thiago, você é o editor então. Meus parabéns ! Acompanho o site a 3 anos, desde o início,quase que diariamente, bom saber que existem outras pessoas que apreciem o futebol argentino. Parabéns pelo trabalho e muito obrigado !

  • messi eo melhor de todos os tempos!!!! pelé foi rei em terra de cego,
    o futebol hj, e muito mais dificil que antigamente, hj, todas as equipes aprenderam a jogar bola. nao eram leigos no futebol, como antes.
    e so vc comparar jogos de hoje em dia e da epoca de pelé, pow, a seleçao brasileira ja perdeu pra venezuela, agora tu ve! rs. nao e a seleçao que ficou pior, foram os outros jogadores que aprenderam a jogar. na epoca de pelé ele tinha os melhores jogadores a seu favor, antes os melhores eram brasileiros! ja hoje em dia e diferente. os zagueiros na epoca de pelé eram muitos ruins eles chegavem na jogada, igual a um cavalo sem noçao do que ia fazer ai era mole dar um drible!! na epoca de messi os marcadores nao vem mais de primeira na bola hj, ele cercam os atacantes ai fica muito mais dificil vc dar um drible, entao? se o messi hj faz oq faz, imagine ele jogando na epoca de pelé!!!! pense!!!

    MESSI E O MELHOR DE TODOS OS TEMPOS!!!!!!!!!

  • Meus amigos gostei muita da argentina deste sabado...apesar de achar que no lugar de higuain poderia jogar um meia, mais nois no momento tbm nao temos esse tal meia que convensa né..

    Vamos ver agora contra o Brasil né.., pra vcs como tem que ser o time da Argentina ?

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