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Em duro embate, Lanús vence Godoy Cruz e se aproxima da Libertadores

Em disputa no Sul de Buenos Aires não somente três pontos e uma melhor posição na tabela do Apertura. Valia também se aproximar da vaga à Libertadores de América. O Lanús começou como uma avalanche até fazer o gol. Depois ficou tão morno que parecia atuar em Mendoza. E o Godoy se aproveitou. Pressionou e quase empatou. Depois do intervalo o Granate continuou do mesmo jeito. O visitante também. Dessa forma, logo no início aconteceu o empate. Então o Granate voltou a acordar. Pôs a pelota no chão e foi para cima do Tomba. Quando parecia que não venceria chegou lá. Foi aos 36 minutos em ótima jogada de Romero que Regueiro aproveitou. Uma vitória importantíssima para o Lanús que, assim como seu adversário, parece ter perdido a pegada da temporada anterior. Agora tem motivos para se animar já que à vaga ao mais valioso torneio continental se aproxima.

A equipe local tentou pressionar e buscar a vitória desde os primeiros minutos. Aos 13 chegou com Valeri, que arrematou de fora da área e a pelota saiu. Aos 24 minutos, após cobrança de escanteio Paulo Goltz cabeceou praticamente desmarcado no segundo pau e guardou: 1×0 para o Granate. De repente a pressão acabou. E o que se viu foi que os comandados de Schurrer recuaram e deram campo para o conjunto de Mendoza. Somente aos 34 minutos foi que o Lanús chegou novamente por meio de Pavoni. Neste entretempo só deu Godoy Cruz. Antes dos 30 chegou duas vezes. Aos 37 chegou novamente com Damonte.

O domínio da partida pelo Tomba preocupava Schurrer. O conjunto granate parecia ignorar sua própria hinchada e se comportava como quem aceita facilmente a pressão do rival. Para o Granate, o melhor era que a primeira etapa terminasse o mais rápido possível. O que aconteceria logo depois, e com a vitória parcial dos locais.

Na volta do intervalo nada mudou na proposta do Lanús, que continuava defensiva e conservadora. Por sua vez, o Tomba buscava a igualdade e posicionava sua segunda linha cada vez mais próxima do ataque. Sem deixar o conjunto granate respirar, chegou ao gol logo aos três minutos. Em cobrança de córner da esquerda foi possível de se assistir um toca-toca de cabeça dentro da área granate, sem que sua defesa conseguisse interceptar. Então apareceu Guido Pizarro para interceptar a bola de Olmedo. Fez contra. Colocou a pelota no arco de Marquesín: 1×1.

Foi então que o Lanús acordou. Foi para cima do visitante e permitiu aos torcedores que vissem um espetáculo melhor. Com os avanços ao ataque, os locais deixavam um grande espaço para os mendocinos explorarem o contra-ataque. Neste panorama quem quase chegou ao segundo gol foi o Lanús. Novamente com Paulo Goltz. Aos 16 minutos. E novamente de cabeça após cobrança de córner. Aos 19 o Granate chegou novamente e mostrava que a configuração da partida mudava. Era então aquele conjunto que atuou muito melhor que o Godoy nas disputas da Sul-Americana, embora não tenha ficado com a vaga.

A pressão foi total do Granate. O visitante se defendia bem, mas se mostrava perigoso quando ia ao ataque. Mas ia pouco. Na cancha, a alma era do Granate. Algumas vezes mais chegou, porém nada de gol. De repente parecia que as coisas seriam as mesmas do último encontro entre as equipes, no Sul de Buenos Aires: o Granate atacava, pressionava e nada de fazer o gol decisivo para cima do Tomba. Porém, aos 36 minutos, uma pelota cruzou toda a meia cancha e encontrou Romero na ponta direita do ataque. Ele fez jogada fantástica e tocou para Regueiro guardar: 2×1 para o conjunto do Sul de Buenos Aires. A partir daí foi só tentar não dar campo para os visitantes igualarem novamente. Com o apito final de Carlos Maglio, o Lanús conseguiu uma importante vitória, que certamente será vital na soma para se classificar à Libertadores de América. Na próxima rodada o Lanús será visitante na cancha do Taladro, enquanto o Godoy Cruz receberá em Mendoza o irregular conjunto do Estudiantes de La Plata.

Formações:

Lanús: Agustín Marchesín; Carlos Araujo, Paolo Goltz, Diego Braghieri, Luciano Balbi; Guido Pizarro (Silvio Romero), Matías Fritzler, Eduardo Ledesma; Diego Valeri (Mauricio Pereyra), Mario Regueiro; e Mariano Pavone (Leandro Díaz). Técnico: Gabriel Schurrer.

Godoy Cruz: Sebastián Torrico; Lucas Ceballos, Leonardo Sigali, Nicolás Sánchez, Germán Voboril; Diego Villar, Nicolás Olmedo (Álvaro Navarro), Israel Damonte, Ariel Rojas; Armando Cooper (Facundo Castillón ) e Rubén Ramírez. Técnico: Jorge Da Silva.

Joza Novalis

Mestre em Teoria Literária e Lit. Comparada na USP. Formado em Educação e Letras pela USP, é jornalista por opção e divide o tempo vendo futebol em geral e estudando o esporte bretão, especialmente o da Argentina. Entende futebol como um fenômeno popular e das torcidas. Já colaborou com diversos veículos esportivos.

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