A partida começou morna em San Juan. Não por causa do Denfe e ssim por causa do River, que entrou sonolento no campo. O Denfe marcava a saída de bola do River e não o deixava respirar. Estava bonito. Mas não demorou muito. Logo o Millo tomou conta do jogo e colocou o Defensores plantado no seu campo de defesa. Contudo, o domínio millionario não produzia quase nada. Fato é que tinha a posse de bola e uma atuação despreocupada de seus jogadores. O problema é que Cavenaghi e “Chori” Domínguez não se aproximavam e dificultavam a finalização das jogadas.
O cenário começou a mudar a partir dos 20 minutos com uma chegada de Cavenaghi. Dois minutos depois o capitão millionario chegava de novo. Nas duas oportunidades se precipitou na definição. A primeira vai lá. Vários jogadores do Denfe dificultavam o arremate da pelota, que foi desviado e saiu a córner. A segunda, contudo, bah!…Sozinho na frente do arqueiro e praticamente recuou a pelota sem nenhuma explicação.
Nada de gols nas jogadas. Porém, elas foram um verdadeiro golpe na pouca confiança do Dragão. O resultado disso foi o encolhimento do Denfe. E o River ficou com o campo todinho para ele. Em rara tentativa de atenuar o problema, foi lá o Defensores para o ataque. Nada aconteceu, exceto um contra-atque cedido ao River. Em toque celebre, Cavenaghi colocou “el Chori” na cara do gol de Griffo. Sem ter muito o que fazer, o arqueiro foi buscar a pelota, então colocada com habilidade no canto esquerdo de seu arco: 1×0 River Plate.
O volume de jogo do River cresceu. O Denfe, no mínimo, também. O jogo melhorou. Mas só na movimentação dos atores. Criatividade de um lado ou de outro não se via. Mas surgiram jogadas. Aos 38, Cavenaghi se livrou bem do marcador e arrematou forte para uma excelente defesa de Griffo. Por sua vez, o Dragão teve sua oportunidade pouco antes do fim, aos 41. Mas nada que modificasse o placar da primeira etapa. O 1×0 foi justo, inclusive nos números.
Na segunda etapa nada daquela história de o Defensores ficar lá atrás, com medo do River. Adiantou sua marcação e com base em boa condição física foi para o ataque na busca da igualdade. Mas, se o volume de jogo do Denfe cresceu a equipe continuava pecando nas definições. Circulava o arco de Vega e maltratava os zagueiros do River. Contudo, o gol não saía. Por quê? Uma das razões era que os homens do Dragão corriam para defender e atacar. Mas, até por isso, faltavam pernas para ficar com a sobra de bola que explodia na defesa do River e voltava. Outro problema é que embora Ortega estivesse muito bem na partida pecava justamente naquilo que tinha de melhor, o passe decisivo. O Burrito errava todos e não ajudava sua equipe. Apesar disso, aos 27 minutos, o arqueiro Vega precisou fazer uma grande intervenção para evitar o empate.
À medida que o tempo passava a partida ficava sob o domínio do Denfe. O Dragão era já o dono do segundo tempo. Só não fazia o gol, porque repetia os mesmos erros de sempre: precisão nas conclusões. Finalmente Rapallini apitou o final do cotejo e o el Más Grande venceu por 1×0. O resultado final poderia ser um empate, porém ele fez justiça, ao menos, ao poder de conclusão do River, que foi a única coisa que diferenciou as duas equipes em mais uma noite de futebol pela Copa Argentina em San Juan.
Formações:
River Plate: Daniel Vega; Luciano Vella, Germán Pezzella (G. Pires), Ramiro Funes Mori, Carlos Arano; Facundo Affranchino, Ezequiel Cirigliano, Cristian Ledesma (A. Ríos), César González; Alejandro Domínguez (Cazares) e Fernando Cavenaghi. Técnico: Matías Almeyda.
Defensores de Belgrano: Leonardo Griffo; Pablo Batallini, Arturo Villasanti, Martín Alberich, Iván Nadal; Santiago Sommariva, Miguel Porcel, Cristian Lillo (Daolio), Arnaldo González (Ritacco); Ariel Ortega e Alejandro Noriega (Diego Coria). Técnico: Rodolfo Della Picca.
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O River só jogou um tempo. Tentou administrar e contou com a falta de categoria do adversário. E o Instituto, quem diria!!!!!!!