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Elementos em comum entre Newell’s e Vélez

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Sebá Domínguez pelos adversários de hoje, onde defenderá o Vélez

Hoje é dia de alguns jogos de volta envolvendo argentinos nas oitavas-de-final da Libertadores: Boca-Corinthians e Newell’s-Vélez. Os adversários de ambos os confrontos têm seus elementos em comum. Sobre os finalistas do ano passado, já fizemos um especial (aqui) – a única mudança para a atualidade seria a inclusão de Juan Manuel Martínez. Já a interseção de Newell’s e Vélez é menos cheia, embora também tenha um representante hoje: o zagueiro Sebastián Domínguez, também ex-corintiano.

Sebá chegou ao Corinthians na virada de 2004 para 2005, apresentado pela famigerada MSI ao lado do compatriota Tévez. Desconhecido dos brasileiros, era amparado por sua eleição como melhor zagueiro do Apertura 2004 – vencido por seu Newell’s Old Boys, do qual era capitão, no ano do centenário do clube. Outro sabor especial era que, ali, o Ñuls ultrapassou o arquirrival Rosario Central em títulos argentinos (5 contra 4); o vice foi justamente o Vélez, que, com El Negro Domínguez, deu o troco no campeonato passado, onde deixou o NOB em segundo.

Sem ter se firmado no Brasil, o zagueiro participou exatamente dos últimos títulos de suas duas equipes argentinas. A Lepra, onde debutara em 1999, ainda não venceu depois de 2004. Chegado ao Vélez em 2009, Sebá foi campeão já naquele ano e também em 2011 e 2012, os três últimos nacionais velezanos. Foi pelo clube de Liniers também que ele chegou à seleção, sendo usado ocasionalmente desde 2009, normalmente em jogos só com atletas caseiros.

Os últimos títulos do Newell’s antes de 2004 foram em 1991 e 1992. E aí encontram-se outros elementos em comum com o Vélez: um é Marcelo Bielsa, o técnico daquelas conquistas e com quem a Lepra chegou à final da Libertadores de 1992, contra o São Paulo. O Tricolor de Telê Santana é outro fator que une a Sangre y Luto com La V Azulada. Os paulistas venceram nos pênaltis os rosarinos no Morumbi, decretando o fim da fase áurea do NOB. Dois anos depois, seriam os velezanos de Carlos Bianchi quem iniciaram seus anos dourados: levaram a melhor, também nos pênaltis, no mesmo Morumbi.

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Até então, os leprosos eram os mais consistentes concorrentes ao posto simbólico de “sexto grande” do futebol argentino (os cinco são Boca, River, Racing, Independiente e San Lorenzo), que tradicionalmente é do decadente Huracán. O Vélez, que tinha apenas dois títulos argentinos, arrancou após vencer a Libertadores e atualmente já tem nove, além da Intercontinental de 1994, da Supercopa 1996 e da Recopa 1997, fazendo da instituição de Liniers uma nova e mais robusta concorrente ao rótulo.

Sobre a curta, mas marcante, Era Bielsa no Ñuls (cujo estádio, o Coloso del Parque, foi oficialmente batizado em 2009 com o nome do treinador, torcedor fanático do clube), já falamos o suficiente aqui e aqui. Ele retirou-se após vencer o Clausura 1992, semanas depois da derrota na final da Libertadores. No Vélez, o atual técnico do Athletic de Bilbao chegou em 1998. Bianchi fora treinar a Roma em 1996 e o clube de Liniers perdera um pouco do poderio.

Bielsa passou somente aquele semestre no Vélez, o suficiente para ser campeão com três rodadas de antecipação em um torneio curto de turno único. Maiores detalhes virão em duas semanas, quando esse título completará redondos 15 anos e receberá especial para si. Desgastado com os jogadores, porém, aceitou oferta do Espanyol, mas ficou pouco: ainda em 1998, seu recente trabalho nos fortineros e o convite recusado pelo antecessor Carlos Bianchi convenceram a Associação do Futebol Argentino a contratar El Loco para a seleção, após a saída de Daniel Passarella depois da Copa do Mundo.

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Caio Brandão

Advogado desde 2012, rugbier (Oré Acemira!) e colaborador do Futebol Portenho desde 2011, admirador do futebol argentino desde 2010, natural de Belém desde 1989 e torcedor do Paysandu desde antes de nascer

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