Domingo será decisivo para o Racing. Tanto em campo, quanto nas urnas
Em um dos momentos mais importantes da história do Racing após 13 anos, com a possibilidade de conquistar um título argentino, institucionalmente o clube terá um momento decisivo para os próximos anos. Antes do duelo contra o Godoy Cruz, marcado para as 21h30 (de Brasília), haverá as eleições presidenciais do clube. E pouco se sabe quem poderá conquistar o direito de ficar mais alguns anos à frente do Racing.
O espanhol Víctor Blanco, que assumiu o time no ano passado após uma crise institucional, Pablo Podestá, sempre influente no clube, e Mariano Cúneo Libarona são os nomes mais cotados para comandar o clube para os próximos três anos. Daniel Lalín corre por fora através da chapa ‘Gente de Racing’. No entanto, nenhum deles é fraco favorito. Os 20 mil sócios habilitados a votar, entre 9h e 19h (de Brasília) estão com várias posições e ideias.
A favor de Blanco, há um controle financeiro em pouco menos de um ano. Hoje o time está com um passivo de 95 milhões de pesos, algo que segundo o atual presidente “é controlável”. O déficit mensal, no entanto, continua alto, com 3 milhões de pesos. “A ideia é baixá-lo ainda mais”, disse em entrevista ao Diário Olé. Mesmo com tal discurso, o dirigente investiu muito em jogadores e não aproveitou tão bem a base como alguns gostariam.
Já Pablo Podestá contra uma equipe técnica muito boa ao seu favor. A intenção é justamente investir mais nas categorias de base. Tanto que critica abertamente a folha salarial do clube. Quando esteve no clube como vice-presidente, garante que gastou pouco com os jogadores, algo em torno dos 750 mil pesos mensais. Contudo, a falta de títulos e as frequentes ameaças de rebaixamento deixam os torcedores um quanto que receosos.
Já Cúneo Libarona é um influente advogado na Argentina. Defende arduamente o Racing, mas sempre envolvido em causas favoráveis a vilões. Defendeu Guillermo Coppola em um famoso caso envolvendo meio quilo de cocaína em um jarro. Em 2001, esteve ligado a Carlos Menem, onde defendeu seu ex-assessor por conta de uma venda de armas para Equador e Croácia e o próprio ex-presidente, acusado também de tráfico de armas e lavagem de dinheiro. Como uma de suas propostas, quer que as mulheres participem mais do clube e instalar uma política de contratações.
Em meio aos postulantes, é certo que antes mesmo do início do jogo contra o Godoy Cruz, o Racing já tenha um novo presidente. O resultado do duelo não ajudará em absolutamente nada a Blanco, que quer se manter no clube. Uma vitória com título argentino será coincidência. Assim como uma derrota.