Desde Buenos Aires – Mesmo com pouco tempo atuando como treinador na Espanha, leva apenas 5 meses comandando o Atlético de Madrid, Diego Simeone se tornou um ídolo incontestável. Obviamente o título conquistado de forma irretocável na última quarta-feira, diante do também badalado Bilbao de Bielsa, ajudou e muito no novo status assumido por Simeone. Além disso, quando jogador, atuou por três temporadas defendendo as cores do Atlético, tendo conquistado dois troféus: o campeonato espanhol de 1995/1996 e a Copa do Rey de 1996.
O DNA de vencedor corre nas veias de Simeone. Também levantou taças em outros clubes do Velho continente como Lazio e Inter de Milão. Defendendo a seleção argentina, duas Copas América, uma Copa das Confederações e uma medalha de prata nos Jogos Olímpicos de 1996.
Como treinador, estreou no clube de coração; o Racing no ano de 2006. Fez uma campanha discreta, mas chamou atenção do Estudiantes de La Plata para onde foi e levantou o Apertura de 2007. No ano seguinte mudou-se para Nuñez e conduziu o River na conquista do Clausura de 2008, mas renunciou o cargo depois de uma pífia campanha no Apertura do mesmo ano, o Millonario terminou em último e ainda viu o Boca comemorar o campeonato. Assumiu outro grande, o San Lorenzo na temporada 2009/2010, mas passou desapercebido terminando no sétimo posto.
Daí partiu para sua primeira experiência na Europa como técnico, dirigiu o modesto Catania e conseguiu manter o time na primeira divisão do Calcio. Enquanto negociava sua saída do clube italiano, já veiculava a possibilidade de assumir o Atlético, equipe que Simeone sempre manifestou o interesse em retornar um dia. Mas antes de voar a Espanha, fez uma nova escala em Buenos Aires para treinar sua outra paixão; novamente o Racing em 2011. Era um time que enfrentava sérios problemas no ataque e de conseguir resistir e manter os resultados, algo que ainda hoje Zubeldía luta para resolver.
Teve uma saída turbulenta e mal explicada da Academia para então, finalmente, cumprir com seu desejo e assumir o Atlético de Madrid. O time ainda tentava se encontrar depois de haver perdido suas duas principais estrelas no meio de 2011: Diego Forlán e Kun Aguero, mas Simeone soube dar uma nova cara a equipe tendo em Falcao García e Diego (ex-Santos) suas principais estrelas. Sua coroação foi completa nesta semana, depois da vitória por 3 a 0 sobre o AthLetic de Bilbao e que lhe rendeu a Liga da Europa da UEFA. De quebra tornou-se o quarto argentino a conseguir levantar um caneco europeu, depois de Luis Carniglia, Helenio Herrera e Alfredo Di Stéfano.
O lastro de vencedor Simeone já possui, agora precisa pegar o gosto em levantar taças.
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