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Assim como no Clausura, Racing vence Boca na Bombonera

O primeiro clássico do Apertura e de Cláudio Borghi a frente do Boca terminou exatamente como no Clausura 2010. O próprio placar se repetiu, inclusive na questão da virada dos visitantes. Curiosamente, até o fato dos anfitriões terem sofrido gols em falhas defensivas faz lembrar do último triunfo blanquiceleste na Bombonera. Miguel Angel Russo agradece uma vez mais, e o Racing consegue, por 2 x 1, a segunda vitória no campeonato e no estádio mítico Xeneize.

Uma partida, aliás, que teve os estreantes como protagonistas, mesmo que a história tenha mimetizado a do último encontro no mesmo palco. Clemente Rodríguez voltava a vestir azul e amarelo depois de três anos.

O lateral ex-Estudiantes começou seu retorno da melhor forma possível: protegeu bem o lado esquerdo, embora jogasse como carrilero e não como defensor. E para completar, estava presente no ataque para servir Viatri no primeiro gol: 1 x 0, aos 9 minutos.

Esta, porém, se configurou como uma das raras vezes em que tanto ele quanto Jesús Mendez ajudaram no ataque. Somando isso a falta de enganche no time titular, e a atuação apagada de Escudero, o resultado produziu um Boca pouco criativo. O 3-4-1-2 de Borghi, praticamente idêntico ao que usou no Argentinos Juniors, não tinha um jogador como era Facundo Cória, para organizar o jogo.

Para completar, ainda comete alguns erros antigos na defesa, embora os três zagueiros tenham todos chegado recentemente ao clube Xeneize. Nos 20 minutos finais do jogo, graças a melhor de outro estreante, a Acadêmia soube bem aproveitar isso.

Giovanni Moreno, honrou a 10 que vestia e conduziu sua equipe a pressionar os anfitriões. Medel passou dificuldades para marcá-lo, e na única vez que conseguiu parar o colombiano, o fez na falta que gerou o gol de empate. A zaga do Boca deixou a desejar na marcação, e Yacob não perdoou ao lado da trave: 1 x 1, aos 33. Estava impedido, mas Sérgio Pezzotta e seus auxiliares deixaram o lance seguir.

Após a volta dos vestiários, também saiu dos pés do jovem estreante blanquiceleste o contra-ataque da virada. Moreno não conseguiu vencer Lucchetti, e a defesa auriazul parecia ter o lance sob controle. Até que Clemente Rodriguez, o outro debutante da tarde, tropeçou na Jabulani, que se manteve parada na área, apenas esperando o belo chute de Marco Cáceres: 1 x 2, aos 5 da etapa final.

Com a virada nas mãos, Miguel Ángel Russo passou uma ordem clara a seus comandados: “Prendam mais a bola e tenham mais cuidado lá atrás”. Os jogadores da Acadêmia entenderam bem o recado e formaram uma marcação retraída que anulou qualquer perigo que o boca pudesse tentar. Mesmo após a entrada de Cañete, Mouche e Araujo, três jogadores de qualidade ofensiva reconhecida.

Aliás, além de suportar a pressão Xeneize, a equipe de Russo ainda conseguiu mais lances de perigo nos contragolpes facilitados pela sobra de espaço na defesa de Borghi. Sobretudo após os ingressos de Castroman e Hauche, jogadores descansados que imprimiram velocidade e habilidade a estes ataques rápidos. Entretanto, igualmente não conseguiram nenhum resultado concreto, e o placar se manteve 2 x 1.

BOCA JUNIORS: Lucchetti; Cellay, Caruzzo e Insaurralde; Méndez (Cañete), Battaglia, Medel e Clemente Rodríguez; Escudero (Mouche); Viatri (Araujo) e Palermo. DT: Cláudio Borghi

RACING CLUB: R. Fernández; Cáceres, Aveldaño, Martínez e Cahais; Yacob e Toranzo; Lugüercio (Castromán), Moreno (Hauche) e Licht (J.L. Fernández) ; Bieler. DT: Miguel Ángel Russo

Rodrigo Vasconcelos

Rodrigo Vasconcelos entrou para o site Futebol Portenho no início de julho 2009. Nascido em Buenos Aires e torcedor do Boca Juniors, acompanha o futebol argentino desde o fim da década passada, e escreve regularmente sobre o Apertura, o Clausura e a seleção albiceleste

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Tags: BocaRacing

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