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De duas famílias do futebol de Córdoba ao Real Madrid: 70 anos de Carlos “Chupete” Guerini

Jogadores de destaque herdeiros de outros famosos não são algo incomum no futebol. Um herdeiro de duas linhagens distintas é mais incomum. Nos anos recentes, Diego Forlán honrou o pai Pablo Forlán e o avô materno, Juan Carlos Corazzo, todos vencedores da Copa América. E “Chicharito” Hernández jogou a Copa do Mundo tal como o pai, também chamado Javier Hernández, e o avô materno, Tomás Balcázar. Enquanto aguardemos o futuro de Benjamín Agüero Maradona, vale relembrar a carreira de Carlos Alfredo Guerini Lacasia, que hoje faz 70 anos. Raro ídolo em comum nos rivais cordobeses Talleres e Belgrano, El Chupete, tal como Forlán, Chicharito e Agüero pai, também chegou a Madrid.

Antes, um contexto. Como detalhamos neste outro Especial, normalmente considera-se que Córdoba tem quatro forças: a dupla da principal rivalidade, Belgrano e Talleres, e a dupla secundária, Instituto e o Racing local, assumidamente inspirado no original de Avellaneda também no escudo, uniforme e até no apelido Academia. Mas, assim como o Rio de Janeiro tem o America e São Paulo tem a Portuguesa, os cordobeses têm ainda um quinto elemento tradicional. O General Paz Juniors, cujos pontos altos contamos à parte, quando o time do bairro de General Paz chegou ao centenário. E o principal momento do Juniors, como é resumidamente chamado, deu-se em 1943, já sem sua primeira grande revelação – o volante Manuel Giúdice, que teria destaque por Huracán e River antes de vencer como técnico as duas primeiras Libertadores do futebol argentino, no bi de 1964-65 com o Independiente.

O “quinto grande” conquistou naquele ano pela primeira vez o campeonato cordobês (o campeonato argentino, apesar do nome, seguia restrito de modo oficial à Grande Buenos Aires, La Plata e Rosario na época). Nem mesmo o Racing havia ainda conseguido algo para o bairro de Nueva Italia; até então, somente o Universitario, no ano anterior, havia furado o domínio dos outros três, com o Belgrano já tendo levado quatorze troféus ao bairro de Alberdi; o Talleres faturado outros onze para o bairro Jardín; e o Instituto se intrometendo com seus quatro títulos – todos seguidos, entre 1925 e 1928, período que rendeu aos alvirrubros do bairro Alta Córdoba o apelido de La Gloria. A façanha do Juniors não se resumiu aos limites cordobeses. Na época, o bairrismo dos clubes portenhos foi levemente mitigado com a breve existência da Copa de la República, espécie de Copa Argentina da época que envolvia os principais clubes do campeonato “argentino” e os campeões interior afora.

Ataque de 1943 do General Paz Juniors: Humberto Martínez, Carlos Lacasia, Ricardo Zuliani, Alfredo Guerini e Francisco García. À direita, Carlos Guerini no mesmo clube

O ano de 1943 marcou precisamente a primeira edição dessa Copa, preparada para os festejos dos cinquenta anos da AFA. E os novatos lograram a primeira afirmação nacional de um clube cordobês, indo à final. Na trajetória, 6-0 no Sarmiento de Catamarca; 9-6 após prorrogação (!) de 60 minutos (!!) com o Nacional (hoje Argentino) de Mendoza, após empatarem nos últimos cinco minutos uma derrota parcial de 5-3 (!!!); 3-2 no primeiro time “pesado”, o Newell’s, vice-campeão da edição seguinte; e 5-4 no San Martín de Tucumán, por sua vez exatamente o campeão da edição seguinte. Essa vitória classificou o Juniors à final contra o gigante San Lorenzo e os cordobeses conseguiram impor três gols. Porém, sofreram oito, e só não ocorreu um nono porque o goleiro José Molinolo defendeu um pênalti. Os tentos de honra dos albos foram anotados por Alfredo La Luria Guerini, duas vezes, e por Carlos Lalo Lacasia. A goleada não impediu que o elenco vice-campeão fosse apelidado de Los Poetas del Césped (“Gramado”).

Alfredo Guerini foi vendido ao Estudiantes já em 1944 e a despeito de uma espetacular estreia com quatro gols no Independiente, terminou aquém do esperado pelo pouco profissionalismo. Apesar do físico robusto, Lacasia foi mais longe, fazendo história no Independiente: em 1953, integrou um quinteto ofensivo do Rojo utilizado inteiramente pela seleção, algo inédito para qualquer clube. E justamente na primeira vitória da Albiceleste sobre a Inglaterra. A parceria entre Guerini e Lacasia estendeu-se além do campo, com os parceiros tornando-se cunhados. Assim, em 10 de março de 1949 nascia Carlos Alfredo Guerini Lacasia em Córdoba. Seu time do coração, por influência do tio, seria o Independiente. Embora Guerini filho inicialmente defendesse Los Vagos, clube de rua onde fora um dos fundadores, seu berço foi naturalmente o Juniors, entrando no time adulto em 1966. Meia-armador na base, foi então colocado na ponta.

Se no basquete o Juniors encantava a Argentina com as chamadas Estrellas Blancas, no futebol, sua equipe, embora campeã cordobesa em 1964, seguia refém daquele passado: seu outro único título seguia sendo aquele de 1943. El Chupete (“A Chupeta”, apelido decorrente do rosto infantil) não solucionaria o jejum. Mas sua velocidade, arremate potente com a canhota, habilidade para assistências e galopes em diagonal e boa precisão de fora da área foram reconhecidos inicialmente pelo Talleres, onde jogou brevemente em 1968; e depois pela seleção cordobesa que em 1970 enfrentou a própria Argentina – perdendo por honroso 3-1. Aí veio o serviço militar obrigatório, alistando-se na marinha e arranjando um contrato de ocasião com o Rosario Puerto Belgrano, clube de Bahía Blanca, cidade onde aquartelou-se. Embora Bahía esteja na província de Buenos Aires, os times do arredores tampouco eram admitidos no campeonato argentino, em função da distância.

Lacasia, depois ídolo do Independiente (time do coração de Guerini, que na segunda imagem usou a camisa do clube para responder indagação da imprensa a respeito) e Chupete são raro caso de tio e sobrinho na seleção argentina

Os bahienses estavam confinados à “liga do sul bonaerense” e o Puerto ganhou-a em 1971, embora ficasse nisso; era preciso ainda passar por uma seletiva para qualificar-se ao Nacional, torneio criado em 1967 para devolver algum lugar ao sol aos clubes do interior, ao passo que o campeonato “argentino” havia adequadamente sido renomeado de Metropolitano. Sem nunca se acostumar à ventania de Bahía Blanca, Guerini pôde voltar a Córdoba e foi inicialmente alistado pelo Racing local – não sem antes deixar o clubismo de lado e marcar dois gols em vitória de 3-2 amistosa sobre o Independiente do coração. Se a liga de Bahía Blanca apenas classificava a uma seletiva, a cordobesa, mais prestigiada, já tinha vaga direta no Nacional. Tornou-se bastante comum que rivais cordobeses acertassem empréstimos de jogadores ao clube que se classificasse, buscando capitalizar com a vitrine que eles ganhariam.

O campeão cordobês de 1971 havia sido o Belgrano, que então classificou-se para o Nacional de 1972. Emprestado a La B, Guerini foi fulminante: ficou a apenas dois gols da artilharia, mesmo com os celestes longe de classificarem-se ao mata-mata, em sexto em uma chave de treze times. Foram doze gols do ponta, incluindo um hat trick no 3-0 sobre o San Martín de Tucumán e os dois do 2-2 com o Boca. Guerini também vazou o Newell’s (3-1, em Rosario), Estudiantes (1-1) e dois times bastante fortes na época, o Huracán de César Menotti (1-1, na capital federal) e o Chacarita (3-1). A primeira oferta que a visibilidade rendeu ao Chupete, porém, não foi de nenhum clube maior e ainda assim o tentou: foi da FIAT, onde trabalhava o tio Lacasia. Em tempos em que jogar futebol não rendia cifras astronômicas, especialmente no interior, a proposta do gerente da empresa era o suficiente para o ponta, que em paralelo aos jogos já havia trabalhado como vendedor de alfajores e laranjas nas arquibancadas, de leiteiro e em uma bodega: “era o que buscávamos então, ter trabalho. Estava feliz. Na época, o teu rival da tarde encontravas no outro dia no baile ou na linha de montagem”.

Àquela altura, Guerini deixava de ser o sobrinho de Lacasia e era este quem orgulhosamente, dizia-se tio de Guerini. E o Boca logo bateu à porta da revelação, que ainda assim foi relutante, mas atendeu ao conselho da própria esposa. Deu certo: assim como nos inícios de Belgrano, Guerini teve uma passagem meteórica nos auriazuis, mas chamativa desde os amistosos de pré-temporada. Neles, já acumulava sete gols, incluindo dois em 4-1 no Grêmio dentro do Olímpico, um cada na dupla Nacional e Peñarol, além de clássicos amistosos com Racing, Independiente e San Lorenzo. Ao longo do Torneio Metropolitano, deixou outros oito gols em boa dupla com o também cordobês Hugo Curioni, incluindo em vitória de 5-2 no Superclásico. Já em 17 de maio Guerini fazia sua estreia pela seleção argentina, em 1-1 com o Uruguai pela Copa Lipton. Mas ainda antes do fim do Metropolitano, em que o Boca ficaria com o segundo lugar, Guerini foi vendido ao futebol espanhol.

Guerini com o tio Lacasia e em duas imagens com o também cordobês Hugo Curioni: como adversário pelo Belgrano em 1973 e como parceiro no Boca em 1973

Como xeneize, tivera ótimos números para um ponta: 16 gols em 27 jogos e uma boa dupla com Hugo Curioni. Mas nem tudo eram flores; foi só chegando ao Málaga, seu primeiro destino espanhol, que o ponta começou a acostumar-se a ser pago em dia, conforme lhe ensinavam seus colegas argentinos Rodolfo Vilanova, (reserva do Racing campeão internacional em 1967) e Sebastián Viberti, (com passagem pela seleção como jogador do Huracán). Em uma época em que ainda era incomum a convocação de “europeus” à seleção argentina, Guerini inicialmente manteve-se no radar. Já pertencendo ao Málaga, fez em 1973 outros seis jogos oficiais pela seleção, e também outros nove não-oficiais, dentre os quais amistosos contra o Instituto de Córdoba, o Atlético de Madrid e o próprio Málaga, vitimado por seu próprio jogador na goleada de 4-1. Guerini teve participação ativa nas eliminatórias, em especial justamente no jogo final e decisivo contra o Paraguai.

Os visitantes abriram o placar em La Bombonera, palco que já não havia adiantado nas eliminatórias de 1970. El Chupete entrou no decorrer do jogo e forneceu a assistência para o gol da virada e sedimentou a vaga ao marcar o terceiro na vitória por 3-1, um golaço de sem-pulo. Porém, essa também foi sua última partida pela Argentina. O Málaga terminou em 7º em La Liga, o suficiente para ser a melhor campanha da história dos andaluzes até o 4º lugar movido a petrodólares em 2012. E era um 7º lugar enganoso, a três pontos do 4º. E, mesmo enganoso, a plateia de La Rosedal viu-se acima até do Real Madrid, justamente o 8º. Diferença garantida por um gol de Guerini em triunfo de 1-0 sobre os merengues em março. Isso tudo, a performance na partida decisiva e o bom retrospecto oficial de quatro gols em sete jogos pela seleção não bastaram para que El Chupete fosse lembrado para a Copa do Mundo.

Para o seu azar, o técnico que lhe convocava, o ex-craque Omar Sívori, topara assumir a panela de pressão (a Argentina não havia se classificado à Copa de 1970 e corria o boato de que nova desclassificação poderia complica-la moralmente em sediar a edição de 1978, em tempos ainda românticos da FIFA) apenas até o fim das eliminatórias, abandonando o barco assim que a classificação se garantiu. Seu posto foi ocupado por um triunvirato formado por Vladislao Cap, José Varacka e Víctor Rodríguez. Eles não tiveram Guerini em conta, embora admitissem na convocação um ou outro “europeu”. Pois em cima da hora, chamou mais a atenção a Chuteira de Ouro conseguida por Héctor Yazalde, do Sporting, ausente da Albiceleste desde que fora a Portugal em 1970. O ponta inicialmente seguiu no Málaga, até marcando em 1º de setembro de 1974 o gol do título do Troféu Ciutat de Terrassa. Após uma lesão, porém, chegou a recolher-se em Córdoba e estava para recomeçar a carreira no Racing local quando recebeu a oferta do Real Madrid.

Registro do gol que garantiu a Argentina na Copa do Mundo de 1974, anotado em um sem-pulo de Guerini contra o Paraguai na Bombonera. Mesmo assim, não foi convocado

Na capital espanhola, após uma inadaptação inicial ao ritmo de treinos, rendendo até uma bronca de Uli Stielike, levantou três vezes La Liga em quatro anos (e uma Copa do Rei), em que os clássicos entre Real e Barcelona não deixavam de refletir a era dourada do futebol cordobês na década: Johan Cruijff municiava no ataque rival outros ex-jogadores do Belgrano, Bernardo Cos e Juan Carlos Heredia. Além dos títulos oficiais, Guerini destacava-se também nos troféus de pré-temporada valorizados na época: pelo Teresa Herrera de 1976, fez o quarto e o quinto de um 5-2 no Peñarol e também o segundo no 2-0 na final com o Cruzeiro que em semanas venceria a Libertadores. Naquele ano, também enfrentou o Peñarol pelo Troféu Costa do Sol, com os uruguaios caindo por 4-0 com El Chupete anotando o terceiro. Outro grande momento foi o 4-0 no Barcelona em 1978, decisivo na reta final para o título madridista, o último acompanhado em vida pelo presidente Santiago Bernabéu – que deixara claro no vestiário sua insatisfação quanto aos nove pontos de vantagem terem virado dois antes do duelo.

Guerini ainda integrou os merengues campeões de 1978-79 e possuía mais dois anos de contrato. Mas eram tempos em que o futebol europeu não era acompanhado na Argentina. Campeão da Copa do Mundo de 1978, o zagueiro Alberto Tarantini fora requisitado pelo Barcelona, mas recusou-se a casar de fachada com uma espanhola para obter cidadania e não privar o clube da uma vaga de estrangeiro. Fechou então com o Birmingham City, mas logo voltou a seu país contratado pelo Talleres. Segundo ele, era mais fácil ser convocado à seleção jogando a liga cordobesa ao invés da inglesa. O Talleres também foi o destino de Guerini, requisitado pelo presidente tallarin Amadeo Nuccetelli após este ir à Espanha sem conseguir contratar a intenção original, Daniel Bertoni (do Sevilla). El Chupete chegou em maio a tempo de participar da final do primeiro turno da liga cordobesa, decidido nos pênaltis com o Racing, sendo do reforço a cobrança do título.

Posteriormente, La T garantiria o título geral, concluindo um hexacampeonato seguido, ainda um recorde local. Título que também foi o último dos albiazules na competição. Afinal, o clube deixaria essa liga para ser admitido no próprio Metropolitano; havia sido instituída norma pela qual times do interior que chegassem seguidamente aos mata-matas do Torneio Nacional passariam a jogar também o Metropolitano. O Talleres já havia sido finalista do Nacional em 1977 e semifinalista em 1978. Em 1979, aquela geração fantástica, já reforçada com Guerini, pudera empatar em 1-1 com o Milan e perder de honroso 3-2 para o Ajax em amistosos – os dois gols nos holandeses foram do próprio Chupete, que se juntava ao segundo clube que mais tivera jogadores na seleção campeã de 1978 e reencontrava inclusive antigos colegas de Belgrano, casos de José Reinaldi (artilheiro do Nacional de 1978 pelos albiazules) e Antonio Syeyyguil. No Nacional, então, o timaço do bairro Jardín liderou a chave que tinha o futuro campeão River, caindo no mata-mata exatamente para o vice, o Unión – de pé, conseguindo um perigoso 2-0 em La Boutique após ter perdido de 3-0 em Santa Fe.

Enfrentando o Real Madrid pelo Málaga, fez o gol que ao fim permitiu aos andaluzes terminarem acima dos merengues em La Liga. A vítima logo o contrataria e como madridista o argentino ganhou três vezes o torneio em quatro anos

Assim, o Talleres tornou-se o primeiro agraciado pela lei do Metropolitano. E os novatos fizeram bonito nesse torneio em 1980, terminando na terceira colocação de uma campanha que incluiu um 5-0 no Independiente e um 3-0 no San Lorenzo, ainda que não obtivessem novo mata-mata no Nacional. Após um ano instável em 1981, em 15º no Metro, e de novo ausente dos mata-matas no Nacional, La T recuperou-se em 1982, onde foi semifinalista do Nacional. Guerini, que chegou a recusar proposta do River por já não querer deixar Córdoba, contribuiu com nove gols naquele ano, incluindo em 4-0 fora de casa sobre o Racing e no dérbi com o Racing de Córdoba (1-1). Em 1983, com quatorze gols e novamente classificado aos mata-matas do Nacional, Guerini vazou a dupla Boca (2-1) e River (2-0), marcando ainda dois em 3-3 com o Estudiantes em La Plata. Porém, perdeu seu pênalti na decisão por penais na eliminação para o vizinho Racing de Córdoba.

Em fim de ciclo no Talleres, Guerini, já com 34 anos, voltou a defender o Belgrano. Reforçaria o caráter de raro ídolo em comum na principal rivalidade cordobesa: os celestes, com ele e Reinaldi de volta e contando ainda com outro ex tallarin no zagueiro Luis Galván, titular da Copa de 1978, lideraram seu grupo no Nacional, com Rosario Central e Vélez. O Pirata, porém, não foi páreo nas quartas para o River do jovem Enzo Francescoli, que praticamente liquidou já em Córdoba a classificação ao vencer por 4-0 – embora levasse um susto depois, quando os cordobeses caíram com honra ao vencerem por 2-0 no Monumental. A grande alegria viria no segundo semestre, em que La B encerrou um jejum de onze anos na liga cordobesa em alto estilo, acumulando 40 jogos de invencibilidade e sendo comparada ao grande Racing (de Avellaneda) de 1965-67, que chegou às 39 partidas.

O herdeiro de dois Poetas del Césped estendeu a carreira por mais um ano, deixando um último gol em 1985 exatamente no futuro campeão Argentinos Jrs. Retornaria ao General Paz Juniors quando, impulsivo como era, deixou o estádio quando ainda se aguardava o fim de um jogo prévio de aspirantes, comentando com um amigo jornalista que já não queria mais jogar. Guerini inicialmente tentou manter-se com uma loja de material esportivo, que não durou. De 1991 a 2011, voltou a morar em Madrid, trabalhando no controle de recepção de um edifício comercial, e em paralelo defendendo ocasionalmente a equipe de veteranos madridista enquanto os joelhos permitiam. Declararia que “seus corações” estão lá, em referência aos quatro filhos e dois netos radicados na capital espanhola. Ah, sim: no Talleres, foram 123 jogos e 36 gols e no Belgrano, 48 e 23, respectivamente.

Em suas segundas passagens por Talleres e Belgrano. À esquerda, no combinado de estrangeiros do Espanholzão, cheio de argentinos (*): Daniel Carnevali*, Juan Carlos Blanco, Juan Carlos Aparicio, Luis Ortiz Aquino, Paul Breitner e Johan Neeskens; Rubén Ayala*, Hugo Sotil, Günter Netzer, Guerini* e Ramón Heredia*

Caio Brandão

Advogado desde 2012, rugbier (Oré Acemira!) e colaborador do Futebol Portenho desde 2011, admirador do futebol argentino desde 2010, natural de Belém desde 1989 e torcedor do Paysandu desde antes de nascer

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