Dale León: A campanha do Estudiantes, campeão argentino 2010

Apesar de todos os problemas com lesões, os jogos no meio de semana devido aos torneios continentais e alguns tropeços um quanto que impensáveis, o Estudiantes chegou ao seu quinto título argentino, o segundo com La Brujita Verón, que neste campeonato foi um mero coadjuvante em meio a Rodrigo Braña e Enzo Pérez.

O Pincha mostrou desde o início que poderia conquistar o título. Apesar de não ter um centro-avante, um goleador nato, após a saída de Mauro Boselli para o Wigan, da Inglaterra, o time conseguiu ser sólido no meio campo e principalmente na defesa, onde por muitas vezes e em determinadas partidas contou com um esquema retrancado.

Logo nas primeiras partidas, o time já sofria com a exaustão devido a precária preparação física. Verón não era o mesmo. Desde o primeiro semestre, jogou lesionado e continuou assim neste fim de ano. Braña, Enzo, Gastón Fernández, Peñalba, Desábato, Rojo, também passavam vários dias no departamento médico, claro que de forma esporádica. Mas, Alejandro Sabella, ídolo do clube soube usar as peças de reposição e sempre armava times incríveis.

O Pincha ficou seis partidas invictas apesar de estar disputando três torneios consecutivos – Copa Sul-Americana com os suplentes que vez ou outra eram titulares e a Recopa Sul-Americana. Caiu diante do All Boys, uma das surpresas da competição. Mesmo assim, era um dos lideres do campeonato. Isso sem contar que tinha uma partida a menos… A derrota mais marcante foi para o baqueado Tigre, por 2×1, que por pouco não colocou o titulo nas mãos do Vélez.

Mas, um time campeão também conta com a sorte. Diferentemente do que ocorrera no Clausura 2010, no primeiro semestre, o Estudiantes teve destino ao seu lado. Até mesmo o Gimnasia LP, maior rival do clube do Estudiantes, ajudou o time nesta reta final ao segurar o Vélez. Por fim, obteve vitórias categóricas sobre todos os grandes e levantou o titulo argentino diante de sua torcida.

O título do Estudiantes foi algo mais do que merecido. Se fosse disputado em pontos corridos, nos dois torneios do ano, teria uma vantagem de 15 pontos sobre o segundo colocado (85 pontos no somatório do Clausura e Apertura). Neste Apertura, só não foi melhor do que o Vélez em dois momento: número de gols (32×33) e a artilharia (de Santiago Silva, com 11 gols). Fora isso, venceu 14 partidas, perdeu apenas duas, empatou apenas três e sofreu míseros oito gols, tendo a melhor defesa do Apertura (um gol a menos que o Vélez).

Confira a campanha do Campeão

1ª rodada: Newell’s 0x1 Estudiantes – Juan Sebastián Verón
2ª rodada: Estudiantes 2×0 Quilmes – Rodrigo Braña e Rodrigo López
3ª rodada: Banfield 0x0 Estudiantes
4ª rodada: Estudiantes 2×0 Gimnasia – Federico Fernández e Juan Sebastián Verón
5ª rodada: Godoy Cruz 1×2 Estudiantes – Leandro González e Francisco Dutari (contra)
6ª rodada: Estudiantes 2×0 Racing – Enzo Pérez e Gabriel Mercado
7ª rodada: All Boys 2×1 Estudiantes – Rodrigo Braña
8ª rodada: Estudiantes 1×0 Boca – Marcos Rojo
9ª rodada: San Lorenzo 0x1 Estudiantes – Gastón Fernández
10ª rodada: Estudiantes 2×0 Olimpo – Gastón Fernández, Rodrigo López
11ª rodada: Colón 1×1 Estudiantes – Gastón Fernández
12ª rodada: Vélez 0x0 Estudiantes –
13ª rodada: Estudiantes 3×0 Lanús – Gastón Fernández, Michael Hoyos e Enzo Pérez
14ª rodada: Tigre 2×1 Estudiantes – Leandro Benítez
15ª rodada: Estudiantes 2×0 Huracán – Gabriel Mercado e Enzo Pérez
16ª rodada: Independiente 1×2 Estudiantes – Juan Pereyra e Gastón Fernández
17ª rodada: Estudiantes 3×1 Argentinos – Gastón Fernández, Maxi Núñez e Gabriel Mercado
18ª rodada: River 0x4 Estudiantes – Leandro Desábato, Matías Sánchez, Marcos Rojo e Gabriel Mercado
19ª rodada: Estudiantes 2×0 Arsenal – Rodrigo López (2)