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Crise do combustível ameaça o futebol na Argentina

Falta diesel para os deslocamentos

Desde Buenos Aires – A mais recente greve do sindicato dos caminhoneiros deixou a capital argentina em um caos. A procura por um posto que ofereça gasolina tornou-se quase comparável a uma corrida pelo ouro. Diversas bombas das mais distintas bandeiras de abastecimento encontram-se fechadas com faixas amarelas e placas que dão o aviso: “não há gasolina”. Quando se encontra algum estabelecimento que tenha combustível, é como um oásis num deserto. Grandes filas de carros, motos, vans, caminhões, dentre os mais variados tipos de veículos, formam uma enorme linha que se estende por diversos quarteirões.

Pouco antes do feriado da última quarta-feira (dia da bandeira por aqui), os rumores de que a greve deixaria muitos consumidores sem gasolina, levou a uma verdadeira corrida dos argentinos na busca por encher o tanque dos automóveis. Mas qual a relação disso com o futebol? Tudo. Se na capital do país a situação está crítica e a procura aumenta a cada hora que passa, nas cidades e províncias mais afastadas do grande centro o problema já chegou há algum tempo e em maiores proporções.

Em função deste grave problema, diversos clubes do interior do país que possuem importantes compromissos neste final de semana (seja na primeira divisão ou na B Nacional) já notificaram a AFA de que não sabem se conseguirão transportar os plantéis para cumprir com os compromissos da última rodada, nos mais variados destinos. O ministro do planejamento, Julio De Vido, já informou em coletiva de imprensa que o governo possui um estoque de “gas oil” que suportaria até o próximo sábado. O “gas oil” é mais conhecido no Brasil como diesel e é o combustível que move a grande maioria dos veículos na Argentina.

Será que poderia pintar um adiamento no fim de semana decisivo no futebol do país?

Leonardo Ferro

Jornalista e fotógrafo paulistano vivendo em Buenos Aires desde 2010. Correspondente para o Futebol Portenho e editor do El Aliento na Argentina.

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