Ao receber o Olímpia no Estádio Ciudad Lanús, a torcida granate esperava por uma grande exibição de sua equipe. Isto porque o time prometia muito no início da Libertadores e, até então, estava devendo um pouco do futebol de qualidade que todos suspeitam possuir o Granate. Contudo, do mais incrédulo ao mais otimista não imaginavam o que ocorreria no cotejo. O Lanús simplesmente arrasou o tricampeão do mais importante torneio sul-americano de futebol interclubes. Fez 6×0 e poderia ter feito sete, caso o árbitro não anulasse o terceiro gol de “El Tanque” Pavone por um impedimento que não existiu. Poderia ter feito muito mais se, no final, não fosse tomado por um momento breve de preciosismo. Mas o fato é que a vitória foi gigantesca. Agora o Lanús só perde sua classificação se o Flamengo ganhar do Emelec, lhe aplicar uma grande goleada no Engenhão e, ainda assim, combinar tudo isso com uma goleada de uns seis ou sete gols do Olímpia sobre o Emelec, em Assunción. Ou seja, o Granate já está nas oitavas-de final da Libertadores 2012.
O Jogo
Nos primeiros momentos do jogo foi o Olímpia quem arriscou mais no ataque. Chegou duas vezes com relativo perigo e deixava a mensagem ao Granate de que precisava mudar sua forma de atuar. A dica foi aceita e na primeira chegada do conjunto local, aos 11 minutos, Diego Valeri acertou a trave de Martín Silva. Dois minutos depois, o próprio Valeri começou a jogada que Regueiro deu sequência e cruzou na medida para Mariano Pavone guardar a pelota no arco paraguaio: 1×0 Lanús.
O gol foi suficiente para que o Granate se encontrasse na cancha. A calma pareceu um bom remédio para os nervos do elenco local. Por outro lado, o Decano começou a se precipitar em algumas jogadas. Disto resultou que os espaços, raros até então no ataque, para o Lanús, começassem a aparecer com mais frequência. Aos 18, Regueiro quase ampliou para os argentinos, no arremate que obrigou Silva a mandar a córner.
Na tentativa de igualar, Marín obrigou o porteiro granate a uma boa defesa, após um arremate potente do craque decano. A resposta veio aos 28 minutos. Luciano Balbi fez um passe longo e na medida para o cabeceio de Mauro Camoranesi na altura da pequena área. Foi o segundo tento granate.
Pouco minutos depois, o Decano perdeu Marín, que saiu contundido da cancha. O jogo foi para o intervalo com uma grande vantagem para a equipe argentina.
No segundo tempo o filme foi o mesmo. O Lanús bem posicionado em campo e o Olímpia buscando descontar o placar na base da raça, mas sem uma boa organização tática. E foi assim que chegou ao terceiro gol aos nove minutos com Mariano Pavone.
Aos 14, Araújo quase ampliou em ótimo arremate. A pressão não se acentuava pelo volume de jogo, mas pela apropriação dos principais setores do campo. A partir disso, o conjunto local deixava o Olimpia atacar e se perder na armadilha de sua defesa. Na maioria das vezes, ela dava um passo a frente e, quando a pelota lhe escapava, o ataque decano ficava impedido.
Assim que aos 25, Mario Regueiro, talvez o melhor em campo, carregou a pelota com facilidade e a colocou com capricho no canto direito de Silva: 4×0. Estava fácil. E vale dizer que o Lanús fez tudo ficar mais fácil. Com um futebol claro, simples na forma e bastante refletido nas ideias, a equipe parecia um daqueles times imbatíveis da Libertadores. E para comprovar o fato fez mais dois gols. Aos 31 minutos fez com Diego Valeri aquele que foi o gol mais bonito do embate. E fez com Silvio Romero, aos 39 para fechar o caixão. Poderia ter feito mais, se certo preciosismo (bem natural) não aparecesse em campo no fim do cotejo. Mas, o fato é que o Granate aplicou uma goleada histórica sobre o Olímpia e somente por um milagre não estará nas oitavas-de-final do principal torneio de clubes da América do Sul.
Formações
Lanús: Agustín Marchesín; Carlos Araujo, Paolo Goltz, Diego Braghieri, Luciano Balbi; Matías Fritzler, Guido Pizarro; Diego Valeri, Mauro Camoranesi (Pereyra), Mario Regueiro (Romero); Mariano Pavone (Carranza). Técnico: Gabriel Schurrer.
Olimpia: Martín Silva; Francisco Nájera, Adrián Romero, Enrique Meza; Sebastián Ariosa, Eduardo Aranda, Fabio Caballero (Paredes), Sergio Ortemán, Vladimir Marín (Osvaldo Hobecker); Pablo Zeballos e Luis Caballero (Castorino). Técnico: Gerardo Pelusso.
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Bem que o site avisou no post "Radiografia do Lanús". Depois o time caiu e ninguém falava que ele era bom. Agora tá todo mundo dizendo que o time é fantástico. Fico com o site que foi um dos poucos que falou que o time era bom. Parabéns.
O Lanús tem tudo pra vencer o flamengo no Rio, para o bem dos que gostam de libertadores, sem preconceito, pois basta o santos com aquele jeitinho extrovertido de ser se dando bem na libertadores, pois times que tem a base de jogadores como R10, LOVE, FELIPE, LEONARDO MOURA, não têm nada a ver com libertadores, não que sejam ruins mas só fazem perder a mística do torneio, pra ser sincero acho que os clubes cariocas deveriam ser proibidos ou até por iniciativa própria abrirem mão de jogar a Libertadores.
Fora os cariocas, também seria interessante proibir o corintia, pois seria uma defamação para o torneio ter um time campeão que têm como ícones em suas história jogadores como Vampeta, neto, dinei, marcelinho carioca, edilson, e outros tantos deste estilo...