Na estreia de Flamengo e Lanús, prevaleceu a proposta rubro-negra do empate fora de casa. Com um batalhão de homens à frente do arco de Felipe, o Rubro-Negro forçou o Lanús a usar e abusar da criatividade. Porém, o Granate não conseguiu se impor nesse quesito, pois alguns de seus homens não estiveram bem na partida. Destaque para Diego Valeri, bem marcado e anulado por Aírton. Ainda assim, conseguiu ser muito superior no primeiro tempo. Como não teve competência para marcar o gol, recebeu um, na jogada em que a defesa granate se apresentou para o Fla. Na segunda etapa, a equipe argentina parecia presa de seus nervos e permitia que a limitada criatividade rubro-negra equilibrasse as ações. Até que, na base da raça, o Granate chegou ao empate. Resultado justíssimo no estádio Ciudad de Lanús. Isto porque se o Flamengo jogou como time pequeno e não mereceu vencer, tampouco encontrou um time grande pela frente, ao menos foi esse o recado deixado pelo principal jogador local: Diego Valeri.
Na correria, o conjunto local chegou aos seis minutos com Neira, que arrematou rasteiro, mas Felipe mandou para córner. O Lanús prendia as saídas dos laterais flamenguistas com Valeri, em cima de Junior César, e Juan Neira, em Leo Moura. O que obrigava o Rubro-Negro a forçar a saída pelo meio. Com quem? Ronaldinho não voltava para armar e a tarefa ficava toda para o conjunto pouco criativo de volantes. O que não fazia Ronaldinho, tentava Deivid fazer. E o resultado é que não sobrava nenhum atacante típico para receber a pelota.
A bola parada parecia uma saída. Das poucas. Aos 18, após falta cavada por Deivid, Renato deu portentoso arremate que assustou Marchesín. A mesma bola parada também serviu para o Granate assustar Felipe aos vinte. Após cobrança ensaiada, a pelota chegou a Neira, que a mandou no travessão do arqueiro rubro-negro. Aos 27, o Flamengo tentou se aventurar no ataque. Tomou um contragolpe rápido e bem armado, que culminou no péssimo aproveitamento de Valeri. Juan Neira era o homem do jogo: por causa disso, Leo Moura era apenas mais um marcador. Pior ficava quando Pereyra aparecia pelo setor para fazer dois contra um. Em trama rápida, assim, aos 30, Pavone foi o nome do último toque na bola. Felipe apareceu.
O jogo do Flamengo era cínico. Fazia de conta que nada queria com o ataque, mas no fundo esperava por um erro granate para chegar ao arco de Marchesín. Por outro lado, o Lanús deixava claro que sua intenção era a de buscar o gol. Seus jogarores se mexiam de um lado a outro. Nisso, o destaque era o uruguaio Pereyra. Hábil, veloz e inteligente, o jovem atleta se deslocava por todos os setores da cancha. Contudo, o fato de o jogo do Lanús não resultar logo no gol deu ao Flamengo a certeza de que poderia tentar. Como? Com Leonardo Moura. E de curioso era o fato de que o lateral flamenguista não recebia muita marcação. O desenrolar do cotejo diria depois se isso era um vacilo ou uma armadilha granate.
Nos acréscimos o Flamengo chegou pela primeira vez. Foi o suficiente. Em boa jogada articulada por Ronaldinho, a pelota sobrou na esquerda para Junior César. No cruzamento, a defesa granate bateu cabeça e a bola sobrou livre para Leo Moura abrir o marcador: 1×0 Flamengo.
Ronaldinho era o vacilo no esquema marcador de Joel. Perdia boa na zona perigosa do campo e permitia um ou outro contragolpe granate. Logo no início da segunda etapa perdeu uma. No contragolpe rápido, Pereyra se antecipou a Pavone e desperdiçou uma boa chance para o Lanús. A impressão era a de que o Granate partiria para o abafa. Não aconteceu. O nervosismo tomou conta do time e a tática do Fla, baseada no desarme, prevalecia pouco a pouco e permitia aos cariocas que se tranquilizassem em campo.
Incompetente na armação das jogadas, o Lanús contou com a raça para chegar à igualdade. Após jogada de garra de Braghieri, a pelota sobrou na pequena área para o pivô de “el Tanque” Pavone. Então ela foi para os pes de Carranza, que empatou o duelo: 1×1.
Depois do empate, a partida ficou mais aberta e as chances de ambos se sucederam na cancha. O Lanús chegou com Pavone e no Flamengo Bottinelli foi o último toque na bola em boa jogada dos cariocas. Outras jogadas ocorreram de ambos os lados, mas o resultado final foi mesmo o empate. Que foi justo, diga-se. Afinal, se o Flamengo entrou em campo com excesso de medo do Lanús, tampouco o Granate deu razão para isso, em uma apresentação em que seus nervos falaram mais alto que o seu futebol.
Formações
Lanús: Agustín Marchesín; Carlos Araujo, Paolo Goltz, Diego Braghieri (Carlos Izquierdoz), Luciano Balbi; Matías Fritzler, Eduardo Ledesma, Diego Valeri, Mauricio Pereyra (Carranza); Juan Neira (Romero) e Mariano Pavone. Técnico: Gabriel Schurrer.
Flamengo: Felipe; Leo Moura, Welinton, David Braz, Júnior César; Maldonado; Willians, Airton (Bottinelli), Renato (Luiz Antonio); Ronaldinho Gaúcho e Deivid (Negueba). Técnico: Joel Santana.
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Foi injusto. Como a matéria, que deveria deixar isso mais claro.
Injusto são algumas coisas da vida moça, como mulher exibida comentando futebol. Respeite a camisa rubro negra, a gente tem a história que esse timinho argentino nunca vai ter.
cadu, o flamento tem muita historia em 51 edicoes de libertadores ganhou uma, o seja 2% de historia na libertadores. parabens.
Que merda, entra um rubro-negro aqui para comentar a matéria e é um dos piores machistas de plantão. Como rubro-negro não vejo nenhum problema na Luciana discordar que o meu time não merecia o empate, até por que não merecia mesmo. O cara devia tá bem enfezadinho pelo empate em cima da hora e fica descontando nos outros.
Estou com a Luciana: realmente foi um placar injusto. E falo isso como rubro-negro. Como esse mesmo site disse numa matéria especial, o time iria dar trabalho ao Mengão, como o fez. Parabéns pelo texto, Joza.
- E Cadu, deixa de ser machista. Tem muita mulher que entende mais de futebol do que muitos homens.
Lanus jogou mal, mas se tivese em um bom dia seria golada facil, o flazin é muito ruim! O time do rio não passa dessa fase.
No fim a posse de bola foi quase igual.